Léo da Bodega é um daqueles nomes da nova música brasileira para você ficar de olhos e ouvidos bem abertos!
Hoje, dia 25 de Outubro, o artista está lançando seu primeiro disco de estúdio, Botija, e o álbum marca uma conexão entre as suas raízes em Olinda, Pernambuco, e elementos modernos da música brasileira.
O álbum foi produzido por DMAX (Vitão, Projota, Carol Biazin), produtor indicado ao Grammy, e ao mesmo tempo em que apresenta elementos tradicionais da cultura popular pernambucana, também celebra o que há de mais novo por aqui.
Por exemplo, o Rap se faz presente durante boa parte das 8 faixas do álbum, e o seu próprio formato, curtinho, com pouco menos de 17 minutos de duração, é também um retrato da música atual.
Léo da Botija se inspira no passado para olhar à frente
“Botija” tem esse nome para fazer relação a um artefato de barro utilizado para guardar riquezas, remetendo a histórias de tesouros escondidos, como o próprio afirmou:
“Essa ideia evoca uma superstição associada à descoberta de “tesouros escondidos”. Proponho, através deste trabalho, um resgate destas raízes e uma valorização da rica cultura popular pernambucana, com um toque contemporâneo e singular por meio de uma bela sonoridade de ritmos envolventes e históricos.”
Outro ponto que mostra a verdadeira ponte que Léo da Bodega está construindo fica claro ao olharmos para a lista de participações especiais do álbum.
De um lado, artistas como As Filhas de Baracho, importantes nomes da Crianda, e do outro os Mestres Lilo e Micael Silva, que representam a nova geração da cultura popular pernambucana.
Clipe de “Dejavú”
Uma das faixas do álbum que ganhou uma bela obra audiovisual foi “Dejavú”, e o clipe tenta retratar o significado por trás de sua letra.
Ao explicar a canção, Léo da Bodega falou sobre crenças e experiências pessoais:
“Sempre fui muito ligado aos sonhos, sempre tentei traduzir e entender o que aquilo poderia me dizer, ‘Dejavú’ parte desse apego pela superstição, pela ancestralidade. Essa faixa fala sobre a intuição, sobre muitas vezes não se atentar aos sinais e acabar recebendo e fazendo coisas que não eram para nós, abordando ponto de vista de um jovem que vive muito próximo a uma realidade bastante complicada e acaba se tornando mais vulnerável em determinados ambientes, só transitar por eles, daí o seu apego e fé, acredito, lhe manda sinais através de pesadelos e ele percebe como um Dejavú e consegue se livrar do caminho ruim.”
Gravado em Olinda, o clipe retrata a vida de jovens da cidade e tem como foco um aspecto da cultura e da juventude locais pouco mostrados, onde jovens circulam pelas ruas da cidade com seus cavalos.
O vídeo foi dirigido por Flora Negri, Analu e Léo da Bodega, e mais uma vez traça um paralelo entre o clássico, na forma da arquitetura histórica de Olinda, e o moderno, com os costumes dos moradores locais.
Botija, primeiro disco de Léo da Bodega, já está disponível em todas as plataformas de streaming.