Sem chances de retornar aos palcos

Esquece: 5 bandas que nunca irão se reunir

Confira os motivos que fizeram grupos lendários decidirem encerrar suas atividades

Robert Plant e Jimmy Page do Led Zeppelin em "Whole Lotta Love"
Reprodução/YouTube

Recentemente, alguns fãs foram presenteados com o retorno de bandas como Oasis e Linkin Park, o que pode ter dado esperança para os admiradores de outros grupos que continuam inativos. Porém, atitudes de alguns músicos deixam bem claro que retornar à sua antiga banda não é uma opção.

Sabemos que a separação definitiva de uma banda pode ser motivada por inúmeras razões, como o falecimento de um integrante, caso do Rush após a morte do baterista Neil Peart, ou porque sentiram que já entregaram seu melhor e decidem encerrar no auge de sua carreira, como foi a decisão do The Police.

Publicidade
Publicidade

Mas, sem dúvidas, entre os motivos que definiram o fim das atividades de muitos grupos lendários estão os desentendimentos e brigas de egos entre os artistas de determinadas bandas.

Apesar de muitos confiarem no lema do “nunca diga nunca”, a seguir, você pode conferir uma lista, reunida pelo Far Out, com 5 bandas que muito provavelmente não irão se reunir de novo e entender o que contribuiu para a decisão de cada uma delas.

5 bandas que nunca irão se reunir

Talking Heads

O Talking Heads, formado em 1975, marcou uma geração ao ser considerado pioneiro na new wave. A banda apresentou trabalhos icônicos ao longo de sua trajetória, mas em 1991 decidiu se separar.

Nos últimos anos do grupo, David Byrne, Jerry Harrison, Tina Weymouth e Chris Frantz passaram por muitos problemas internos e, no ano passado, Byrne inclusive admitiu que foi “tirano” no fim do grupo e lamentou a forma “feia” como se deu o encerramento da banda.

Apesar de terem se reunido pontualmente em 1999, 2002 e até em 2023 para promover o relançamento cinematográfico em 4K de seu aclamado projeto Stop Making Sense, os integrantes do Talking Heads nunca demonstraram vontade de uma turnê de reunião.

Inclusive, no início deste ano, fontes norte-americanas apontaram que valores milionários foram oferecidos para que eles se apresentassem no Coachella, mas o negócio não foi fechado.

Led Zeppelin

O Led Zeppelin é uma das bandas mais lendárias da história da música e seus fãs continuam mantendo as esperanças de que o grupo retorne aos palcos para uma turnê de reunião. Ícone do Rock, o grupo britânico permaneceu junto de 1968 até 1980, quando decidiu encerrar suas atividades após a trágica morte do saudoso baterista John Bonham.

Para aquecer o coração dos fãs, o grupo chegou a se reunir em shows pontuais, com a mais icônica delas sendo a apresentação de 2007 que viu Robert Plant, Jimmy Page e John Paul Jones se unirem ao filho de John, Jason Bonham, para um show na O2 de Londres.

Após a performance, aliás, existiram rumores de uma possível reunião definitiva do Led Zeppelin com Jason Bonham, mas isso nunca aconteceu.

Enquanto isso, Plant continua se dedicando a uma carreira solo gratificante e chegou a dizer à Esquire que seria “uma prostituta” se aceitasse voltar à estrada com seus antigos companheiros. Vai ficar difícil!

Pink Floyd

O Pink Floyd marcou a história da música com seus trabalhos inovadores e suas performances únicas, porém alguns de seus ex-integrantes já descartaram, algumas vezes, qualquer possibilidade de retorno.

Os relatos apontam que Roger Waters foi se tornando cada vez mais ditatorial ao longo da década de 1970 e, no icônico The Wall, de 1979, tanto o guitarrista David Gilmour quanto o baterista Nick Mason não atuaram como parte criativa do álbum, tendo ficado limitados às suas contribuições quase como se fossem músicos de sessão.

O tecladista e cofundador da banda, Richard Wright, também chegou a ser dispensado do processo de produção e foi mantido apenas como membro em turnê.

O último trabalho oficial de Waters no Pink Floyd foi o disco The Final Cut, de 1983, que é considerado por muitos como um trabalho solo do ex-baixista da banda. Após deixar o grupo em 1985, Roger e o grupo entraram em uma batalha judicial, que decretou de vez o rompimento da relação entre ele e David Gilmour, agravado ainda mais por causa de declarações recentes dos dois.

Apesar disso, recentemente o Pink Floyd vendeu seu catálogo após um um acordo com a Sony Music por US$400 milhões, aproximadamente R$2,1 bilhões, e em meio às notícias Gilmour voltou a reforçar o quanto é impossível pensar em uma reunião.

The Smiths

Após o anúncio da reunião do Oasis, o tão sonhado retorno do The Smiths se tornou um objetivo ainda mais inalcançável. Isso porque o guitarrista Johnny Marr, que comandava o lendário grupo de rock alternativo ao lado do vocalista Morrissey, usou a notícia dos irmãos Gallagher para confirmar, de forma quase sarcástica, que não tem planos de reatar o relacionamento com Moz em um futuro próximo.

Além disso, a notícia deu brecha para uma série de acusações recentes de Morrissey, e Marr aproveitou o momento para explicar que recusou uma oferta lucrativa para que os Smiths fizessem uma turnê em 2025.

O grupo, formado em 1982, marcou uma geração com a combinação das letras melancólicas e poéticas de Morrissey com as melodias inesquecíveis de Johnny Marr, que continuam influenciando a música contemporânea.

No entanto, as divergências entre os integrantes foi o ponto crucial para ter feito a banda se separar em 1987 após o lançamento do seu quarto disco de estúdio, Strangeways, Here We Come.

The Jam

O The Jam, que foi formado por Paul Weller, Bruce Foxton e Rick Buckler, ficou conhecido como uma das bandas mais influentes entre os anos 70 e o início dos anos 80, ganhando destaque com sua sonoridade dedicada ao punk rock, além de incluir elementos do new wave, soul, R&B e mais.

Após o grupo ter lançado em 1982 seu elogiado último disco, The Gift, o frontman Weller decidiu acabar com a banda. A decisão foi anunciada pelo pai do vocalista, John, que era seu empresário, durante uma reunião com os outros companheiros do grupo, e tanto Buckler como Foxton foram pegos de surpresa com a atitude de Paul.

Na época, Weller disse odiar a sensação de continuar com o grupo só porque eles estavam repercutindo bem; na verdade, ele não estava se sentindo artisticamente realizado. Com o fim do The Jam, Paul formou o grupo de soul The Style Council e até hoje colhe os frutos de uma carreira solo de sucesso.

Ao ser perguntado com frequência sobre um possível retorno de sua icônica banda, o músico descarta as possibilidades. Em 2013, ele disse à Uncut que “seria absurdo” fazer uma reunião.

Sair da versão mobile