Doce como cereja! 🍒

Pra Ficar de Olho: Amadurecimento com Geovanna Fleur

A artista curitibana bate um papo sobre seu último trabalho e carreira; confira!

Edição feita com fotos da artista Geovanna Fleur para destaque na coluna Pra Ficar De Olho

A maior cidade do sul do país, capital do estado onde se localiza uma das 7 maravilhas naturais do mundo, uma das referências de qualidade de vida no Brasil… Não é segredo algum que Curitiba é encantadora em diversos aspectos – e Geovanna Fleur faz parte disso!

O nosso foco da vez é a jovem que (re)lançou seu segundo EP, Tears of Everything, há algum tempo. Com seu indie-pop característico, Geovanna demonstra uma impressionante evolução ao longo de seus 4 anos de carreira.

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Mesmo com sua primeira aparição em um videoclipe caseiro em 2019, foi apenas no ano seguinte que a artista lançou seu primeiro projeto. Agora, se arrisca em uma nova era, onde também foi responsável pela direção do clipe do single Vanity.

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Para falar um pouco mais sobre o material, carreira e futuro, o TMDQA! entrevistou Fleur e buscou explicar as razões Pra Ficar De Olho na bela curitibana.

TMDQA! Entrevista Geovanna Fleur

TMDQA!: Geo, primeiramente, muito obrigado por topar a entrevista! Com esse pós lançamento do Tears of Everything, queria que você nos contasse a respeito dos sentimentos sobre, refletindo esses 5/6 anos de amadurecimento na sua carreira.

Geovanna Fleur: Oie! Então, é muito estranho pensar que o Tears of Everything é um projeto que eu comecei e terminei já muito envolvida no meio artístico. Eu tava muito melhor direcionada do que eu queria fazer comparando quando fiz o All the Memories, porque eu fiz aquele projeto pensando que eu me sentiria feliz se esse fosse meu único lançamento, sabe? Eu não tinha nenhuma expectativa para o All the Memories, eu só queria ver como era o processo de trabalhar em um EP e tentar descobrir isso sozinha.

Mas eu sei que a Geovanna Fleur, que ali estava nascendo praticamente, tem muito orgulho daquele trabalho. É muito estranho pensar que eu fiz o Tears of Everything já tendo uma noção maior de tudo e já sabendo o caminho, entende? Já sabia onde eu queria chegar e quais passos eu precisava tomar, quais alternativas eu poderia acatar para chegar nesse destino, que foi ter o projeto finalizado.

TMDQA!: Mesmo jovem, você foi formulando uma estética/um conceito com seus trabalhos que refletem perfeitamente quem é Geovanna Fleur. Como foi e quais foram os passos até chegar nesse resultado?

Geovanna Fleur: Essa pergunta é engraçada, porque eu sinto que não foi uma coisa muito consciente, acho que foi mais decorrente de a minha arte meio que crescer junto comigo. Como eu comecei muito nova, antes de lançar as primeiras músicas, eu tocava em muitos lugares – de bares até festas de quinze anos!

Esse tempo que eu passei só cantando/tocando sem ter nada autoral atrelado ao meu nome me deu a oportunidade de testar várias coisas diferentes sem ter muita pressão sobre, e quando fui trabalhar com o All the Memories, foi um processo bem natural. É um trabalho que tem muito da Geovanna com o primeiro ano do ensino médio, a estética da área… Ao decorrer do tempo, só melhorei e aprimorei o que era necessário.

TMDQA!: Você acredita que seu trabalho transmite para o público quem é a Geovanna do dia a dia?

Geovanna Fleur: Eu acho que sim e não. Acredito que sim no sentido de eu ser uma pessoa bem emotiva – eu sou emocionalmente conectada com o que eu faço, e eu acho que às vezes as pessoas se assustam com isso, de saberem que eu escrevo sobre o que vivo.
Sinto que sou observadora no meu dia a dia e isso me ajuda no processo de escrita, sou bem apaixonada, bem detalhista. Acho que onde acabo me diferenciando é apenas o fato de eu ser uma garota [risos] Eu também tenho uma vida, uma faculdade, um estágio… Eu não vivo essa realidade todo santo dia, apesar de ser a minha meta (viver apenas de música).

