Entrevistas

Entrevista: Imagine Dragons

Confira algumas perguntas que o Imagine Dragons respondeu para um grupo de jornalistas em São Paulo.

Entrevista: Imagine Dragons

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Nesta sexta-feira o Tenho Mais Discos Que Amigos! e mais um monte de veículos de comunicação e sites de todo o país participaram de uma coletiva de imprensa com a banda Imagine Dragons. Nesse tipo de evento, jornalistas dos mais diversos meios fazem perguntas e trocam uma ideia com o entrevistado ao mesmo tempo. A gente selecionou algumas das perguntas mais interessantes feitas durante a entrevista com a banda e, abaixo, você confere um pouco disso tudo. Vê só!

– Qual é a sensação de estar aqui no Brasil e ter contato com os fãs da banda por aqui? 

– Dan Reynolds: É uma sensação incrível. Eu na verdade sempre quis vir aqui, desde os meus 5 anos de idade, meu pai morou aqui quando ele tinha mais ou menos 18 anos. Ele sempre falou sobre o povo, sobre a comida, sobre várias coisas pra se fazer aqui e eu fiquei impressionado com o quanto as pessoas são receptivas. Eu queria que nos Estados Unidos fossem assim também.

– Como está sendo o desafio de compor e gravar para um novo álbum? 

– Daniel Platzman: A gente está numa posição muito confortável. Estamos há muito tempo fazendo shows, são dois anos, mas isso também é um desafio porque a gente tem que achar tempo de ser criativo. Inicialmente ainda não temos uma resposta sobre quando seria lançado esse disco, mas já temos muitas ideias para testar.

– Vocês fizeram recentemente uma parceria com o Kendrick Lamar. Vocês têm a intenção de fazer outras parcerias desse tipo? Com quem? 

– Wayne Sermon: O Kendrick é uma personalidade e uma voz muito única no rap. Foi interessante porque no início (da parceria) a gente tinha a mesma visão, a gente concordava com criar uma música mais crua, mais animadora, um pouco mais perigosa.  Em relação a colaborações, eu não sei: se algum dia o Neil Young ou o Paul Simon aparecessem ia ser ótimo (risos), mas a gente ainda está tentando crescer e estabelecer a nossa própria identidade.

– Recentemente o Josh Homme, do Queens of The Stone Age, falou algumas coisas não muito agradáveis a respeito de vocês em um show (leia a matéria e conheça os detalhes da declaração aqui). Vocês sabiam a respeito? Como vocês reagiram à declaração? 

– Dan Reynolds: Nós realmente não acompanhamos muito as notícias sobre a nossa banda, nós preferimos viver o nosso momento e fazer a nossa música, mas nós soubemos sim sobre o que o Josh falou e nós realmente não pensamos muito a respeito. Enfim, ele me ligou e pediu desculpas, então, isso foi legal.

– Como vocês acham que o novo álbum de vocês vai soar? Vocês terão alguma mudança de estilo ou algo que defina mais o trabalho da banda? 

– Ben McKee: Se você olhar pra trás e ouvir os nossos EPs, os nossos trabalhos antes do primeiro disco, você vai ver que nós já mudamos muito o nosso estilo, nós não somos o tipo de banda que faz uma coisa e só trabalha naquilo o tempo todo, a gente realmente gosta de tentar, ouvir um monte de coisa nova, colocar qualquer experiência que tivermos em nossa música. Depois desses dois anos viajando pelo mundo, partilhando experiências com muita gente boa em diversos palcos, tem muita coisa boa vindo por aí. Então eu tenho certeza que nós teremos muita coisa diferente para mostrar no nosso próximo álbum, mas nós ainda seremos a banda Imagine Dragons, então todo o trabalho vai soar como nosso. Eu não sei exatamente como nós soamos, mais continuaremos sendo nós mesmos.

– O que vocês recomendam para as bandas brasileiras que vão se apresentar no Lollapalooza? 

– Dan Reynolds: Trabalhem bastante a parte musical, conheçam as bandas, conheçam as músicas, a cultura local.

Wayne SermonE o meu conselho para qualquer pessoa que vá ao Lollapalooza é: “tome bastante água” (risos).

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– Recentemente o site SongKick divulgou uma lista com os artistas que mais fizeram shows em 2013 e vocês aparecem em quarto lugar, com 157 apresentações e mais de 200 mil km rodados (Veja a matéria aqui). Em 2014 vocês vão continuar no mesmo ritmo? 

– Dan Reynolds: Está errado. Se vocês olharem os números, eles consideraram que a gente fez um show um dia sim e um dia não e isso com certeza não aconteceu, então, a gente tem uma rivalidade com eles (risos). Não sei de onde eles tiraram essa informação, eles falaram que a gente fez 157 shows, mas… foi mais! Tá errado! (risos)

– Ben McKee: Quando a gente estava crescendo, a gente sempre quis ser músicos profissionais e tocar bastante então, o nosso objetivo é estar em primeiro lugar na lista. Mas de qualquer forma é bacana estar lá, mesmo que ela esteja errada! (risos).

– O rock tem perdido espaço para o hip-hop e para o rap. O que vocês acham disso? Vocês concordam com essa afirmação? 

– Dan Reynolds: Eu na verdade amo rap, eu cresci ouvindo as músicas do Tupac e de diversos outros rappers, eu não sou desses artistas que dizem: “Eu não sei o que é hip hop”, sabe? Mas eu acho que o rock tem suas fases, ele sobe e desce, então eu acho que ele teve uma boa fase nos anos 90 com o Nirvana e que a gente está entrando em uma boa fase novamente.

– Vocês têm muito material guardado que vocês gostariam de lançar como EPs? Vocês acreditam nesse formato? 

– Ben McKee: Antes de lançar o nosso primeiro álbum a gente lançou 4 EPs, então sim, a gente acredita bastante nesse formato. Só que agora, depois do primeiro disco lançado, vamos dizer que a gente meio que “perdeu o medo” desse formato completo. A gente já tem muito material, umas 70 músicas, esperando para o próximo álbum e o nosso objetivo é chegar em até 100.

– Como vocês consomem música no dia a dia? 

– Ben McKee: Nós crescemos ouvindo discos, LP mesmo, então a gente gosta muito desse formato.

– Vocês ficaram famosos muito rápido. Como vocês conseguem manter a paixão pela música? 

– Dan Reynolds: Realmente parece que a gente explodiu há um ano, mas a banda existe há cinco anos, então isso ajuda. Eu não sei, nenhum de nós veio para a música por causa da fama, das garotas, das drogas (ok, talvez pelas drogas – risos), então a gente é um grupo de gente que realmente gosta muito de música, no hotel à noite, a gente toca junto pra manter o ritmo, a gente tá sempre fazendo música.

– Wayne Sermon: Subir no palco e tocar é sempre a melhor parte do nosso dia. É o que a gente mais se anima de fazer, é o mais gostoso, essa é a nossa paixão, então a gente acha que isso não vai mudar.

E aí, gostou do que os meninos disseram? Tá se preparando para ver o show deles no Palco Ônix a partir das 17h15? Nos vemos por lá, hein?

Setlist

Veja o provável setlist do show do Imagine Dragons no Lollapalooza clicando aqui.