Vale a maratona!

As 10 Melhores Séries de 2024

Entre lançamentos inéditos e algumas continuações de peso, quem saiu ganhando foi o público, que pôde contar com bons títulos em diferentes plataformas

cena da serie cem anos de solidao
Foto: Netflix

2024 foi um ano de grandes produções para a TV e para os streamings, com algumas decepções mas, principalmente, ótimas surpresas. Entre lançamentos inéditos e algumas continuações de peso, quem saiu ganhando foi o público, que pôde contar com bons títulos em diferentes plataformas, democratizando o acesso a conteúdos de qualidade.

Na lista de Melhores Séries de 2024 do TMDQA!, a prioridade foram séries cujas primeiras temporadas foram lançadas ao longo de 2024. As exceções foram True Detective, por se tratar de uma antologia e cada temporada trazer uma história diferente, e X-Men ‘97, pois é uma continuação de uma animação de 30 anos atrás e, na prática, é a primeira temporada dos Mutantes produzida pela Marvel enquanto parte da Disney.

Com isso, fica a menção honrosa para a 2ª temporada de Arcane, que fechou o arco iniciado em 2021 de forma satisfatória e mantendo o sucesso do universo inspirado em League of Legends; e para a 3ª temporada de Hacks, uma das séries de comédia mais premiadas dos últimos tempos e que manteve o alto nível dos anos anteriores.

Além disso, entraram para a lista algumas minisséries. Apesar de não haver previsão de novas temporadas, o formato em episódios as distancia dos filmes e as aproxima das séries tradicionais.

Segue, então, o resultado desse grande desafio que foi selecionar as 10 Melhores Séries de 2024!

10 – X-Men ‘97 (Disney+)

Por parte dos fãs, existe uma vontade enorme de ver novamente os X-Men nas telonas ou nas telinhas, mas é proporcional ao medo de que isso venha com uma nova decepção. Por isso, quando foi anunciada a continuação da animação clássica dos Mutantes da Marvel, parte do público ficou com um pé atrás.

Mas a entrega de X-Men ’97 foi recompensadora. Além de manter as características que fizeram o desenho original ser tão bom, as discussões levantadas por Xavier, Magneto e cia. estão cada vez mais atuais. Para quem curte super-heróis e quadrinhos, finalmente vieram os dias de glória!

9 – Disclaimer (AppleTV+)

A AppleTV+ sempre nos presenteia com algumas pérolas, especialmente minisséries, que passam relativamente baixo no radar do público. Disclaimer é um desses casos e olha que os nomes envolvidos são pesados: Cate Blanchett é a protagonista, o roteiro e a direção são de Alfonso Cuarón e o elenco conta ainda com Sacha Baron Cohen e Kodi Smit-McAfee, entre outros.

A história acompanha uma jornalista renomada que fez sucesso expondo deslizes de outras pessoas, mas tem seus segredos expostos em um livro cujo autor é desconhecido. Não é uma série inovadora e revolucionária, mas proporciona uma ótima experiência ao longo dos seus sete episódios.

8 – Sr. e Sra. Smith (Prime Video)

É desafiador encarar uma adaptação de uma obra relativamente recente e não cair nas comparações entre as produções. O filme Sr. e Sra. Smith, com Brad Pitt e Angelina Jolie, foi lançado em 2004 e ainda está muito vivo na memória dos espectadores. No entanto, a série criada por Donald Glover e Francesca Sloane consegue se sustentar muito bem – afinal, são mídias diferentes e cada uma tem suas vantagens.

No formato seriado, a história de espionagem foi adaptada em alguns aspectos, mas mantém a essência de ação, drama e até momentos de humor. A saída de Phoebe Waller-Bridge da produção por diferenças criativas até levantou suspeitas sobre o rumo que as coisas estavam levando, mas as desconfianças foram superadas e o resultado foi ótimo.

7 – Bebê Rena (Netflix)

Um dos principais atrativos de Bebê Rena é que a história é biográfica e Richard Gadd, criador da série, tinha total controle criativo da produção. Então ele foi diretor, roteirista e ator principal na adaptação da sua própria história traumática, algo que é no mínimo corajoso.

Bebê Rena foi um dos fenômenos mais populares do ano e levantou debates relevantes, sendo um deles a inversão de papeis quando se trata de abuso. No caso, Richard sofreu perseguição de uma stalker, uma mulher que passou a persegui-lo e virou uma ameaça à segurança dele no trabalho e até em casa. É “comum” ver homens como agentes desse terror em muitas histórias, mas como lidar quando a figura teoricamente frágil vira o sujeito do horror? 

A minissérie é muito bem produzida e gera diversas discussões, a receita perfeita para figurar entre as melhores do ano.

6 – Fallout (Prime Video)

Adaptações de games são uma roleta russa. Há alguns anos era um risco gigante, com absolutamente nenhum sucesso estrondoso tanto no cinema quanto na TV. Os ventos mudaram, uma ou outra obra conseguiu fazer sucesso, mas com Fallout ficou uma pulga atrás da orelha: será que um jogo que já é muito cinematográfico daria certo ou seria apenas uma cópia barata?

