
Michael Stipe, confundador e vocalista do R.E.M., convocou seus fãs para boicotar o Instagram e o Facebook após as mudanças recentes em algumas diretrizes das plataformas.
No início deste mês, Mark Zuckerberg anunciou que as novas políticas da Meta não contam mais com a checagem de fatos conduzida por especialistas e jornalistas em suas principais plataformas. O recurso será substituído por “notas da comunidade”, um sistema aberto aos usuários, assim como acontece na rede social X/Twitter.
Segundo o executivo, a ação controversa é favorável à liberdade de expressão enquanto os verificadores de fatos eram “muito tendenciosos politicamente”, já que muitas publicações eram censuradas por conta de seu viés político, mesmo não sendo necessariamente uma fake news.
Inconformado com as novas decisões, Stipe pediu para que seus seguidores se desconectem de todas as plataformas de propriedade da Meta – que também inclui Threads, Whatsapp, Messenger, Giphy, Metaquest e Rayban Meta – entre 19 e 26 de janeiro. Em seu post, ele disse:
“Vou ficar desconectado pela semana. Por favor, considere fazer o mesmo para que corporações como a Meta possam imaginar que pode haver consequências por ajudar a promover a extrema direita nos EUA e no mundo todo. Ou estamos tão viciados que não conseguimos nos desconectar nem por uma semana?”
Já na legenda da publicação, Michael Stipe reforçou sua decepção com as novas regras determinadas pela Meta:
“É tão nojento. Estou muito feliz por me afastar por uma semana como uma forma de protesto – e depois voltarei e decidirei o que fazer a partir daí.”
Michael Stipe e R.E.M. contra a extrema-direita dos EUA
Os integrantes da icônica banda de rock alternativo sempre se manifestaram politicamente. Além de Stipe, quem também mencionou recentemente o cenário político dos Estados Unidos foi o guitarrista e também cofundador do R.E.M Peter Buck.
Ao ser questionado sobre a falta de consciência social dos artistas modernos, o guitarrista apontou que não consegue mais entender o povo americano e que não se sente mais parte dele:
“Eu não entendo. Não me sinto muito americano. Passei o último ano em outro lugar, então, sabe, é um momento muito assustador no mundo todo, nem sei como lidar com isso. É claro que as pessoas nos Estados Unidos querem algo que eu não quero, você conhece muito bem o fascismo.”
Neste ano, o republicano Donald Trump retornou à presidência dos Estados Unidos para mais quatro anos de mandato após vencer a democrata Kamala Harris nas eleições do ano passado.
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