Ao participar do podcast Rolling Stone Music Now, o guitarrista Kirk Hammett comentou sobre o sucessor de 72 Seasons, disco lançado pelo Metallica em 2023, e revelou que ele já tem quase 800 riffs para o próximo álbum da banda.
Na conversa, Hammett disse que o baixista Robert Trujillo lhe auxilia no processo para organizar tudo que é trabalhado no estúdio e brincou, chamando a situação de “pesadelo” (via Blabbermouth):
“Olha, é ridículo, cara. Porque, ok, deixa eu ver quantos riffs eu tenho neste momento [para o próximo álbum do Metallica]. Ok. Olha, cara. Todas as gravações — 767. Novas. Novas, cara. Oh, Deus. É um pesadelo passar por essas coisas também. Eu não consigo fazer isso. E eu sou o único responsável por tudo isso, e eu não consigo fazer isso. Rob Trujillo é um indivíduo extremamente paciente, e ele não se importa em assumir uma tarefa como essa, e eu apenas balanço minha cabeça e digo: ‘Deus te abençoe, cara. Você é meu irmão. Há uma razão pela qual você é tão meu mano, porque é muito material para analisar.'”
Realmente! Aliás, a gente tem certeza que muitos fãs adorariam perder horas ouvindo esses riffs, hein?
Kirk Hammett falou sobre criatividade do Metallica
Na mesma entrevista, Kirk discutiu seu processo de composição e afirmou que, apesar de seus 62 anos, ainda sente que falta muita estrada para caminhar. Para ele, o aprendizado sempre continua e a criatividade nunca se esgota:
“Descobri ao longo dos anos que as coisas em que não penso geralmente são as melhores, porque simplesmente vêm a mim, e se vêm a mim de uma forma natural, há uma espécie de sensação orgânica nisso. E é assim que eu invento tudo hoje em dia, mano. Eu apenas sento lá com minha guitarra e vejo o que acontece.
Eu me recuso a trabalhar duro em qualquer coisa. O que quero dizer com ‘trabalhar duro’ é simplesmente analisar e tentar ver, ‘Ah, se eu mudar esta nota’ e ‘isso tem que funcionar com isso’ — parece que estou fazendo contas depois de um tempo. Eu não quero isso. Eu fui reprovado em matemática dois anos seguidos. Eu não vou querer fazer conta quando se trata de música. Eu quero sentar lá e ver o que o universo e a musa me enviam.
E, cara, nos últimos dez anos eu obtive ótimos resultados. E tudo o que eu realmente tenho que fazer, e eu faço isso praticamente todo dia [é:] eu vou, ok, eu sento aqui, limpo minha mente e começo a mover meus dedos, mover minhas mãos, e inevitavelmente algo acontece. E é uma coisa linda.
Eu me sinto tão abençoado e sortudo por isso estar acontecendo. Porque eu tenho 62 anos e muitos artistas, quando têm 62 anos, estão encerrando as coisas. Eu sinto que ainda estou chegando no topo, cara. Eu ainda não cheguei ao topo da montanha. Eu ainda sinto que estou melhorando e ainda tenho muito impulso criativo e energia em mim, a ponto de ser, tipo, estou criando mais trabalho para mim mesmo. E eu tinha que ter cuidado. [Risos]”
Tem muita vida pela frente, né? Vale lembrar que o Metallica é um dos convidados do show final do Black Sabbath na Inglaterra em 5 de Julho, provando que Hammett e companhia não param de acumular tarefas em suas rotinas. Que bom!
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