
Há quase exatos 22 anos, em março de 2003, o Linkin Park enfrentava uma das missões mais difíceis da carreira: provar que o sucesso estrondoso do álbum de estreia, Hybrid Theory (2000), não tinha sido apenas um acaso.
Depois de superar a desconfiança da gravadora, conquistar uma base de fãs gigantesca e ajudar a popularizar o nu metal, o grupo de Chester Bennington e Mike Shinoda voltou ao estúdio e trouxe um disco ainda mais emocional e cheio de personalidade.
Com faixas eternas para o rock como “Numb”, “Faint”, “From The Inside” e “Somewhere I Belong”, Meteora vendeu 800 mil cópias na primeira semana e mais de 8 milhões até hoje, e atualmente tem duas entre as cinco músicas mais populares da banda nos streamings.
Mas qual dessas canções é a melhor de todas? E como outras músicas incríveis como “Breaking the Habit”, “Lying from You”, “Easier to Run” e “Don’t Stay” ajudam a compor esse disco histórico?
Pra comemorar esse legado, revisitamos todas as faixas da edição original de Meteora (exceto a curtíssima introdução “Foreword”) e as ranqueamos da menos impactante até a mais icônica. Vamos nessa?
Um ranking da pior à melhor faixa de Meteora, do Linkin Park
12. “Session”
Uma das coisas mais legais de Meteora é que o disco dá espaço para cada um dos integrantes do Linkin Park brilhar. Na instrumental “Session”, todo o protagonismo fica para o DJ Joe Hahn, que mistura scratches, beats eletrônicos e colagens sonoras pra dar um respiro ao ouvinte lá pro final do álbum. A faixa foi até indicada ao Grammy de Melhor Performance de Rock Instrumental em 2004.
11. “Nobody’s Listening”
Da mesma maneira, “Nobody’s Listening” foi feita para Mike Shinoda demonstrar todo o seu talento para o hip-hop, com versos rápidos que, assim como o resto do disco, falam sobre frustração e lutas internas. Embora não tenha o mesmo impacto de outras faixas, ela mostra a versatilidade de uma banda que nunca fica na zona de conforto.
10. “Hit the Floor”
Dessa vez, quem começa brilhando é o baixista Dave Farrell com um riff sombrio e cheio de distorção que dá o clima dessa faixa pesada. “Hit the Floor”, a quinta do tracklist, também traz versos de rap de Shinoda e Chester soltando o grito nos refrães, e é perfeita para ser tocada ao vivo, convidando todo mundo pra pular junto.
9. “Figure.09”
A oitava faixa de Meteora começa com um sample distorcido e explode para um dos melhores riffs da guitarra de Brad Delson no álbum. A letra tem versos duros sobre sentir culpa em um relacionamento tóxico, e a emoção fica evidente no tradicional breakdown com os berros de Chester. O destaque de “Figure.09” fica para a produção, que conseguiu combinar perfeitamente o peso e a melodia.
8. “Easier to Run”
Aqui temos um ponto fora da curva no álbum, já que “Easier to Run” pode ser considerada uma power ballad, ou seja, uma faixa mais romântica e de cadência lenta. Ela tem um refrão incrível e mais próximo do rock alternativo, dando um respiro em meio a toda a agressividade do nu metal. A letra fala sobre o desejo de fugir das dores do passado, e foi uma das que mais se conectou com os fãs.
7. “Don’t Stay”
Num álbum tão cheio de pontos altos, “Don’t Stay” pode ser uma escolha estranha como faixa de abertura, mas não dá pra questionar que ela começa jogando a energia lá em cima com um riff de introdução marcante, especialmente ao vivo. Assim como “Figure.09”, a letra fala sobre se libertar de uma relação tóxica, e a sonoridade dá o tom do que virá adiante no disco.
6. “Somewhere I Belong”
Logo na sequência vem o primeiro grande hit de Meteora, e que talvez fosse uma escolha melhor como faixa de abertura: o clássico “Somewhere I Belong”. Escolhida como o primeiro single do álbum, a música já começa com efeitos eletrônicos e sons de teclado invertidos, pra depois explodir num dos riffs mais marcantes dos anos 2000.
