Lançamentos nacionais: Ana Costa, Lidia Lidia Lidia e Du Cosmos

Ana Costa lança novo álbum
Crédito: Mônica Ramalho

Sem lançar um álbum solo desde 2017, a cantora e compositora Ana Costa liberou nos serviços de streaming o disco Pra Recomeçar pelo selo Peneira Musical.

O trabalho de estúdio traz um repertório que transita entre o Samba, Bossa Nova, Blues e o Ijexá, e a artista conta que as músicas nasceram da necessidade de olhar para o futuro, da expectativa de dias melhores:

“Era uma fase ainda difícil, estávamos saindo da pandemia e queríamos muito falar sobre coisas além de todo sofrimento daquele momento, espantar aquele sentimento de fim do mundo, ou quase isso. Queríamos falar do futuro, da nossa ânsia de tempos melhores, queríamos falar como cidadãos que vivem numa cidade tão louca como o Rio, sob a perspectiva de seres urbanos que somos, cada um na sua luta e na sua realidade após o caos.”

Lidia Lidia Lidia

Em seu primeiro trabalho autoral, a artista Lidia Lidia Lidia usa a temática do solo fértil para lançar o EP Terra Mulher e estilhaçar o asfalto do dito “progresso”, criado pela sociedade colonial e que nos afasta da terra e da natureza que existe ao nosso redor e dentro de nós.

Dividido em três faixas, o trabalho de estúdio conta com as participações especiais de Nataly Ferreira e Will Carbônica, além das colaborações de Cristiane Araújo e Kleyton Breda nos arranjos, cordas e percussões.

Ao comentar sobre o título do compacto, Lidia afirmou:

“‘Terra Mulher’ relaciona a natureza presente na terra e nas mulheres, capaz de gerar a vida. “Neste processo de quebrar o asfalto do chão e de nossas cabeças, é possível enxergar novas formas de se ver no mundo e se relacionar. É preciso ver o que tem por baixo do asfalto: resistência, riso, fluidez, acolhimento e amor.”

Du Cosmos

O cantor e compositor Du Cosmos disponibilizou nas plataformas digitais o álbum Perceptos. Ao relembrar o processo de criação do disco, o artista afirmou:

“Uma gestação de quatro anos, dá pra dizer; ainda que no começo eu não soubesse conscientemente que o estava produzindo. Não havia uma decisão a respeito, comecei a gravar por experimentação, fiz da produção um laboratório sem regras, que ao fim, deu-se como um projetor, lançando as minhas ideias
musicais na plano da realidade, transmutando visões, sentimentos e emoções em obra, um manifesto humano, artístico, do espírito. Composto por dez canções que não estão entre as minhas primeiras, embora seja o meu álbum de estreia, dei início as gravações com intuito de registrar as composições que existiam apenas na cabeça e nos papeis, em demos aleatórias, íntimas apenas do meu violão e de uns poucos amigos, quando de repente a coisa tomou outro rumo. Compus uma canção nova, e depois outra, e outra, e
mais uma. Enquanto eu gravava uma, outra surgia. Fui percebendo uma história, um conto para além do canto, com atmosfera, capítulos, cenas, linha narrativa, um álbum para ouvir como se vê um filme e assistir como se ouve uma grande música. É um livro aberto, em sons, imagens e palavras, que germinou em 2020, atravessou uma pandemia, e culminou em 2024 como um álbum audiovisual.”