Capas que marcaram gerações e mudaram o visual do rock

As 10 capas de discos mais icônicas da história do Rock

Capas de discos que vão além da música, tornando-se verdadeiros ícones culturais

Capas Icônicas Rock

As capas de discos desempenham um papel fundamental na experiência musical, sendo muito mais do que meras embalagens. Elas servem como uma porta de entrada para a mensagem e a estética de um álbum, sendo capazes de transmitir visualmente o espírito da música que elas envolvem. Em muitos casos, essas capas se tornam tão icônicas quanto as próprias músicas, marcando gerações e definindo momentos cruciais na cultura pop.

No mundo do rock, algumas dessas capas transcenderam suas funções originais e se tornaram símbolos marcantes, refletindo o contexto social, político e artístico da época em que foram lançadas.

Elas contam histórias, provocam debates e deixam um impacto visual que ressoa com fãs ao redor do mundo. Da psicodelia vibrante dos anos 60 à estética crua e minimalista do punk e pós-punk, essas capas ajudaram a moldar a identidade de movimentos inteiros, influenciando gerações de artistas e designers.

Listamos aqui as 10 capas mais icônicas da história do rock, que não só influenciaram a cultura musical, mas também a cultura visual de todo um século. Vem com a gente!

1 – The Beatles – Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967)

A capa do álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles, é uma das mais icônicas e influentes da história da música.

Concebida pelos artistas de pop art Peter Blake e Jann Haworth, a partir de um desenho de Paul McCartney, a capa apresenta os Beatles vestidos com trajes de banda militar, cercados por uma colagem de figuras históricas, culturais e icônicas, como Bob Dylan, Marilyn Monroe, Karl Marx e Sigmund Freud.

A direção de arte ficou por conta de Robert Fraser, enquanto a fotografia foi realizada por Michael Cooper. A arte, inovadora para a época, refletia o espírito psicodélico dos anos 60 e incluía detalhes como um arranjo de flores formando o nome da banda. A capa recebeu o Grammy de “Melhor Capa de Álbum” em 1968, consolidando seu impacto cultural.

A contracapa também trouxe uma inovação significativa, sendo a primeira vez na história do rock que as letras de todas as canções de um álbum foram impressas integralmente. Esse detalhe permitiu aos fãs acompanhar as músicas de forma mais próxima e mergulhar no conteúdo lírico, algo que se tornaria uma tendência em álbuns futuros.

Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band [LP] [2017 Stereo Mix]
  • The Beatles – Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band – LP Brand New


2 – Pink Floyd – The Dark Side of the Moon (1973)

Criada por Storm Thorgerson e a equipe de design da Hipgnosis, a capa é minimalista e simbólica. O prisma que refrata a luz branca em um espectro de cores foi inspirado pelas luzes dos shows ao vivo da banda e simboliza a profundidade e complexidade das letras e músicas do álbum.

A simplicidade do design, junto com o conteúdo lírico do disco que explora temas como o tempo, a morte e a insanidade, fez desta capa um ícone não apenas do rock progressivo, mas da cultura pop.


3 – Nirvana – Nevermind (1991)

A capa de Nevermind, do Nirvana, mostra o bebê Spencer Elden nadando em uma piscina com uma nota de dólar pendurada em um anzol. A ideia veio de Kurt Cobain após assistir a um programa sobre partos na água.

A imagem foi fotografada por Kirk Weddle, e apesar de preocupações da gravadora sobre a nudez do bebê, a capa permaneceu inalterada. Considerada uma crítica ao capitalismo, a capa se tornou uma das mais icônicas da música.

Em 2021, Elden processou o Nirvana, alegando que a imagem violava leis de pornografia infantil, mas o caso foi rejeitado em 2022. A capa segue sendo um símbolo do grunge e da cultura pop.


4 – The Rolling Stones – Sticky Fingers (1971)

A capa do álbum Sticky Fingers, dos Rolling Stones, foi concebida pelo artista pop Andy Warhol, com fotografia de Billy Name e design de John Pasche.

A imagem icônica mostra a virilha de um homem em jeans apertados, com um zíper funcional que, ao ser aberto, revela um homem em cuecas. Embora muitos fãs acreditassem que a foto fosse de Mick Jagger, o modelo foi Joe Dallesandro, famoso no círculo de Warhol.

