Conhecido por misturar elementos do Rock, Pop, Reggae e Ska, o Skank foi formado no início dos anos 1990 e se tornou ao longo da década um dos grandes nomes da cena musical brasileira.
Impulsionado por sucessos como “Amolação”, “É Proibido Fumar”, “Jackie Tequila” e “Pacato Cidadão”, todas presente no segundo disco Calango (1994), a banda liderada por Samuel Rosa rapidamente conquistou o Brasil com seus hits cheios de groove.
Já faixas como “Garota Nacional”, “É Uma Partida de Futebol” e “Tão Seu” marcaram o icônico álbum O Samba Poconé (1996). Mais tarde, em 1998, o Skank gravou na memória dos fãs de música clássicos do disco Siderado, como “Resposta”, “Mandrake e os Cubanos” e “Saideira”.
Nas décadas seguintes, o grupo mineiro seguiu fazendo um tremendo sucesso e até viu, sem querer, sua música “Vou Deixar”, presente no trabalho de estúdio Cosmotron (2003), se tornar trilha sonora para participantes de edições consecutivas do Big Brother Brasil, maior programa de entretenimento da televisão brasileira atualmente.
O sucesso do Skank e o renascimento do Pop Rock
Ao relembrar toda a trajetória do Skank em conversa com o G1 publicada no YouTube neste semana, Samuel cravou que sua banda “liderou o renascimento do Pop Rock no Brasil” (via Whiplash):
“Eu acho que agora eu tenho um afastamento suficiente pra dizer que o Skank foi responsável pelo renascimento do Pop Rock brasileiro nos anos 1990. Porque quem viveu sabe que aquela onda oitentista do Rock ser a bola da vez tinha passado. E a música Pop vivia uma ressaca do Rock brasileiro, que tinha acabado a década de 1980 com umas coisas tipo Dr. Silvana & Cia, Inimigos do Rei – que já era melhor, porque tem o Paulinho Moska (…). E entrou a Lambada de Beto Barbosa e a Axé Music nasceu ali. Então, as gravadoras já torciam o nariz pra qualquer banda nova do Pop Rock depois de 1991.”
Na sequência, o cantor de 58 anos revelou que as gravadoras não estavam interessadas no Rock nacional e, por isso, algumas bandas optaram pelo modelo “faça você mesmo”:
“Tanto é que as bandas partiram pras empreitadas de discos independentes (…). E o Skank, que era e sempre foi totalmente brancaleônico, sem partido, filiado a nenhum selo, nada, lançou por conta própria o seu disco independente. E foi, querendo ou não, pelo menos, das bandas mais promissoras que fizeram de novo a indústria olhar pro Pop Rock brasileiro (…).”
Concorda? Vale lembrar que, em 2019, o Skank anunciou a sua turnê de despedida e a excursão derradeira foi oficialmente encerrada no dia 26 de Março de 2023 com uma apresentação realizada no estádio Mineirão, em Belo Horizonte.
Já em Junho deste ano, Samuel liberou o disco solo Rosa, que tem entrado nas principais listas de melhores álbuns de 2024. Confira a entrevista do cantor na íntegra logo abaixo!
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