Em 2009 o icônico e talentoso guitarrista John Frusciante deixou o Red Hot Chili Peppers pela segunda vez, sem que um grande motivo aparente fosse definido pelo cara ou pela banda.
Desde então, ele tem trabalhado em projetos solo e colaborações com artistas que soam sempre muito longe dos trabalhos pelos quais o cara ficou conhecido para o grande público e, principalmente os fãs do Red Hot Chili Peppers.
Agora uma entrevista para a Billboard explica muita coisa do que aconteceu e do que irá acontecer na carreira de Frusciante, já que ele abriu o jogo e falou sobre sua saída dos Peppers, a música eletrônica, aversão ao palco, e mais.
Sobre deixar Anthony Kiedis, Flea e companhia, ele falou:
Eu sempre quis fazer música eletrônica e eu mal conseguia durante os 10 anos ou seja lá quanto tempo foi que fiquei na banda depois de voltar em 1998. E é uma coisa como todas as outras em que você precisa praticar todos os dias para ficar bom. E eu nunca tinha pensado em deixar o Red Hot Chili Peppers até que Flea chegou para mim e disse, “Eu quero dois anos de folga depois dessa turnê”. E ele disse isso na metade da turnê de Stadium Arcadium, e quando ele disse eu fiquei chocado, porque eu pensei que a gente estava com tudo e deveria continuar fazendo aquilo, sabe? Mas assim que ele me disse isso, minha mente começou a viajar, pensando, “O que eu deveria fazer em dois anos se eu tivesse dois anos para fazer qualquer coisa que gostaria?” E mais ou menos quatro meses depois eu estava tão empolgado em deixar a banda que nem queria que fosse um lance de dois anos. Eu sabia que nunca mais gostaria de estar em uma banda novamente, sabe? E eu não saí de verdade até vários meses depois de a gente já estar dando um tempo, mas eu sabia que queria sair meses antes da turnê acabar. Eu estava determinado.
Perguntado sobre possíveis shows no futuro, ele também foi bem claro:
Eu não tenho interesse em tocar ao vivo. Eu não me vejo mais como um artista que faz shows. Nunca foi algo natural para mim. Foi algo em que me adaptei, mas nunca uma expressão de quem eu sou. Não sou um “performer”. Não gosto do efeito que a plateia tem em mim, porque para mim a música é algo que vem de dentro.
Ao falar a respeito de seu mais recente lançamento, Outsides, Frusciante foi questionado sobre um solo de guitarra de 10 minutos que existe no trabalho, e se esse era o maior que ele já tinha ouvido:
Não, não. Frank Zappa já fez alguns solos bem grandes com mais ou menos essa duração. E o Jimi Hendrix também. Se você ouvir discos ao vivo de Jimi Hendrix, uma música como “Machine Gun” normalmente tem um solo de 10 minutos.
Por fim, ele falou sobre o projeto em que trabalha no momento:
Nos últimos seis meses eu só fiz hip hop. Faz um ano que eu tenho trabalhado com artistas chamados Black Knights. E nós fizemos uma parceria que deu muito certo. Devido à tecnologia, nós temos uma relação musical onde ninguém fala para ninguém o que deve fazer, ninguém impõe restrições a ninguém, ninguém discute. Meu trabalho é fazer a música, o deles é fazer rap, e não nos metemos no caminho do outro. Todos nós gostaríamos de ouvir o mesmo disco, é como eu penso.
Você pode ler a entrevista na íntegra clicando aqui.