Após uma contagem regressiva que movimentou suas redes sociais por 28 dias, MC Cabelinho lançou o tão aguardado Não Sou Santo Mas Não Sou Bandido, o quarto álbum de sua carreira. Com uma mensagem clara e direta — aceitar a imperfeição e os erros como parte da condição humana —, o projeto apresenta uma sonoridade mais madura e diversificada, resultado de dois anos de intenso trabalho no estúdio.
Em entrevista ao TMDQA!, o rapper revela que o título é uma reflexão direta sobre sua própria experiência e as pressões que enfrentou ao longo de 2024:
“As pessoas gostam muito de falar, afirmar sem saber, julgar sem conhecer a história inteira. Mas, ninguém tá ligado no que se passa de verdade com o outro. O nome já diz: eu não sou santo, mas não sou bandido”.
Com nove faixas inéditas e duas já conhecidas pelo público, o disco é fruto de um processo criativo cuidadoso, como destacou o produtor musical João Pedro Palma. “Introduzimos o violão na musicalidade do Cabelinho e usamos vozes reais nas faixas que têm coral. Todos esses elementos trazem uma finalização completamente diferente, mais refinada”, detalha Palma.
Explorando vulnerabilidades
Uma das marcas desse projeto é o tom introspectivo e vulnerável das letras. Em “A Vida Continua” e “Misericórdia”, arranjos instrumentais orgânicos reforçam a profundidade emocional das composições, enquanto faixas como “Acabou o Amor” e “Terminei Recentemente” resgatam a essência do trap.
Segundo MC Cabelinho, a exploração dessa faceta foi desafiadora, mas também libertadora. “Tudo que eu canto ali é real, foram coisas que eu passei. Vivi emoções diferentes e fui escrevendo sobre isso”, afirma.
O disco também reflete a capacidade de adaptação de MC Cabelinho dentro da cena musical. Com influências que passeiam entre o trap, o funk e as love songs, Não Sou Santo Mas Não Sou Bandido reforça o caráter multifacetado do artista.
“Eu fazia funk e hoje em dia faço trap, porque procuro me adaptar à cena, ao que está fazendo sentido pro público no momento. Tipo um camaleão, pegou a visão?”.
O futuro de MC Cabelinho
Anunciado durante o Rock in Rio 2024, o álbum marca uma nova fase na carreira do cantor. Cabelinho descreve o projeto como um ponto de partida para voos ainda mais altos em 2025.
“Quero usufruir desse trabalho e continuar trabalhando. Esse disco não é só um produto, é um reflexo de tudo que eu vivi e do que eu quero ser daqui pra frente”.
Com a masterização assinada por Mike Bozzi, conhecido por trabalhar com nomes como Doja Cat e Post Malone, Não Sou Santo Mas Não Sou Bandido é um convite para enxergar as imperfeições como parte essencial da jornada humana. Um álbum que, ao mesmo tempo, celebra a vulnerabilidade e consolida MC Cabelinho como uma das vozes mais autêuticas da música urbana brasileira.
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