"Muitas bandas não têm essa chance"

Max Cavalera justifica regravações de discos do Sepultura criticadas por Andreas Kisser

Max e Iggor Cavalera lançaram releituras de "Bestial Devastation" (1985), "Morbid Visions" (1986) e "Schizophrenia" (1987)

Max e Iggor Cavalera (Return to Roots)-3
Foto por Stephanie Hahne/TMDQA!

Max Cavalera falou recentemente sobre as regravações que ele fez nos últimos anos dos primeiros materiais da carreira do Sepultura, as quais foram criticadas recentemente por Andreas Kisser.

Ao lado de seu irmão Iggor Cavalera, o influente músico de Metal gravou novas versões do primeiro EP do Sepultura, Bestial Devastation (1985), e dos dois primeiros álbuns completos da carreira, Morbid Visions (1986) e Schizophrenia (1987).

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Em uma nova entrevista com o Heavy Interviews (via Whiplash), Max, que foi um dos fundadores da icônica banda brasileira de 1980, explicou os motivos que o fizeram revisitar os primeiros lançamentos do grupo:

“Foi uma espécie de chance de fazer tudo de novo, mas melhor. Não exatamente consertar os erros, porque acho que os erros foram legais, mas fazer o material soar melhor. Tivemos a chance de ter uma guitarra melhor, um som de bateria melhor, um estúdio melhor, cercados por pessoas com experiência no Metal, que sabem como gravar essas coisas.

Nenhuma dessas coisas estava disponível quando gravamos esses discos no Brasil. Estávamos por conta própria. Os engenheiros de som não sabiam o que fazer e era como se fosse terra de ninguém gravar esses discos no Brasil. Assim, tivemos a chance de refazê-los da maneira que imaginávamos que soariam.”

Max Cavalera explica regravação dos primeiros lançamentos do Sepultura

Na entrevista, Cavalera também apontou que as novas versões assinadas por ele e por seu irmão mantêm a intensidade presente no material original e afirmou que a resposta dos fãs às releituras foi bastante positiva:

“Mesmo quando éramos jovens, esperávamos obter o som que obtivemos nas regravações; era isso que estávamos buscando em primeiro lugar. Portanto, é muito legal termos a chance de fazer isso. Muitas bandas não têm essa chance, não tentam ou tentam e fracassam. Essas bandas não mantêm a energia e a raiva do original. Nós mantivemos tudo isso sob controle. Fizemos questão de manter a raiva (…). Então, acho que é por isso que muitas pessoas adoram as regravações, cara. Os fãs adoram as regravações, e elas são muito bem recebidas em todo o mundo.”

Max ainda apontou que as regravações são uma forma de celebrar seu passado musical:

“Agora eu tenho a chance de revisitar, como uma pessoa mais velha, e ainda ter o mesmo prazer com esses álbuns que eu tinha quando era criança. É uma sensação incrível. Você pode fazer isso. Sinto-me muito afortunado, eu e meu irmão, por podermos celebrar nosso passado por meio desses álbuns e poder tocá-los ao vivo para as pessoas. É uma sensação incrível.”

Andreas Kisser criticou regravações de Sepultura

Demonstrando uma reação diferente da exposta por Max, Andreas Kisser, que se tornou o líder do Sepultura após a saída dos irmãos Cavalera, questionou as regravações em uma entrevista recente.

Na ocasião, o guitarrista disse que o projeto dos irmãos tem “valor artístico zero” e sugeriu a possibilidade de que eles teriam sido motivados por dinheiro. Ele ainda deu uma cutucada em Max, dizendo que regravar músicas antigas parece muito pouco para alguém que se diz “tão criativo”:

“Foi uma escolha estranha. Pra mim, o valor artístico é zero. Talvez eles precisassem de dinheiro ou algo assim, mas não vejo razão”.

Você pode conferir o depoimento completo do músico aqui.

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