Lendas do Grunge

Stone Temple Pilots: um ranking do pior ao melhor disco

Ordenamos os oito álbuns da banda Grunge entre 1992 e 2020 do "menos bom" ao melhor, passando pelas fases com Scott Weiland, Chester Bennington e Jeff Gutt nos vocais

Stone Temple Pilots: um ranking do pior ao melhor disco

Banda com mais musicalidade na história do Grunge, banda que teve os vocalistas mais icônicos ao microfone, banda mais resiliente do Rock em todos os tempos… poderíamos apresentar o Stone Temple Pilots de várias maneiras neste ranking.

A lendária banda californiana segue na ativa hoje com Jeff Gutt nos vocais, substituindo ninguém menos que Chester Bennington, que esteve no grupo entre 2013 e 2015, e Scott Weiland, uma das figuras mais marcantes dos anos 1990 e que lançou seis álbuns com a banda até sua demissão em 2013.

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No centro disso tudo estão os irmãos Robert e Dean DeLeo, que mantiveram o Rock Alternativo “antenado” com referências de Folk, Metal, Psicodélico e até Bossa Nova em seus arranjos de baixo e guitarra.

Para celebrar o aniversário de Scott Weiland, que teria completado 57 anos neste mês de outubro, o TMDQA! decidiu contar a história da banda a partir de seus oito álbuns de estúdio, ordenando do “menos bom” até o melhor de todos. Confira!

Stone Temple Pilots: um ranking do pior ao melhor disco

8. Stone Temple Pilots (2010)

Dos seis álbuns lançados pelo STP com Scott Weiland nos vocais, podemos dizer que três são verdadeiros clássicos do Rock, e os outros três são… digamos, decepcionantes.

O disco autointitulado de 2010 marcou a reunião da banda, que havia se separado em 2003 por problemas do vocalista com as drogas, mas também acabou sendo o último com a formação original, já que Weiland seria demitido novamente em 2013.

Nessa época, o grupo também vivia conflitos com a gravadora Atlantic Records, e o resultado foi um álbum que até agradou fãs de Country Rock com os singles “Between the Lines” e “Take a Load Off”, mas que definitivamente não está entre as obras mais memoráveis da banda.

“Between the Lines”, do Stone Temple Pilots

7. Shangri-La Dee Da (2001)

A nossa sétima posição vai justamente para o álbum anterior, o último antes de Scott Weiland viver um dos piores momentos de seu vício.

O primeiro trabalho do Stone Temple Pilots no século 21 era para ser um álbum duplo em hoomenagem a Andrew Wood, ex-vocalista do Mother Love Bone e precursor do Grunge, mas a Atlantic Records e o produtor Brendan O’Brien (o mesmo de Pearl Jam, Soundgarden e mais) não aprovaram a ideia.

Shangri-La Dee Da acabou tendo 13 faixas e até recebeu críticas positivas, mas mesmo resgatando o Rock pesado, os singles “Days of the Week” e “Hollywood Bitch” ainda estão longe de representar a melhor forma da banda.

“Days of the Week”, do Stone Temple Pilots

6. Stone Temple Pilots (2018)

O STP lançou dois álbuns autointitulados, e o segundo acabou se tornando mais relevante do que o primeiro pelo contexto histórico. O disco de 2018 foi o primeiro após as mortes dos ex-vocalistas Scott Weiland e Chester Bennington, e também o trabalho de estreia do cantor Jeff Gutt com a banda.

Numa iniciativa rara na história do Rock, os membros remanescentes Eric Kretz, Robert e Dean DeLeo convocaram audições abertas para contratar um novo vocalista, e foram recompensados com todo o talento de Gutt, que tem uma atitude e um timbre de voz muito similares aos de Weiland.

Primeiro pela gravadora Rhino, o álbum teve o single de sucesso “Meadow” e outras boas faixas como “Roll Me Under” e “The Art of Letting Go”, e rendeu uma grande turnê de apresentação do novo frontman aos fãs.

“Meadow”, do Stone Temple Pilots

5. Perdida (2020)

Antes de entrarmos nos grandes clássicos do Stone Temple Pilots nos anos 1990, precisamos falar sobre o álbum mais recente da banda, de 2020. Para o segundo disco com Jeff Gutt nos vocais, eles decidiram reencarnar a versão acústica da banda, que já havia feito muito sucesso lá em 1999.