Após queixas de que o zíper danificava o vinil, ele foi reposicionado no centro da capa. Sticky Fingers também introduziu o icônico logotipo “Tongue and Lip Design”, criado por Pasche.


5 – The Clash – London Calling (1979)

A capa do álbum London Calling, do The Clash, apresenta uma foto icônica de Paul Simonon quebrando seu baixo Fender Precision durante uma apresentação no Palladium, em Nova York, em 1979.

A foto foi tirada por Pennie Smith, que inicialmente não queria usá-la por considerá-la tecnicamente imperfeita, mas Joe Strummer e o designer Ray Lowry insistiram. Em 2002, a imagem foi eleita a melhor fotografia de rock and roll pela revista Q, destacando a energia e descontrole do momento.

A tipografia da capa, desenhada por Lowry, é uma homenagem à capa do álbum de estreia de Elvis Presley. A capa de London Calling foi selecionada pela Royal Mail como parte da série de selos postais “Classic Album Covers” em 2010.


6 – Led Zeppelin – Led Zeppelin IV (1971)

A capa do álbum Led Zeppelin IV foi baseada em uma pintura a óleo que Jimmy Page encontrou em uma loja em Reading, Inglaterra. A imagem retrata um homem idoso curvado sob o peso de galhos que carrega e, embora tenha diversas interpretações, a mais aceita é que simboliza a necessidade de cuidar da Terra, em vez de apenas explorá-la e destruí-la.

Durante muito tempo, acreditava-se que a imagem da capa era uma pintura adquirida em uma loja de antiguidades. No entanto, em 2023, foi revelado que o homem na imagem era Lot Long, um trabalhador da era vitoriana.

O pesquisador Brian Edwards identificou Long em uma fotografia do século XIX, tirada por Ernest Farmer, e atualmente em exibição no Museu de Wiltshire, Reino Unido. Lot Long nasceu em 1823, em Mere, no sudoeste da Inglaterra, e faleceu em 1893.


7 – The Velvet Underground & Nico – The Velvet Underground & Nico (1967)

Esta capa, projetada por Andy Warhol, apresenta uma imagem simples, porém intrigante: uma banana amarela. Nas primeiras edições, o adesivo da banana podia ser descascado, revelando uma banana cor-de-rosa por baixo, o que adicionava um toque provocador e de vanguarda, perfeitamente adequado ao experimentalismo da banda.

A capa é um ícone da contracultura dos anos 60, e o álbum é amplamente considerado um dos mais influentes de todos os tempos.


8 – Sex Pistols – Never Mind the Bollocks, Here’s the Sex Pistols (1977)

Criada por Jamie Reid, a capa é um exemplo perfeito da estética punk. Com letras recortadas em um estilo que lembra um recorte de jornal, e um esquema de cores berrantes em rosa choque e amarelo, a arte foi desenhada para ser tão provocativa quanto a música da banda.

O álbum e sua capa marcaram o auge do punk britânico, com a mensagem subversiva contra o establishment.

Sex Pistols – Never Mind the Bollocks Here’s the Sex Pistols (remaster)
  • A lendária banda britânica sex pistols relançou em 2012, uma nova versão remasterizada do clássico “never mind the bollocks”, um álbum que revolucionou o mundo da música com o conceito punk


9 – Ramones – Ramones (1976)

A capa deste álbum apresenta os membros da banda posando casualmente contra uma parede de tijolos no East Village, em Nova York. Vestindo jaquetas de couro e jeans rasgados, os Ramones exibem a simplicidade e o despojamento que definiram o punk rock.

A foto, tirada por Roberta Bayley, tornou-se uma das imagens mais emblemáticas do movimento punk e refletia perfeitamente a atitude direta e crua da banda.


10 – Joy Division – Unknown Pleasures (1979)

A capa de Unknown Pleasures, do Joy Division, é um dos símbolos mais icônicos do pós-punk.

Com um gráfico enigmático de ondas, ela despertou curiosidade e mistério, especialmente antes da internet, já que o nome da banda e fotos dos músicos não apareciam na capa. A imagem, na verdade, é um gráfico das emissões de rádio de um pulsar, uma estrela de nêutrons rotativa, descoberto pela astrônoma Jocelyn Bell Burnell.

Bernard Sumner sugeriu o uso da figura, e o design minimalista de Peter Saville ajudou a transformar a capa em um ícone da cultura pop e da música alternativa.

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