Resenha: Scott Weiland And The Wildabouts - Blaster

Scott Weiland mostra que ainda sabe muito bem o que está fazendo em novo disco solo ao lado da banda Wildabouts.

Resenha: Scott Weiland And The Wildabouts - Blaster

Escrever sobre Scott Weiland é uma tarefa bem interessante pra mim. Vocalista versátil, apareceu ao mundo com o disco “Core” em 1992 com a banda Stone Temple Pilots, uma das grandes bandas do grunge que passaram pelos toca-fitas de muitos por aí. Com sete álbuns do Stone Temple Pilots na carreira, Scott se juntou ainda ao que foi o Guns ‘n Roses para formar outro sucesso, a banda Velvet Revolver. Além disso, lançou 5 álbuns solo antes de Blaster, lançado esse ano.

Em um momento em que se retorna aos anos 1970 como uma forte tendência, Blaster faz os adolescentes dos anos 1990 sentirem uma esquisita sensação de nostalgia. Rock da melhor qualidade, Scott ainda traz seus timbres inalterados e sua capacidade de fazer linhas contagiantes de voz. Sua banda de apoio (a Wildabouts) é de extrema competência instrumental e grande criatividade.

Scott Weiland And The Wildabouts - Blaster

O disco abre com “Modzilla” com um riff tão simples e tão legal que é praticamente impossível não abrir um sorriso. A música explode em um refrão totalmente Weiland (sim, estou usando o sobrenome do artista como adjetivo). É impossível não viajar no tempo e voltar ao Stone Temple Pilots quando “Way She Moves” começa a tocar. Violão e guitarra trabalhando juntos em um riff puramente rock, puramente alternativo, funcionando perfeitamente para os ouvidos.

“Hotel Rio” é uma das músicas que tem uma pegada mais pop do álbum. Linhas melódicas certeiras e refrão que agarra no ouvido. Definitivamente uma música para conquistar os desavisados sem que nem eles percebam!

“Amethyst” é bem mais hard rock. Com sua bateria marcada e linhas de voz características, a música só não se torna um single dos anos 1980 por causa das guitarras de Jeremy Brown, com certeza um dos destaques da banda. Infelizmente, temos notícias de que Jeremy Brown morreu um dia antes do lançamento de “Blaster” de causas ainda não reveladas. Bem que poderia ser só uma mentira de primeiro de abril que esqueceram de esclarecer.

O fuzz cremoso da guitarra de “20th Century Boy” é mais um exemplo de que Jeremy sabia o que estava fazendo. Uma música simples mas de extremo bom gosto, assim como todo o álbum.

Dizendo um adeus (ou um até logo), “Circles” funciona de forma perfeita. Uma balada acústica com toques country e guitarras slide. Um emocionante fim de disco que nos faz voltar e ouvir mais uma vez.

Um dos melhores álbuns do ano que já passaram pelos meus ouvidos. Não deixem de ouvir.