24 anos do disco que inaugurou o Nu Metal

A "teoria híbrida" que se tornou verdade absoluta: histórias e bastidores de "Hybrid Theory", do Linkin Park

Verdadeiro amigo de todo mundo que cresceu nos anos 2000, álbum de estreia da banda californiana nasceu de uma história improvável

Meus Discos: Hybrid Theory, do Linkin Park
Imagens: Divulgação

Quando a banda Xero ficou sem vocalista, Mike Shinoda, Brad Delson e Rob Bourdon descobriram o talento de um jovem cantor do estado vizinho do Arizona chamado Chester Bennington, e juntos eles fundaram a banda Hybrid Theory, em 1999.

Logo no ano seguinte, os músicos decidiram levar esse conceito de “teoria híbrida” entre Metal, Hip-hop e música eletrônica para todo o planeta, e batizaram assim o álbum de estreia do Linkin Park, nome definitivo da banda que ficaria marcada para sempre na história do Rock.

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Essa é a história – muito resumida, é claro – de como quatro amigos criaram um marco fundamental da música pesada na virada para o século 21. Estamos falando do álbum Hybrid Theory, um dos melhores amigos de todo mundo que cresceu nos anos 2000.

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A pressão que criou o diamante: as gravações de Hybrid Theory

“Crawling”, do Linkin Park

Lançado há quase exatos 24 anos, em 24 de outubro de 2000, Hybrid Theory é um daqueles casos raros de um álbum de estreia que catapulta uma banda para o sucesso mundial. Mas os louros não vieram sem alguns conflitos envolvendo a identidade do Linkin Park.

Os dois compositores, Bennington e Shinoda, por mais que se entendessem entre si, tiveram dificuldade para lidar com as pessões da gravadora por um som mais acessível. Eles precisaram reescrever as letras várias vezes até sentirem que tinham capturado a essência das canções.

Esse processo era incentivado pelo produtor Don Gilmore, que fez os músicos gravarem vários takes dos mesmos trechos. Foi com esse rigor, inclusive, que ele extraiu de Chester a letra do refrão de “One Step Closer”, que inicialmente foi direcionada ao produtor:

Everything you say to me / “Tudo que você diz pra mim”
Takes me one step closer to the edge /
“Me leva um passo mais perto do limite”
And I’m about to break /
“E eu estou prestes a explodir

Clássicos que definiram o Nu Metal nos anos 2000

Falando nas músicas de Hybrid Theory, as 12 faixas em 37 minutos incluem alguns dos maiores clássicos do Nu Metal, subgênero do Rock que o Linkin Park ajudou a criar e popularizar.

Das 10 músicas mais reproduzidas da banda nos streamings atualmente, três são desse álbum: “One Step Closer”, “Crawling” e “In The End” – a mais tocada de todas do catálogo do grupo, com 2,2 bilhões só no Spotify.

Em comum entre as músicas está a mescla de piano, guitarras distorcidas e samples eletrônicos, além da mistura dos vocais melódicos e agressivos de Chester com o flow de Mike, caso de pedradas como “Papercut” e “Points of Authority”.

Com o tempo, a qualidade do disco acabou falando por si e o LP passou a ser presença constante em rádios e festivais de Rock, mas no início a gravadora teve dificuldade para divulgar o trabalho.

Olhando para trás em uma entrevista de 2016, Bennington reconheceu que não havia um “rótulo” fácil para caracterizar o som da banda naquela época – o que acabou sendo uma coisa boa (via Loudersound):

“Acho que nós confundimos as pessoas. Ninguém sabia o que fazer com o disco, como promovê-lo, em quais estações de rádio tocar. Consigo entender por que eles pensaram que era difícil trabalhar com a gente. Foi um saco, mas fez com que a gente entendesse quem éramos enquanto banda, e foi o tempo perfeito para eu e Mike ficarmos confortáveis um com o outro.”

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Influência do álbum será celebrada em reunião do Linkin Park

“One Step Closer”, do Linkin Park

Atualmente, Hybrid Theory já vendeu quase 30 milhões de cópias em todo o mundo, mas lá em 2005 já tinha recebido o certificado de Diamante nos Estados Unidos, com 10 milhões de unidades comercializadas no país de origem da banda.

Embora tenha sido criticado por “elitistas” do Metal, o álbum foi um dos principais responsáveis por manter esse estilo relevante para uma nova geração, e é possível constatar essa influência em bandas mais jovens como Twenty One Pilots, Bring Me the Horizon e Of Mice & Men.

Felizmente, fãs de várias partes do planeta (inclusive o Brasil!) terão a oportunidade de ouvir esses clássicos ao vivo, com Emily Armstrong botando todo mundo pra cantar as letras imortais de Chester Bennington.

Ouça abaixo, na íntegra, esse grande amigo que a música nos deu!

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