TMDQA!: Quais foram as maiores dificuldades no processo de fazer o EP?

Geovanna Fleur: Acredito que sendo uma artista feminina, às vezes é complicado trabalhar com produtores. Como eu passei muito tempo escrevendo e aperfeiçoando as faixas para deixá-las exatamente como eu queria, eu sinto que às vezes alguns produtores se estressam um pouco com isso [risos] Eu acabo sendo bastante perfeccionista, e tem um ditado que corre entre nós compositores que “a gente nunca termina uma música, a gente escolhe parar de mexer nela” porque daria pra ficar mexendo infinitamente.

Eu acho que às vezes é um pouco complicado para alguns produtores homens de entenderem que eu sou uma cantora de 20 anos, que eu sei o que estou fazendo e tenho minhas próprias opiniões sobre meu próprio trabalho – algo que atrasou um pouco do lançamento do trabalho, mas que não me afeta, porque eu gosto bastante do resultado atual.

Tive momentos de insegurança e às vezes é difícil lembrar que você está em uma cena majoritariamente masculina e machista. Durante todo o processo do Tears, eu trabalhei com o máximo de mulheres possíveis, e isso me aliviou muito.

TMDQA!: Você apresenta marcas interessantes como artista local e independente de Curitiba. Como você definiria a cena local na cidade?

Geovanna Fleur: Muito viva, e eu ADORO essa pergunta! É algo que eu sempre vivo e eu fico muito feliz de falar sobre. Tem tanta gente batalhando pra fazer projetos incríveis acontecerem, tantas bandas começando e tantas pessoas maravilhosas que estão presentes para oferecer músicas e experimentarem coisas novas.

Claro que como qualquer outra cena e ambiente, tem seus asteriscos e questões. Você precisa saber com quem trabalha e ter uma rede que se importa muito além da arte, e também com as pessoas e artistas – algo fundamental para chegarem a seus devidos patamares, conquistarem desejos e sonhos.

Tem um evento local que eu frequento, o Vale da Arte. É um ambiente muito acolhedor, conheci pessoas e amizades maravilhosas por lá! Recentemente, também teve o Debaixo do Pano, que conta com pessoas muito empenhadas a levar estilos e novos gêneros -principalmente para o público feminino e LGBTQIA+ .

Também adoro pensar no terraplana, uma banda da minha cidade que já tocou em festivais incríveis, tipo o Primavera Sound. A cena curitibana é muito viva, muito talentosa, acolhedora e apaixonante!

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Geovanna Fleur se apresentando no Teatro Paiol, Curitiba

TMDQA!: Hora da pergunta tradicional da coluna: quais nomes da cena independente/autoral brasileira você sugere ao público e mídia manterem um olho aberto?

Geovanna Fleur: Eu adoro essa pergunta! Bem minha primeira recomendação é o Cidrais, uma banda de irmãos maravilhosa, que é sensacional! O Matheus Who, que agora tá em Curitiba, lançou o Iconoclasta.

Tem a Ponkkans, banda do meu baterista, que acabou de lançar seu primeiro single. Minhas amigas Vic Wendler e Olivia Yells também.

Por fim, deixo também os destaques para a Mariposa Alice e Campolargo. É isso!

TMDQA!: Por fim, claro que gostaríamos de saber: o que o futuro nos reserva de Geovanna Fleur?

Geovanna Fleur: Ainda na era Tears of Everything, eu tenho um projeto audiovisual de todas as músicas que estou ansiosa demais para ir ao ar logo. Quero muito tocar as músicas ao vivo com toda minha banda e expandir meus trabalhos pra fora de Curitiba.
Eu adoro fazer shows, minha coisa favorita é estar em um palco e eu acho que minhas músicas são melhores compreendidas ao vivo!

Também estou escrevendo coisas novas, claro, então o futuro nos reserva muitas coisas! Mas com certeza uma era um pouco permanente.

Siga Geovanna Fleur nas redes sociais: @geovannafleur

Apoie a artista: https://geovannafleur.bandcamp.com/album/tears-of-everything

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