Mais uma vez, o baixista Robert DeLeo tomou conta como principal força criativa do grupo, e suas influências de Country, Folk Rock e até de Bossa Nova ficaram evidentes em Perdida, o disco mais “soft” da carreira do STP.

Ele rendeu apenas um single, “Fare The Well”, mas outras músicas como “Three Wishes”, “She’s My Queen” e a faixa-título são lindíssimas e merecem a sua atenção, num álbum super gostosinho e que funciona do início ao fim.

“Fare The Well”, do Stone Temple Pilots

4. Tiny Music… Songs from the Vatican Gift Shop (1996)

Abrimos a “fase de ouro” do STP nos anos 1990, com Weiland nos vocais, com Tiny Music… Songs from the Vatican Gift Shop. Este foi o terceiro álbum da banda, quando eles já eram considerados estrelas do Grunge e, por consequência, do Rock mundial.

Mas como toda grande banda, os Pilots decidiram romper com o “rótulo” e experimentar outras vertentes da música pesada, especialmente o Rock Psicodélico e o Glam, trazendo mais instrumentos como órgão e trompete.

A nova sonoridade fez sucesso com os singles “Big Bang Baby”, “Trippin’ on a Hole in a Paper Heart” e “Lady Picture Show”, e o disco chegou aos primeiros lugares nas paradas dos EUA, Canadá e Austrália.

“Trippin’ on a Hole in a Paper Heart”, do Stone Temple Pilots

3. No. 4 (1999)

O outro momento em que os Pilots se aventuraram no Rock acústico foi justamente aqui, na nossa terceira posição. Na verdade, o álbum No. 4 começa com a pedrada “Down” e tem pitadas de Metal e Grunge em “No Way Out” e “Sex & Violence”.

Mas o destaque mesmo fica para faixas mais melancólicas e complexas no violão, como o mega-hit “Sour Girl”, a impactante “Glide” e a lindíssima “Atlanta”, provavelmente a melhor faixa de encerramento da carreira da banda com seus mais de 5 minutos.

No. 4 já é álbum de Platina nos EUA, e na época de lançamento alcançou o 6º lugar na Billboard, além de Top 20 no Canadá e na Austrália. Medalha de bronze pra ele!

“Sour Girl”, do Stone Temple Pilots

2. Purple (1994)

Como falamos nesta matéria especial sobre Purple, é muito raro na história do Rock que uma banda que explodiu com seu álbum de estreia consiga emplacar um segundo álbum tão relevante quanto o primeiro – e o STP conseguiu isso com ajuda da Bossa Nova!

“Interstate Love Song”, o single que catapultou o disco de 1994, foi escrito por Robert DeLeo quando ele estava descobrindo mestres da MPB como Jorge Ben e João Gilberto.

O “miolo” do disco tem outras faixas mais acústicas como “Big Empty”, verdadeiros hinos Grunge como “Vasoline” e “Meatplow” e faixas mais psicodélicas como “Silvergun Superman” e “Lounge Fly”. Duas delas estão entre as 5 mais ouvidas da banda nos streamings atualmente.

“Vasoline”, do Stone Temple Pilots

1. Core (1992)

Embora não seja tão raro na história do Grunge, não deixa de ser impressionante como o Stone Temple Pilots conseguiu canalizar toda a energia da banda e da contracultura dos anos 1990 em seu álbum de estreia, Core, que se tornaria um dos discos mais relevantes de todos os tempos.

Sabe o Top 5 de músicas da banda mais ouvidas atualmente? Então, as outras três são “Plush”, “Creep” e “Sex Type Thing”, músicas que também foram eternizadas com suas versões acústicas no MTV Unplugged de 1993.

O disco ainda tem “Dead & Bloated”, “Wicked Garden” e “Crackerman”, faixas que garantiram ao STP o álbum mais bem-sucedido de toda a carreira, com mais de 8 milhões de cópias vendidas. Acho que é unanimidade como primeiro lugar, né?!

“Wicked Garden”, do Stone Temple Pilots

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