Ela também tem a “fórmula de ouro” do Linkin Park nos vocais, com Shinoda e Chester fazendo a dobradinha perfeita dos versos falados com os refrães gritados, e com certeza inspirou muitos jovens a começarem no rock. Atualmente ela já passa de 650 milhões de plays só no Spotify.
5. “Lying from You”
Por coincidência, vamos continuar com a ordem do disco por aqui, porque a próxima posição é justamente a quarta faixa, a pesadíssima “Lying from You”. Com tantos hits de rádio, ela acabou passando batida na época, mas virou queridinha dos fãs com o passar dos anos e ganhou novo fôlego nos shows mais recentes, com performances incríveis da nova vocalista Emily Armstrong.
A produção é recheada de texturas, destacando tanto os vocais rasgados como a harmonia distorcida das guitarras, tudo isso completado por uma das letras mais fortes do álbum, novamente sobre a importância de se valorizar e deixar pra trás quem não te faz bem.
4. “Breaking the Habit”
Nona faixa do disco, “Breaking the Habit” ganhou uma posição alta neste ranking porque foge um pouco do estilo tradicional de Meteora, e do Linkin Park como um todo. Sem guitarras pesadas ou berros ao microfone, ela aposta em arranjos eletrônicos e uma orquestração melancólica, mostrando a versatilidade do grupo.
O clipe em animação combina muito com essa estética e se tornou um dos mais icônicos da MTV nos anos 2000. Além disso, a música tem uma das letras mais pessoais do disco, escrita por Mike Shinoda sobre vícios, automutilação e autodestruição. Curiosamente é apenas Chester quem canta, trazendo toda a entrega emocional do vocalista.
3. “From the Inside”
Logo na sequência vem uma das maiores pedradas do disco, que infelizmente foi subestimada na época e, mesmo hoje, não tem os números estrondosos de outras faixas. Mas “From the Inside” tem tudo que faz um hit: ela começa calma e com um ar quase contemplativo, e logo mergulha em um turbilhão de emoções e peso.
O refrão gritado por Chester é de arrepiar, especialmente na parte final em que ele solta um dos vocais mais poderosos de toda a carreira, cantando sobre autoestima e colocar a si mesmo em primeiro lugar. O videoclipe foi gravado na República Tcheca e tem cenas de revolta popular no país, com a forte cena de uma criança parada em meio ao caos.
2. “Faint”
Se na primeira audição Meteora ainda não tinha te conquistado, quando chega a sétima faixa fica impossível ignorar o disco. Em qualquer outro álbum, “Faint” seria disparado a melhor música do tracklist – desde a introdução eletrônica, dramática e facilmente reconhecível, dá pra sentir que estamos diante de um clássico atemporal do rock.
Quem nunca decorou (ou tentou, pelo menos) os versos acelerados de Shinoda, ou se arriscou para cantar “I won’t be ignored!” com toda a potência de Chester? “Faint” é energia bruta canalizada em arte, e se tornou presença obrigatória em todos os shows do Linkin Park de lá pra cá.
1. “Numb”
Pois é… “Faint” só não é a primeira porque ainda tinha “Numb” pela frente! Essa é exatamente a sensação de quem ouve o álbum, já que a melhor música de todas ficou por último, encerrando em grande estilo uma das maiores obras do rock em todos os tempos.
É mais uma música que qualquer um reconhece, mesmo quem não é fã, logo nas primeiras notas do teclado. Com uma construção perfeita, ela começa com versos suaves que destacam a desilusão de Chester ao cantar sobre a pressão de corresponder às expectativas de outra pessoa.
“Numb” se tornou o hino de uma geração que se sentia oprimida e incompreendida, e até hoje se relaciona com jovens fãs de rock, como os números deixam claro. Com incríveis 2,1 bilhões de plays, ela fica atrás só de “In The End” como a música mais popular da banda no Spotify. Medalha de ouro!
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