Do punk rock a filmes da Disney

A história do diretor de clipes clássicos do Punk que deu vida à franquia "Piratas do Caribe"

Antes de comandar bilheterias bilionárias com Jack Sparrow, Gore Verbinski dirigiu clipes para Bad Religion e foi guitarrista em banda punk

A história do diretor de clipes clássicos do Punk que deu vida à franquia "Piratas do Caribe"
Imagens: Divulgação/Reprodução


Pra quem é fã de cinema, o nome Gore Verbinski está diretamente ligado à franquia Piratas do Caribe, um dos maiores fenômenos de bilheteria da história. Ele foi o diretor dos três primeiros filmes com Johnny Depp como o capitão Jack Sparrow.

O versátil cineasta norte-americano, atualmente com 61 anos, também ganhou o Oscar de Melhor Animação com Rango (2011) e dirigiu clássicos do terror como O Chamado (2002) e A Cura (2016).

Mas, antes disso tudo, Verbinski integrou a cena do punk independente da Califórnia nos anos 1980, tocou com integrantes do The Vandals e produziu clipes icônicos para bandas como Bad Religon e NOFX.

Vem com a gente entender a trajetória desse gênio do audiovisial – e um grande roqueiro!

Continua após o vídeo

Do punk rock a filmes da Disney: a trajetória de Gore Verbinski

Gore Verbinski nasceu no Tennessee e se mudou para a Califórnia na adolescência. Lá ele conheceu o guitarrista Brett Gurewitz, que tinha acabado de deixar o Bad Religion, e o baterista Josh Freese, na época conhecido pelo The Vandals e que mais tarde viria a integrar o Foo Fighters.

Juntos eles criaram o grupo The Daredevils, em que Verbinski tocava guitarra. Mas eles lançaram apenas um single em 1994, o projeto não foi pra frente e Gurewitz retornou ao Bad Religion.

Gore chegou a tocar em outras bandas, mas achou seu caminho mesmo dirigindo videoclipes. Ele tinha um olhar ousado e gostava de misturar cortes rápidos, contrastes fortes e uma pegada quase documental, características que também mostraria no cinema anos depois.

Isso fica claro em “American Jesus”, clássico justamente do Bad Religion que contou com o olhar de Gore Verbinski. A estética crua do clipe (assista acima) combinava perfeitamente com a crítica social da letra, e ajudou a consolidar a imagem da banda no auge da MTV.

Ele também assinou o vídeo de “S&M Airlines”, do NOFX, e “Fast and Frightening” do L7, além de outros três clipes para o grupo de Greg Graffin.

Continua após o vídeo

Como diretor de clipes de Bad Religion assumiu a franquia Piratas do Caribe

O salto de Gore Verbinski para o cinema aconteceu em 1997 com a animação Mouse Hunt, que no Brasil ganhou o título Um Ratinho Encrenqueiro. A aclamação veio depois de O Homem Que Fazia Chover (2001), com Julia Roberts e Brad Pitt no elenco.

Quando foi convidado em 2003 para transformar Piratas do Caribe, até então uma mera atração dos parques da Disney, em uma grande franquia de cinema, o diretor não pensou duas vezes e trouxe toda a sua linguagem descontraída para o personagem de Depp.

Num artigo escrito para o Chicago Tribune em 2017, Verbinski fez uma conexão entre o “espírito pirata” dos filmes com a atitude punk que aprendeu no início de carreira:

“Existe um fator exponencial de estar em uma banda de punk, ou fazer videoclipes e filmes. Piratas e o rock n’ roll andam de mãos dadas! Tem algo de ‘questione a autoridade’, ‘não tenha medo de quebrar as regras’, seja você uma criança de quatro anos pulando na cama enquanto seus pais tentam impedir, ou um adulto ansiando por essa sensação. O espírito ‘pirata’ está dentro de todos nós, dizendo ‘vou fazer o que quero fazer e não me importo com o que você pensa'”.

Além de A Maldição do Pérola Negra, o filme original de 2003, Gore Verbinski também dirigiu as sequências O Baú da Morte (2006) e No Fim do Mundo (2007).

Que trajetória curiosa e maravilhosa!

OUÇA AGORA MESMO A PLAYLIST TMDQA! ALTERNATIVO

Clássicos, lançamentos, Indie, Punk, Metal e muito mais: ouça agora mesmo a Playlist TMDQA! Alternativo e siga o TMDQA! no Spotify!