Fotos: I Hate Flash/Getty Images
Antes que venha o papo de que “ah, não tem mais rock no Rock in Rio” ou “Ivete Sangalo não é rock”: não, não foi por isso que não vim ontem. Aliás, estou aqui para defender o pop.
Desde sua origem, em 1985, o festival se posicionou de modo completamente eclético, misturando nomes da MPB (boa e ruim) com grandes nomes do rock (bom ou ruim). O que rolou ontem foi exatamente isso, foi eclético e para muita gente foi bom, para muita foi ruim.
Sim, é estranho ver David Guetta no palco principal de um evento que tem uma área reservada (e afastada, um tanto esquecida) para a música eletrônica, onde um nome desse peso faria atrair o público e gerar mais glamour e menos mimimi. Mas creio que é mais estranho ainda as pessoas estranharem a presença de Ivete Sangalo – o mais próximo de uma estrela pop que o mainstream nacional pode conceber – no dia em que subiu ao palco uma estrela pop que dialoga para boa parte do mesmo público que a baiana.
Público aliás, que segundo o que comentam aqui na Cidade do Rock, estava apático e desanimado, apesar dos planos de pessoas alegres e saltitantes na TV.
Saltitantes ou apáticos, estavam aqui. Mantendo o Rock in Rio firme e forte enquanto evento e marca. Que corresponde com uma estrutura fenomenal, de dar inveja em todos os outros festivais a que já fui. O único problema é o nome, que é uma porta de entrada para mimimi de tuiteiros que – assim como nós – não estiveram aqui ontem.