Não é só o Linkin Park!

10 bandas gigantes do Rock que lançaram ótimos discos com vocalistas diferentes

Bandas lendárias como Black Sabbath, Iron Maiden e Sepultura podem inspirar o Linkin Park, que está perto de lançar um álbum com a nova vocalista

10 gigantes do Rock que lançaram ótimos discos com vocalistas diferentes
Imagens: Divulgação

É normal que muita gente torça o nariz quando uma banda clássica do Rock decide gravar um álbum novo com outro vocalista, como está acontecendo com o Linkin Park. Mas isso já aconteceu mais vezes na história da música do que você pode imaginar!

Há casos icônicos como o do Alice in Chains, que graças ao talento do cantor William DuVall conseguiu retomar o sucesso que teve no início de carreira com o grande Layne Staley, e do Iron Maiden, que iniciou sua carreira muito bem com Paul Di’Anno antes de encontrar o incrível Bruce Dickinson.

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Temos mais exemplos no Metal brasileiro, que precisou se reformular depois das saídas de Max Cavalera do Sepultura e Andre Matos do Angra, e mudanças “forçadas” por causa da morte repentina de grandes artistas, caso de Cazuza no Barão Vermelho e Chico Schience na Nação Zumbi.

Confira abaixo a lista do TMDQA! com 10 bandas que lançaram álbuns ótimos com mais de um vocalista!

10 bandas lendárias do Rock que lançaram discos com vocalistas diferentes

Iron Maiden: Paul Di’Anno e Bruce Dickinson

Apesar de ter feito um verdadeiro clássico com o vocalista Paul Di’Anno, que gravou os dois primeiros álbuns do Iron Maiden, a relação se estremeceu com o passar dos anos e Paul deu lugar a Bruce Dickinson, que já soma 13 discos gravados com a banda da qual se tornou o cantor mais famoso.

Powerslave (1984) e Fear of the Dark (1992) são alguns dos grandes destaques da discografia com Bruce, enquanto o álbum autointitulado de 1980 fica como grande legado de Paul. Vale destacar ainda que o Iron lançou dois discos com Blaze Bayley nos vocais, mas é difícil dizer que eles são ótimos…

“Remember Tomorrow”, do Iron Maiden com Paul Di’Anno

Barão Vermelho: Cazuza e Frejat

Com Cazuza, o Barão Vermelho sacudiu a cena do Rock nacional com seus toques de Blues, Hard Rock e toda a poesia e a performance do vocalista, que gravou discos icônicos como Barão Vermelho 2 (1983) e Maior Abandonado (1984).

O grupo viveu certa turbulência interna quando Cazuza decidiu se dedicar somente à carreira solo, mas rapidamente Frejat encontrou ssua voz como líder e nos presenteou com mais 30 anos de carreira e nove álbuns, incluindo pérolas como Álbum (1996) e Puro Êxtase (1998).

Vale citar que, em 2019, a banda ainda lançou um disco com Rodrigo Suricato nos vocais.

“Amor, Meu Grande Amor”, do Barão Vermelho com Frejat

Black Sabbath: Ozzy Osbourne e Ronnie James Dio

Muita gente não sabe, mas o Black Sabbath lançou álbuns com outros quatro cantores além de Ozzy Osbourne. O “Principe das Trevas”, é claro, foi o frontman nos maiores clássicos do grupo, como Paranoid (1970) e Sabbath Bloody Sabbath (1973).

Mas o grande Ronnie James Dio também representou o posto bem demais quando em 1980 lançou o disco Heaven and Hell ao lado de Tony Iommi e companhia. A banda ainda lançaria álbuns com os vocalistas Ian Gillan, Tony Martin e Glenn Hughes, mas com muito menos sucesso.

“Heaven and Hell”, do Black Sabbath com Dio

Sepultura: Max Cavalera e Derrick Green

Mesmo a maior banda do Metal brasileiro também viveu mudanças importantes. Max Cavalera foi, digamos, o precursor daquele som que misturava Rock pesado com ritmos tribais. Ele gravou seis álbuns com o Sepultura, com destaque para a trilogia Arise (1991), Chaos A.D. (1993) e Roots (1996).

Com o tempo, o vocalista norte-americano Derrick Green superou a quantidade de álbuns de Max – foram nove discos com ele como frontman, e alguns dos mais recentes, como Machine Messiah (2017) e Quadra (2020), são realmente ótimos.

