Uma viagem pela história dos gigantes do Rock

Led Zeppelin: um ranking do pior ao melhor disco

Misturando Blues, Folk e Heavy Metal, banda de Jimmy Page e Robert Plant redefiniu o que era "Rock Clássico" para todas as gerações dos anos 1970 em diante

Led Zeppelin: um ranking do pior ao melhor disco

Para uma banda que sempre buscou a perfeição em estúdio, não é uma tarefa nada fácil ranquear os nove álbuns do Led Zeppelin.

Entre 1969 e 1980, o grupo britânico criou uma das discografias mais influentes da história do Rock combinando peso e experimentalismo. Em cada disco, os alicerces foram os mesmos: o virtuosismo da guitarra de Jimmy Page, a potência dos vocais de Robert Plant, a sensibilidade de John Paul Jones e o ritmo avassalador de John Bonham.

Publicidade
Publicidade

A sequência mágica dos álbuns Led Zeppelin I, II, III e IV, na virada pros anos 1970, redefiniram o que é “Rock Clássico” para toda uma geração, enquanto os posteriores Houses of the Holy (1973) e Physical Graffiti (1975) provaram a versatilidade da banda.

Abaixo, revisitamos cada um dos trabalhos do Led Zeppelin para tentar definir quais são os melhores, mas respeitando sempre a opinião dos fãs! Diz aí, o que você mudaria no nosso ranking?

Um ranking do pior ao melhor disco do Led Zeppelin

9. Coda (1982)

A banda já não estava mais em atividade após a prematura morte de John Bonham em 1980, mas os integrantes remanescentes decidiram dar um “presente de despedida” para os fãs em 1982 com Coda – nome dado a um símbolo musical que indica o trecho final de uma partitura.

O álbum tem faixas inéditas da época de Led Zeppelin III (1970) e Houses of the Holy (1973), versões ao vivo e ainda um remix eletrônico feito por Page para um solo de bateria de Bonham em 1976, intitulado “Bonzo’s Montreux“. As músicas que mais fizeram mais sucesso foram “We’re Gonna Groove” e a lado-b “Hey, Hey, What Can I Do”.

8. In Through the Out Door (1979)

Com Page e Bonham vivendo problemas com o vício, a banda viajou para a Suécia para gravar o que seria seu último álbum com os integrantes reunidos. Plant e Jones tomaram conta das composições, e o som de In Through the Out Door acabou ficando muito parecido com os primórdios da banda, o que garantiu muito sucesso comercial para o trabalho.

O álbum chegou ao topo das paradas do Reino Unido e EUA logo na segunda semana, e isso fez com que todos (!) os discos do Led Zeppelin até ali retornassem para a Billboard Hot 200 por duas semanas. Embora não tenham se tornado clássicos, “All My Love”, “In The Evening” e “South Bound Saurez” fizeram muito sucesso naquele finalzinho de anos 1970.

7. Presence (1976)

O Zep estava no topo do mundo na metade da década de 1970, com turnês que superavam bandas gigantes como Pink Floyd e os Rolling Stones. Mas em vez de mergulhar em um som mais comercial, a banda dedicou o seu sétimo álbum a jams e improvisos em estúdio, que resultaram em músicas de seis, nove e até dez minutos de duração.

Se a posição anterior da nossa lista foi liderada por Plant e Jones, em Presence foram Page e Bonham que tomaram a dianteira do grupo. Não à toa, o disco tem algumas das performances mais assustadoras do baterista, como em “Achilles Last Stand”, e riffs absurdos do guitarrista como em “Nobody’s Fault But Mine”. Uma pedrada!

6. Led Zeppelin III (1970)

Como era bastante comum naquela época, o Led Zeppelin chegou a 1970 com apenas dois anos de banda e já três álbuns lançados. Mas a banda não produzia sempre o mesmo som, tanto que o terceiro trabalho marcou uma divisão nas influências e na direção que o grupo tomaria dali em diante – e também deixou fãs e críticos divididos.

Led Zeppelin III nasceu de uma viagem de Page para o País de Gales, onde o guitarrista foi muito influenciado pela música Celta e Folk. O resultado foi um álbum menos enérgico e mais acústico, com arranjos complexos como os de “Since I’ve Been Loving You”, “Tangerine” e “Friends”, mas também algumas faixas lideradas por guitarras como o hit “Immigrant Song”.

5. Physical Graffiti (1975)

Pulamos do terceiro para o sexto álbum do Led, Physical Graffiti, considerado um dos mais icônicos da banda por ser um disco duplo, com faixas altamente experimentais e algumas que sobraram dos álbuns anteriores. Tem pra todos os gostos: a psicodelia de “Kashmir”, o blues de “In My Time of Dying”, o ritmo funkeado de “Trampled Under Foot” e as já tradicionais baladinhas como “Ten Years Gone”.

