Lançamento especial

MADRE, projeto solo de Luiza Pereira, divulga primeiro álbum como um manifesto anti-digital

"VAZIO OBSCENO" ficará disponível no streaming apenas por seis meses - entenda os motivos para isso!

Luiza Pereira lança disco de estreia solo
Crédito: Nani Basso

Luiza Pereira, que ganhou notoriedade no cenário do Indie brasileiro tocando Synth e cantando na banda INKY, se lançou como artista solo e liberou o álbum de estreia do projeto MADRE.

O título do primeiro trabalho de estúdio sob o novo nome se chama VAZIO OBSCENO e o disco apresenta a nova faceta musical de Luiza, que produziu todas as oito faixas juntamente com Luccas Villela durante o isolamento social.

Ao relembrar o processo de composição do material, ela contou:

“Era pandemia, me dei uma guitarra de presente de aniversário e comecei a compor. Eu nunca tinha tocado guitarra antes, então pude criar de forma muito livre e intuitiva. Meu processo de composição foi uma catarse sonora de tudo que eu estava sentindo e do contexto à minha volta na época.”

Gravado no estúdio Sítio Romã, no interior de São Paulo, o disco tem participação de Fabiano Benetton (Odradek), que gravou linhas de guitarra em “Sirenes”, e de Rodrigo Coelho, que tocou Bass VI em todas as músicas do álbum.

Ouça VAZIO OBSCENO ao final da matéria!

Novo disco de Luiza Pereira carrega um propósito anti-streaming

O trabalho de estreia da MADRE chega também como um manifesto anti-digital, pois o álbum estará disponível nas plataformas de streaming por apenas seis meses. Depois, o disco somente poderá ser ouvido em versões físicas, tanto em vinil como CD.

A criação do manifesto surgiu a partir de inquietações da artista a respeito das empresas presentes no mercado do streaming, que, notoriamente, não remuneram os artistas de forma justa e contribuem, direta ou indiretamente, para a precarização do trabalho de todos eles.

Ao abordar o assunto, Luiza afirmou:

“Estão claros os efeitos negativos – e positivos também – que a cultura digital trouxe para a música independente, mas sinto que nos tornamos reféns e que estamos acovardados diante do que parece ser a única alternativa – que não é justa, nem sustentável. Existem outros caminhos para resgatar o consumo de música e a relação de ouvinte/artista de forma mais humana, para além do digital. Música sempre foi sobre comunidade e experiência. Tenho mais interesse em ter uma micro comunidade de pessoas reais que me acompanham, do que focar em números virtuais que muitas vezes nem convertem em nada concreto.”

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