
Justin Bieber deu um passo ousado – e bastante estratégico – rumo à consolidação de sua marca pessoal fora dos palcos: o lançamento de uma nova label de moda, SKYLRK. A grife, que surgiu praticamente de um teaser visual minimalista postado no Instagram, trouxe uma proposta clara: traduzir a identidade estética do cantor em produtos com potencial de hype e escala global e com um conceito inovador (não escrevi “bonito”, ok?).
Ao que tudo indica, a SKYLRK não é apenas mais uma collab passageira nem uma linha de merchandising de turnê. Estamos falando de uma marca autoral, com direção criativa própria e ambições de longo prazo. A primeira coleção já entregou o que promete ser o DNA da grife: moletons oversized, gorros, óculos escuros futuristas, umas pantufas com paleta neutra e um streetwear com assinatura “California cool meets jet-set hype.”
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Justin Bieber lança a marka SKYLRK
Fundada em 2023, a marca resgata o alter ego “Skylark Tylark”, que Bieber apresentou em 2018. Ao lado de Neima Khaila, criador da icônica Pink Dolphin, Bieber tem, no time criativo, Finn Rush-Taylor, designer 3D com histórico em marcas como PUMA, Crocs e adidas. Ou seja, uma equipe com consistência além da estética.
Nos últimos meses, o cantor tem sido visto vestindo peças da nova coleção, fazendo aquilo que os bons fundadores de marca fazem: criar desejo orgânico. E o site oficial já abriu o cadastro para os interessados em saber quando os produtos chegam ao mercado — sem pressa, sem cronograma público. É um soft launch típico das marcas que sabem criar expectativas.
Essa movimentação de Bieber não vem do nada. Ela é o desdobramento natural de anos em que seu estilo foi cuidadosamente cultivado à vista do público — do visual bad boy skatista ao atual look cozy-luxury que mistura referências do streetwear com toques de alta moda. Justin já foi rosto da Calvin Klein, colaborou com a Drew House (marca de Hailey Bieber), e aparece frequentemente usando peças de Balenciaga, Fear of God e Saint Laurent. Com SKYLRK, ele deixa de apenas vestir as marcas e passa a ser a marca.
Ao lançar a SKYLRK, Bieber entra no seleto clube de artistas que entenderam que a cultura dos fãs pode ser transformada em uma plataforma de negócios duradoura. Ele segue os passos de Rihanna (Fenty), Kanye West (Yeezy) – tá… talvez não seja o melhor exemplo hoje em dia –, Pharrell (agora diretor criativo da Louis Vuitton) e Tyler, The Creator (Golf Le Fleur), todos músicos que perceberam que o lifestyle vende tanto quanto a música.
A marca ainda é um enigma em termos de volume e distribuição — mas já nasce com uma base de milhões de seguidores, visibilidade orgânica e a capacidade de ditar tendências apenas com um post.
Justin está apostando alto no seu próprio poder de influência — e acertando. Mostra como artistas contemporâneos estão cada vez mais se comportando como plataformas culturais completas, capazes de influenciar comportamentos, ditar moda e movimentar mercados. A música, nesse novo paradigma, é “só” a porta de entrada. Tem mais show no backstage — onde a estética encontra o branding, e o artista vira CEO de si mesmo.
Conheça mais: skylrk.com
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Coluna dedicada a explorar como o marketing pode transformar bandas em marcas icônicas e vice-e-versa. Com mais insights sobre música, estratégias criativas e cases de sucesso, a coluna pretende desvendar o universo em que música e negócios se encontram.
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