Pois deu muito certo! O futuro atompunk adaptado para o Prime Video contou com uma das melhores apresentações de universo em ficções científicas, os personagens escolhidos foram extremamente carismáticos e os ganchos para futuras temporadas não foram forçados. Arcos foram encerrados, outros deixados abertos, mas tudo de forma bem redonda, sem subestimar a audiência. Promessa de uma grande franquia se criando, agora fora dos games.

5 – True Detective: Terra Noturna (Max)

Se ainda havia receio após algumas temporadas questionáveis, True Detective: Terra Noturna devolveu o brilho para os olhos dos fãs, agora sob direção de Isa Lópes. Duas novas detetives – Liz Danvers (Jodie Foster) e Evangeline Navarro (Kali Reis) – entraram para o universo da antologia policial, investigando o desaparecimento de oito trabalhadores de uma estação de pesquisa no Alasca. 

O diferencial desta temporada está na recompensa depois de uma excelente construção de cenário. O mistério é intrigante, as personagens são interessantes e o desfecho é muito satisfatório, um lembrete do que os fãs tiveram acesso lá atrás, na sensacional primeira temporada da série.

4 – Ripley (Netflix)

Apesar de ser uma visita a uma história que muitos já conheciam, a minissérie Ripley consegue entregar alguns diferenciais importantes. Criada por Steven Zaillian e protagonizada pelo ótimo Andrew Scott, a produção adapta o livro e filme O Talentoso Ripley, da autora Patricia Highsmith.

São oito episódios em preto e branco, acompanhando o serial killer Tom Ripley nas paisagens italianas de Nápoles, Veneza, Sicília e Roma. Chega a ser engraçado a história se passar em locais tão bonitos e coloridos e serem retratados em P&B, mas esse é um dos principais charmes da minissérie.

Andrew Scott brilha no papel do protagonista, emprestando uma discrição que raramente é atribuída a assassinos na cultura pop. Que série maravilhosa, vale muito a pena!

3 – Pinguim (Max)

Se um viajante do tempo fosse de 2024 para os anos 1990 e falasse que uma das melhores séries de TV do ano foi sobre o Pinguim, provavelmente ele seria considerado louco. Um dos vilões mais caricatos do Batman foi completamente remodelado nesse universo do Homem-Morcego e olha… protagonizou uma das melhores séries de máfia desde Os Sopranos.

Além disso, o fato de este ser um universo onde existem super-heróis não faz a menor diferença. Atores mega competentes, fotografia que encaixa com o tom do roteiro e, principalmente, uma história muito boa são suficientes para colocar o vilão entre os grandes destaques do ano.

Chega das fórmulas batidas em adaptações de quadrinhos: o que vale agora é a subversão em gêneros alternativos, e é isso que encontramos em Pinguim.

2 – Xógum (Disney+)

Xógum: A Gloriosa Saga do Japão é um drama épico histórico que varreu todas as premiações nesse ano. Com um valor de produção incrível, trama interessante e a duração ideal para não se tornar apenas mais um caça-níquel, a minissérie contém tudo o que é preciso para ser uma grande obra.

A história é uma adaptação do best seller original de James Clavel e se passa no Japão feudal do século XVII. Destaque para o cruzamento da trajetória do capitão de um navio europeu que surge à deriva no país asiático, de um senhor feudal que é perseguido após uma série de traições de ex-aliados e de uma mulher nobre que faz parte de uma linha sucessória desonrada.

Foram impressionantes 18 estatuetas no Emmy, um recorde histórico para uma produção em uma única edição do prêmio. Xógum ainda foi a primeira série de língua não-inglesa a ganhar como Melhor Série de Drama, e a atriz Anna Sawai foi a primeira mulher de origem asiática a vencer como Melhor Atriz em Série de Drama.

1 – Cem Anos de Solidão (Netflix)

Aos 45 do segundo tempo, estreou a adaptação de uma das histórias mais célebres da literatura mundial: Cem Anos de Solidão, do colombiano Gabriel Garcia Márquez. O próprio Gabo não gostaria que sua obra fosse levada para outras mídias, especialmente o cinema, tanto que o intervalo entre o livro e a série é de 57 anos. 

Mas foi realizado um esforço monumental para respeitar o legado do escritor, que morreu em 2014. Para garantir autenticidade e evitar as maiores preocupações do autor, a Netflix investiu mais de 50 milhões de dólares na produção, construindo um povoado na Colômbia para reproduzir a cidade de Macondo e pegando firme na pesquisa de hábitos dos povos colombianos entre os séculos 19 e 20.

O resultado foi incrível, melhor até do que o melhor fã de realismo mágico poderia esperar. Foram mais de dois anos de gravações que valeram a pena, e o melhor: uma nova temporada está vindo aí, já que os primeiros episódios contemplaram apenas a primeira parte do livro clássico.

OUÇA AGORA MESMO A PLAYLIST TMDQA! LANÇAMENTOS

Quer ficar por dentro dos principais lançamentos nacionais e internacionais? Siga a Playlist TMDQA! Lançamentos e descubra o que há de melhor do mainstream ao underground; aproveite e siga o TMDQA! no Spotify!