
Classificar os discos do Gorillaz nunca é tarefa fácil. Afinal, estamos falando de uma das bandas mais inventivas do século 21, que se renovou a cada disco com Damon Albarn trazendo convidados dos mais variados estilos, de Robert Smith a Snoop Dogg, passando por Elton John e De La Soul.
Desde que fizemos o último ranking, o grupo virtual formado pelos personagens Noodle, Murdoc, Russel e 2-D lançou mais dois álbuns, Song Machine (2020) e Cracker Island (2023), que os posicionou na década atual ainda com a criatividade em alta.
Mas em quais posições esses discos se encaixam num catálogo tão diverso? Vem com a gente mergulhar na discografia do Gorillaz, desde o álbum de estreia autointitulado, que completou 24 anos de lançamento na última semana, até o mais recente!
Além da viagem sonora, você vai conferir as inovações feitas pelo quadrinista Jamie Hewlett nos videoclipes, mostrando essa aliança entre música e arte digital que consagrou a banda no imaginário coletivo de todo fã de música!
Um ranking do pior ao melhor álbum do Gorillaz
8. The Fall (2010)
O quarto álbum do catálogo do Gorillaz, e o primeiro nos anos 2010, é o mais minimalista de todos. Isso não significa que seja ruim, mas basta saber que ele foi majoritariamente gravado num iPad durante a turnê do disco anterior, com apenas alguns instrumentos adicionados depois.
The Fall também tem bem menos artistas convidados do que o normal, mas mesmo assim a lista é de peso: o veterano cantor Bobby Womack e os integrantes do The Clash, Mick Jones e Paul Simonon. A tracklist tem 15 faixas, mas só dois singles foram lançados, “Revolving Doors” e “Amarillo”.
7. The Now Now (2018)
The Now Now foi lançado poucos meses após Humanz (2017), e segundo Damon Albarn isso aconteceu para aumentar o repertório de músicas que a banda poderia tocar ao vivo na turnê mundial marcada para 2018. Por isso mesmo, o álbum produziu nada menos que seis singles, incluindo “Humility”, parceria com George Benson, e “Hollywood” com colaboração de Snoop Dogg.
O disco tem uma pegada mais melódica e nostálgica, com influências de synthpop e funk, dando mais destaque para Albarn. Ele chegou ao Top 5 nas paradas de álbuns dos EUA e do Reino Unido, mas sofreu críticas pela falta de ambição.
6. Cracker Island (2023)
Chegamos ao disco mais recente do Gorillaz, que é também o mais direto da história do grupo: são apenas dez faixas, trazendo colaborações certeiras com artistas importantes para a música dos anos 2020 como Bad Bunny em “Tormenta” e Kevin Parker do Tame Impala em “New Gold”. Ah, e não podemos esquecer do brasileiro MC Binn na faixa bônus “Controllah”!
Ídolos de outras épocas como Beck e Stevie Nicks (Fleetwood Mac) contribuíram para trazer novas facetas ao trabalho, mas como conjunto podemos dizer que Cracker Island é o disco mais pop da carreira do grupo. A faixa-título virou um grande hit de rádio, e outras músicas como “Baby Queen”, “Silent Running” e “The Tired Influencer” também merecem a sua audição.
5. Humanz (2017)
Antes desse álbum em 2017, o Gorillaz estava num hiato de seis anos, e eles decidiram compensar o tempo perdido com uma quantidade enorme de músicas e parcerias. Humanz tem 26 faixas se contarmos a versão deluxe, e uma lista de convidados que inclui De La Soul, Kali Uchis, Vince Staples, Carly Simon, Pusha T e Grace Jones.
Esse volume todo deixou alguns fãs saturados, e não ajudou a atrair um novo público para a banda. Mas quem mergulhou no álbum foi recompensado com momentos excelentes, grooves dançantes e letras altamente políticas. Destaque para as faixas “Saturnz Barz”, “Andromeda” e “We Got the Power”.
4. Gorillaz (2001)
Poucas bandas têm o privilégio de dizer que seu álbum de estreia foi um divisor de águas na música mundial, mas esse definitivamente é o caso com o Gorillaz e seu álbum autointitulado. Eles chegaram trazendo uma mistura única de indie rock, trip hop, dub e música eletrônica, elementos presentes em músicas como “Tomorrow Comes Today” e “Rock the House”.
Além de ótimas músicas de preenchimento, o disco tem dois clássicos atemporais: “Clint Eastwood”, com versos icônicos do rapper Del the Funky Homosapien, e “19-2000”, com destaque para a cantora japonesa Miho Hatori, que foi a primeira a dar voz a Noodle. Gorillaz é um trabalho mais simples do que os posteriores, mas serviu para deixar o mundo inteiro curioso sobre aqueles personagens animados.
3. Song Machine, Season One: Strange Timez (2020)
A entrada do Gorillaz nos anos 2020 veio com um álbum em formato de série, com episódios mensais lançados no YouTube. Para Song Machine, sétimo disco do catálogo, a banda apostou em convidados lendários como Elton John, Robert Smith (The Cure), Peter Hook (Joy Division), St. Vincent e Beck.
O grande mérito do trabalho está na forma como cada faixa é tratada como um universo à parte, quase todas como singles acompanhados de videoclipes, e uma produção sempre de alto nível. Em meio à pandemia de COVID-19, músicas como “Strange Timez”, “Momentary Bliss”, “Pac-Man” e “The Pink Phantom” funcionaram como um bálsamo para os fãs e mostraram que a criatividade de Damon Albarn continuava em alta.
2. Demon Days (2005)
Agora chegamos aos dois álbuns que são indiscutíveis como os melhores do Gorillaz, e a posição depende muito do gosto pessoal de cada fã. Mas daremos a medalha de prata para Demon Days, disco que tem os clássicos “Feel Good Inc.” (com De La Soul), “Dirty Harry” (com Bootie Brown) e “Dare” (com Shaun Ryder).
O disco pode ser definido como uma “ópera pós-apocalíptica”, com letras que falam sobre guerras, crise ambiental e alienação cultural no século 21, algo que fica claro nas faixas “Kids with Guns” e “Last Living Souls”. A sequência de músicas é impecável e cria uma atmosfera única que levou o Gorillaz ao topo do mundo, atingindo o primeiro lugar no Reino Unido e Top 10 nos EUA.
1. Plastic Beach (2010)
Para o terceiro álbum da carreira, o Gorillaz deu uma virada em seu estilo de produção: de uma banda virtual comandada por Damon Albarn para um projeto realmente multimídia que abria espaço para colaboradores de vários estilos diferentes. Foi a primeira vez que eles trouxeram uma lista grande de convidados, incluindo Lou Reed (The Velvet Underground), Mos Def e os já citados Snoop Dogg, De La Soul, Mick Jones e Paul Simonon.
Conceitualmente, Plastic Beach é um manifesto ambiental com uma roupagem pop futurista e uma produção primorosa, resultando no projeto mais ambicioso do grupo até aquele momento. “Stylo” está entre as músicas mais pesadas de toda a carreira do grupo, “On Melancholy Hill” funciona como o grande hit comercial e faixas como “Rhinestone Eyes”, “Empire Ants” e “Superfast Jellyfish” complementam essa obra-prima!
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