Sting se tornou um dos vocalistas mais populares de sua geração graças à sua influente banda The Police, que ajudou a moldar a sonoridade do Rock no final dos anos 70 e início dos anos 80.
Ao lado do guitarrista Andy Summers e do baterista Stewart Copeland, o grupo britânico conquistou uma legião de fãs ao apresentar uma fusão de elementos de rock, new wave, pós-punk, soul e reggae, junto com os vocais inconfundíveis e a composição poética de Sting.
A combinação de gêneros apresentada tanto no som do The Police como nos trabalhos da brilhante carreira solo de Sting – que explora uma mistura entre pop, rock, jazz, world music e elementos clássicos – se alinha com o amplo gosto musical do vocalista, que foi compartilhado pelo cantor há alguns anos.
Em 2021, Sting participou do programa Tracks Of My Years da BBC Radio 2 (via Far Out) e revelou algumas de suas músicas favoritas. Estas vão desde um clássico do ídolo do Reggae Bob Marley, que ele usou de inspiração para a música “So Lonely” do The Police, até a canção do grupo de synth-pop The Human League que é uma de suas principais escolhas para cantar no karaokê.
Sting no Brasil
Em tempo, vale lembrar que Sting anunciou recentemente que fará três shows no Brasil no ano que vem. A turnê “Sting 3.0” irá passar por Rio de Janeiro (14/02), São Paulo (16/02) e Curitiba (18/02).
Atualmente, a banda do músico britânico é formada por Dominic Miller na guitarra e Chris Maas (Mumford & Sons, Maggie Rogers) na bateria – além, é claro, de Sting nos vocais e no baixo. Te contamos mais detalhes e como garantir seu ingresso aqui.
A seguir, confira as 10 músicas mencionadas por Sting e os comentários do cantor sobre a escolha de cada uma delas!
As 10 músicas que mudaram a vida de Sting
Otis Redding – “(Sittin’ On) The Dock of the Bay”
“Acho que eu tinha apenas 16 anos e Otis Redding tinha acabado de morrer em um terrível acidente de avião. Fui à minha loja de discos e comprei ‘Dock Of The Bay’ no selo Stax, (havia) um lindo selo azul, havia um saco de papel e eu o tirei, coloquei no meu toca-discos, o ritual de sempre, coloquei a agulha nele e ouvi (imita a introdução da música). Que música maravilhosa. Quer dizer, uma música triste, melancólica, mas sem acordes menores. São todos acordes maiores, o que é uma espécie de conquista em muitos aspectos.”
Procol Harum – “A Whiter Shade Of Pale”
“‘A Whiter Shade Of Pale’, do Procol Harum, para mim provavelmente encapsula todo o período da psicodelia. Eu não estava realmente envolvido, eu era apenas um jovem adolescente, mas lembro-me de estar em (um) parque de diversões, parado ao lado da jukebox e ouvindo essa música de novo, de novo, de novo e de novo. Há algo sobre o pequeno solo de órgão, o começo que (soa como algo de) Johann Sebastian Bach, há algo clássico e ainda muito, muito moderno e psicodélico sobre isso. Então as letras realmente não fazem nenhum sentido, mas elas apenas carregam você junto com o absurdo.”
Bob Marley & The Wailers – “No Woman, No Cry”
“Bob Marley foi uma grande influência para mim nos anos 70. Adorava sua voz, adorava suas composições, adorava toda a vibe jamaicana. Conheci Bob, jantei com ele uma noite, ele tratou todo mundo de uma forma muito legal, mas ele também era o rei. Aprendi muito com ele e ‘No Woman, No Cry’ me influenciou a escrever ‘So Lonely’, são os mesmos acordes. Músicos são ladrões, roubamos sempre que podemos. Mas Bob Marley ainda (é) uma grande influência na minha vida, mesmo que ele tenha partido há muitos anos.”