Após o lançamento de Physical Graffiti, todos os álbuns anteriores da banda voltaram para o Top 200 no Reino Unido, e o grupo embarcou em mais uma turnê gigante pelos EUA, com um inovador sistema de som e luzes. O álbum ainda rendeu cinco noites com ingressos esgotados na Earls Court Arena de Londres, que era na época a maior casa de shows da capital britânica.

4. Led Zeppelin II (1969)

Dos cinco primeiros álbuns do Led Zeppelin, entre 1979 e 1973, quatro estarão nas primeiras posições deste ranking – e sempre vale dizer que as posições podem variar muito de acordo com o gosto pessoal de cada fã. Mas colocaremos em 4º lugar Led Zeppelin II, primeiro trabalho do grupo a liderar as peradas nos EUA e na Inglaterra.

É incrível pensar que clássicos como “Ramble On”, “Whole Lotta Love”, “Heartbreaker” e “Thank You” foram gravados na estrada, em vários estúdios diferentes nos Estados Unidos, enquanto a banda excursionava com o álbum de estreia. O segundo disco aprofunda a mistura de Blues, Heavy Metal e Folk que consagrou o Zep logo nos primeiros anos, com foco nos riffs de guitarra e nas levadas diferenciadas de John Bonham.

3. Led Zeppelin (1969)

Abrimos o pódio justamente com o disco de estreia de Plant, Page, Jones e Bonham em 1969, com sua icônica capa que faz referência ao desastre aéreo de Hindenburg em 1937, quando um zepelim explodiu na Alemanha deixando 35 mortos.

O primeiro dos quatro álbuns autointitulados do Led Zeppelin tem uma urgência nas canções, um desejo de mostrar ao mundo aquele som emergente chamado de Hard Rock. Na época, a banda ainda era conhecida como “novo The Yardbirds“, nome da banda anterior de Jimmy Page ao lado de Jeff Beck.

Mas músicas como “How Many More Times”, “Good Times Bad Times”, “Dazed and Confused” e “Communication Breakdown” marcaram para sempre o nome do Led – e de cada um dos integrantes daquele quarteto fantástico – na história do Rock.

2. Houses of the Holy (1973)

A nossa medalha de prata pode ser polêmica para alguns, mas na opinião deste que escreve, Houses of the Holy é o álbum mais coeso já lançado pelo Led Zeppelin. Em 1973, a banda decidiu continuar explorando novos sons, não exatamente ligados ao Rock pesado, e o resultado foi um disco dançante (“Dancing Days”), divertido (“The Crunge”) e repleto de melodias e ritmos não convencionais (“The Ocean”, “Over The Hills and Far Away”).

Também chamam a atenção duas músicas de sete minutos: “The Rain Song”, uma das baladas mais lindas da história do Rock, e “No Quarter”, uma verdadeira viagem épica e psicodélica. Destaque ainda para o Reggae de “D’yer Mak’er”, uma das canções que ganhou mais covers em todos os tempos.

Foi após esse disco que o Led caminhou para se tornar a maior banda de Rock dos anos 1970, esgotando shows pelo planeta. Uma das apresentações mais marcantes aconteceu no Madison Square Garden, em Nova Iorque, que foi registrada em vídeo e lançada posteriormente como o DVD The Song Remains the Same (1976).

1. Led Zeppelin IV (1971)

Acho que não teremos polêmicas com relação ao nosso primeiro lugar. Afinal, trata-se do disco que tem “Stairway to Heaven”, única música do Led Zeppelin que já ultrapassou um bilhão de plays no Spotify, e entre as seis músicas mais ouvidas da banda na plataforma, QUATRO são do disco Led Zeppelin IV.

Depois das experimentações nos álbuns anteriores, Robert Plant decidiu que “fazia muito tempo que ele não se jogava no Rock N’ Roll”, como dizem os icônicos versos da segunda faixa do disco, “Rock and Roll”. Por isso, o trabalho tem riffs históricos como os de “Black Dog” e “Misty Mountain Hop”, além do solo de guitarra mais famoso da história em “Stairway”.

Mas também teve espaço para os músicos mostrarem sua versatilidade, como em “Going to California” e “When the Levee Breaks”, talvez a levada de bateria mais famosa de Bonham. Atualmente, o álbum já vendeu mais de 37 milhões de cópias pelo planeta, sendo um dos discos mais bem-sucedidos comercialmente de todos os tempos.

OUÇA AGORA MESMO A PLAYLIST TMDQA! CLASSICS

Clássicos incontestáveis do Rock And Roll e da Música Brasileira aparecem nessa seleção especial do Tenho Mais Discos Que Amigos! Siga a Playlist TMDQA! Classics e aproveite para viajar no tempo com muita nostalgia. Aproveite e siga o TMDQA! no Spotify!

Sair da versão mobile