Thom Yorke ficou bastante incomodado com a atitude de uma pessoa que estava na plateia do show de sua turnê solo na Austrália, realizado na noite desta quarta-feira (30).
Próximo do encerramento de seu set no Sidney Myer Music Bowl, em Melbourne, o músico veterano teve sua performance do clássico do Radiohead “Karma Police” interrompida por vaias de um manifestante pró-Palestina que estava acompanhando seu show.
De acordo com o The Guardian, alguns fãs registraram o momento em que um homem começa a gritar com Yorke e, apesar de não ser possível ouvir seu comentário completo, um trecho revela que ele disse algo como “o genocídio israelense de Gaza”. O homem ainda se referiu ao número de mortos, apontando que “metade deles eram crianças”.
Em seguida, Thom, irritado com a situação, reagiu e declarou:
“Venha e diga isso. Bem aqui. Venha no palco e diga o que você quer dizer. Mas não fique aí parado como um covarde, venha aqui e diga. Vamos. Você quer mijar na noite de todo mundo?”
O homem teria respondido de volta perguntando: “Quantas crianças mortas serão necessárias para você condenar o genocídio em Gaza?”. Antes de deixar o palco, o cantor respondeu irritado:
“OK, faça isso, até mais tarde então.”
Alguns minutos depois, Thom Yorke retornou ao palco para tocar na íntegra o hit de 1997 do Radiohead que ele estava apresentando antes de ser interrompido.
Thom Yorke e o conflito entre Israel e Palestina
Desde que o conflito entre Israel e o Hamas se intensificou ao longo do último ano, Thom Yorke não se manifestou publicamente sobre a situação. Porém, o músico já criticou anteriormente o movimento pró-Palestina de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) e chegou a defender a decisão do Radiohead de se apresentar em Israel.
O grupo dono do hit “Creep” se apresentou em Tel Aviv em 2017, mesmo após muitas pessoas pedirem para que a performance fosse cancelada. O show esgotado ocorreu conforme o planejado e, na época, o músico respondeu uma crítica do diretor britânico Ken Loach, que era contra a apresentação:
“Tocar em um país não é o mesmo que endossar o governo. Tocamos em Israel há mais de 20 anos por meio de uma sucessão de governos, alguns mais liberais do que outros. Como fizemos nos EUA. Não endossamos Netanyahu mais do que Trump, mas ainda tocamos nos EUA.”
A pressão sobre a banda voltou a aumentar no ano passado, após o músico do Radiohead e do The Smile, Jonny Greenwood, ter sido criticado por fazer um show em Tel Aviv com o artista israelense Dudu Tassa, com o movimento BDS acusando-o de “usar a arte como lavagem de genocídio”.
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