Gerry Rafferty – “Baker Street”
“Novamente, essa foi uma época em que eu estava morando em Londres, eu costumava deixar o rádio ligado muito e houve dois sucessos naquele ano: um foi ‘Wuthering Heights’ e o outro foi ‘Baker Street’ de Gerry Rafferty. Aquele solo de saxofone no começo me destruiu completamente. Isso me fez desejar estar nas paradas também, porque esses eram os discos número um. (Eu pensei) ‘Como deve ser ter um disco número um?’ Foi apenas alguns meses depois que tivemos uma música nas paradas, então eu devo ter sonhado muito. Mas eu só me lembro daquela música maravilhosa, ela captura muito daquele tempo para mim.”
Pet Shop Boys – “West End Girls”
“Sabe, Neil Tennant e eu estudamos na mesma escola em Newcastle. Não nos conhecíamos, ele era alguns anos mais novo que eu. Eu não o conheci de verdade até que ele era jornalista da Smash Hits, eu acho. Ele me entrevistou e me revelou que ele e eu estivemos na mesma escola juntos. Então, vejam só, ele tem esse hit enorme. Novamente, uma música icônica do período, ‘West End Girls’, o sintetizador, o sentimento. Quero dizer, é uma ótima, ótima música pop.”
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George Michael – “Careless Whisper”
“George era um amigo meu, não éramos próximos, mas eu realmente o admirava desde o estrelato pop do Wham! até então. Um compositor e artista muito, muito respeitado e sério. Muitas vezes me pergunto onde George estaria agora, que tipo de música ele estaria criando. É um grande arrependimento que George não tenha progredido com sua música. Muito triste, mas ‘Careless Whisper’ é uma ótima música. Eu amo aquele verso: ‘guilty feet have got no rhythm’. É o tipo de coisa que eu gostaria de ter escrito eu mesmo.”
- George Michael Record
Eurythmics – “Here Comes The Rain Again”
“Fizemos uma sessão para a BBC com o The Police como banda de apoio naquele dia e eles se chamavam The Tourists. Lembro-me de tomar nota deles e é claro que Annie Lennox deixou aquela banda. Ela fez turnê comigo, passamos muito tempo nos bastidores e ela me disse: ‘Ah, estou tão nervosa, não sei como você consegue’. Ela teve esse processo de se preocupar antes de subir no palco e então se tornou essa (diva) incrível, com essa voz incrível. Esse foi o processo dela. Mas eu a amo muito, acho que ela foi uma mulher e artista muito importante. Eu simplesmente a amo.”
The Human League – “Don’t You Want Me”
“’Don’t You Want Me’ baby… é uma das minhas músicas de karaokê. Eu realmente vou ao karaokê ocasionalmente, eu gosto. Essa é a música que eu escolho. Eu amo o verso ‘you were working as a waitress in a cocktail bar’ (‘você estava trabalhando como garçonete em um bar de coquetéis’), ela sempre faz as pessoas virarem a cabeça.”
Peter Gabriel – “Sledgehammer”
“Peter e eu nos conhecemos na turnê da Anistia, com U2, Youssou N’Dour, eu e Peter, e então Bruce (Springsteen) se juntou a nós. Mas nós realmente criamos uma amizade lá. Mesmo que tenhamos tipos de criação muito diferentes. Eu admiro seu trabalho com o Genesis e seu trabalho solo, do qual eu era muito fã. ‘Sledgehammer’ foi um grande sucesso, então Peter e eu fizemos uma turnê pela América juntos, tivemos uma turnê de muito sucesso.”
Shaggy – “It Wasn’t Me”
“Às vezes você conhece alguém e eles podem ser muito diferentes de você, origens muito diferentes, mas você reconhece espíritos semelhantes. Shaggy e eu nos amamos genuinamente. Nós rimos das mesmas piadas, eu o acho um artista intensamente interessante. Quando ele faz rap, ele declama como um ato shakespeariano, é uma voz linda. E ele escreve esse tipo de parábola moral (risos). ‘It Wasn’t Me’ meio que tem uma moralidade. Nós fizemos uma versão em uma igreja alemã e eu tive que explicar ao pastor qual era exatamente a mensagem. Não tenho certeza do quão bem-sucedido eu fui, mas é muito engraçado.”
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