Se você procurar os créditos das suas canções favoritas da MPB, independentemente do intérprete, há uma grande chance de encontrar José Ribamar Coelho Santos como o autor. Sim, estamos falando de Zeca Baleiro!
Um dos maiores letristas e cantores da música brasileira, o maranhense completa 59 anos de vida nesta sexta-feira, dia 11 de abril.
Pra comemorar, o TMDQA! rankeou as 10 melhores letras escritas por Zeca nesses quase 30 anos de carreira, desde o incrível álbum de estreia Por Onde Andará Stephen Fry?, de 1997, quando ele trouxe uma mistura única de pop rock, samba e baião.
Zeca Baleiro gravou músicas românticas, bem-humoradas e covers
De lá pra cá, Baleiro emplacou hits cheios de poesia e romance, como “Lenha”, “Bandeira” e “Quase Nada”, e outros sucessos repletos de ironia e bom humor, como “Telegrama”, “Bienal” e “Heavy Metal do Senhor”.
Vale destacar que ele também escolheu muito bem alguns covers para gravar, como “Proibida Pra Mim” do Charlie Brown Jr. e “Disritmia”, de Martinho da Vila; mas hoje vamos focar nas letras que ele escreveu!
Qual dessas facetas de Zeca Baleiro é a sua favorita? Vem com a gente navegar pelas 10 melhores composições do artista, e depois diz qual dessas mais toca nos seus fones de ouvido!
As 10 melhores letras de Zeca Baleiro
10. “Babylon” (2000)
Não tenho dinheiro pra pagar a minha yoga
Não tenho dinheiro pra bancar a minha droga
Eu não tenho renda pra descolar a merenda
Cansei de ser duro vou botar minha alma à venda
Eu não tenho grana pra sair com o meu broto
Eu não compro roupa por isso eu ando roto
Nada vem de graça, nem o pão, nem a cachaça
Quero ser o caçador, ando cansado de ser caça
9. “Mamãe Oxum” (1997)
Eu vi mamãe oxum na cachoeira
Sentada na beira do rio
Colhendo lírio lirulê
Colhendo lírio lirulá
Colhendo lírio pra enfeitar o seu gongá
Ê areia do mar que o céu serena
Ê areia do mar que o céu serenou
Na areia do mar, mar é areia
Maré cheia ê mar marejou
8. “Bienal” (1999)
Pra entender um trabalho tão moderno
É preciso ler o segundo caderno
Calcular o produto bruto interno
Multiplicar pelo valor das contas de água, luz e telefone
Minha mãe não entendeu o subtexto
Da arte desmaterializada no presente contexto
Reciclando o lixo lá do cesto
Chego a um resultado estético bacana
7. “Quase Nada” (2000)
De você sei quase nada
Pra onde vai ou por que veio
Nem mesmo sei
Qual é a parte da tua estrada no meu caminho
Um prato fundo
Pra toda fome que há no mundo
Se tudo passa como se explica
O amor que fica nessa parada
Amor que chega sem dar aviso
Não é preciso saber mais nada
6. “Flor da Pele” (1997)
Ando tão à flor da pele
Qualquer beijo de novela me faz chorar
Ando tão à flor da pele
Que teu olhar flor na janela me faz morrer
Ando tão à flor da pele
Meu desejo se confunde com a vontade de não ser
Ando tão à flor da pele
Que a minha pele tem o fogo do juízo final
5. “Samba do Approach” (1999)
Já fui fã do Jethro Tull
Hoje me amarro no Slash
Minha vida agora é cool
Meu passado é que foi trash
Venha provar meu brunch
Saiba que eu tenho approach
Na hora do lunch
Eu ando de ferryboat
4. “Bandeira” (1997)
Eu não quero ver você cuspindo ódio
Eu não quero ver você fumando ópio, pra sarar a dor
Eu não quero ver você chorar veneno
Não quero beber o teu café pequeno
Eu não quero isso seja lá o que isso for
Eu não quero aquele, eu não quero aquilo
Peixe na boca do crocodilo
Braço da Vênus de Milo acenando tchau
3. “Telegrama” (2002)
Mas ontem eu recebi um telegrama
Era você de Aracaju ou do Alabama
Dizendo: nego, sinta-se feliz
Porque no mundo tem alguém que diz
Que muito te ama, que tanto te ama
Que muito, muito te ama, que tanto te ama
Por isso, hoje eu acordei com uma vontade danada
De mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho e desejar bom dia
De beijar o português da padaria
2. “Heavy Metal Do Senhor” (1997)
O cara mais underground que eu conheço é o Diabo
Que no inferno toca cover das canções celestiais
Com sua banda formada só por anjos decaídos
A plateia pega fogo quando rolam os festivais
Enquanto isso Deus brinca de gangorra no playground
Do céu com santos que já foram homens de pecado
De repente os santos falam: toca, Deus, um som maneiro
E Deus fala: aguenta, vou rolar um som pesado
1. “Lenha” (1999)
Se eu digo pare, você não repare
No que possa parecer
Se eu digo siga, o que quer que eu diga
Você não vai entender
Mas se eu digo venha
Você traz a lenha
Pro meu fogo acender
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