“Quadra”, do Sepultura

Alice in Chains: Layne Staley e William DuVall

Quando Layne Staley nos deixou tragicamente em 2002, pouca gente imaginava que Jerry Cantrell encontraria outro parceiro que harmonizasse tão bem com a sua voz, algo que marcou os três primeiros discos do Alice in Chains: Facelift (1990), Dirt (1992) e Alice in Chains (1995).

Mesmo com a desconfiança geral, William DuVall conquistou os fãs aos poucos e com muito respeito ao legado da banda, e o grande retorno foi com o excelente Black Gives Way to Blue (2009). Ele já gravou outros dois discos com as lendas do Grunge.

“Voices”, do Alice in Chains com William DuVall

Angra: Andre Matos, Edu Falaschi e Fabio Lione

Agora precisamos falar do caso raro de uma banda que lançou ótimos discos não apenas com dois, mas com três integrantes diferentes! Não à toa, estamos falando de uma gigante do Metal nacional, o Angra.

A fase com Andre Matos é a mais celebrada por motivos óbvios, incluindo discos seminais como Angels Cry (1993). Mas Edu Falaschi também representou o grupo muito bem com quatro álbuns – Rebirth (2001) entre eles -, e o vocalista atual Fabio Lione já gravou três, com destaque para ØMNI (2018).

“Light of Transcendence”, do Angra com Fabio Lione

Van Halen: David Lee Roth e Sammy Hagar

Este é um daqueles casos em que o guitarrista – que, no caso, dá nome à banda! – é o integrante fundamental do grupo. Mesmo assim, David Lee Roth conquistou seu lugar como um dos vocalistas mais icônicos do Rock, graças a álbuns excelentes como Van Halen (1978) e 1984 (1984).

Depois, Eddie Van Halen se juntou a Sammy Hagar, que gravou quatro álbuns com a banda, inclusive o bem-sucedido5150 (1986), que tem o clássico “Why Can’t This Be Love”. O Van Halen ainda teve um disco com o cantor Gary Cherone.

“Why Can’t This Be Love”, do Van Halen com Sammy Hagar

Nação Zumbi: Chico Science e Jorge Du Peixe

Chico Science foi o grande responsável não apenas pelo som da Nação Zumbi, mas por todo o manifesto cultural do Manguebeat, presente em letras imortais dos álbuns Da Lama ao Caos (1994) e Afrociberdelia (1996).

Com sua morte prematura em 1997, a banda encontrou forças no percussionista Jorge Du Peixe, que já lançou sete discos como vocalista. O destaque fica para o trabalho autointitulado de 2014, que tem sucessos como “Um Sonho”.

“Um Sonho”, da Nação Zumbi com Jorge Du Peixe

Genesis: Peter Gabriel e Phil Collins

Banda pioneira do Rock Progressivo, o Genesis conquistou milhares de fãs já no fim da passagem de Peter Gabriel como vocalista, quando vieram álbuns duplos ou conceituais como Selling England by the Pound (1973) e The Lamb Lies Down on Broadway (1974).

Mesmo com a saída do icônico frontman, a formação clássica da banda ainda estava por vir, quando surpreendentemente o baterista assumiu o microfone principal. Phil Collins lançou oito álbuns como vocalista, com destaque para Invisible Touch (1986) e We Can’t Dance (1991). Vale citar ainda Ray Wilson, que gravou um disco com o Genesis.

“Calling All Stations”, do Genesis com Ray Wilson

Judas Priest: Rob Halford e Tim “Ripper” Owens

A última banda desta lista vale mais pela curiosidade. Sabemos que Rob Halford é um dos maiores vocalistas que o Rock já viu, e sua imagem está profundamente ligada ao Judas Priest graças aos 17 álbuns que ele lançou com a banda. Isso inclui os ótimos British Steel (1980) e Painkiller (1990).

Quando o cantor Tim “Ripper” Owens assumiu os vocais da banda entre 1996 e 2003, lançou dois álbuns que foram “apagados” pelo grupo, nunca apareceram nos streamings e nem nos shows. Mas achamos que você deve dar uma chance ao menos para Jugulator, de 1997!

“Jugulator”, do Judas Priest com Tim Ripper
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