Numa noite extremamente concorrida em São Paulo (a equipe do TMDQA! se desdobrou para cobrir 5 shows dos diversos que aconteceram na cidade no último domingo, 31 de Janeiro), o público paulista podia escolher a dedo a atração que queria ver nesse fim de semana pré-feriado de Carnaval. Os que escolheram comparecer à Clash Club, na Barra Funda, para ver de perto os shows das bandas Supercordas e Boogarins foram os fãs de música psicodélica. E tiveram um prato cheio.
Supercordas
Trabalhando o lançamento mais recente, o disco Terceira Terra (2015), os cariocas do Supercordas começaram a apresentação com um pouco de atraso, mas já fizeram o público entrar no clima. Numa apresentação tímida, mas coerente, o vocalista Pedro Bonifrate se aproximou do microfone e disse: “Olá pessoal! Nós somos o Supercordas e cheguem mais!”.
Com o convite, a galera que estava um pouco longe do palco se aproximou para ouvir mais de perto as novidades do último disco, como “Maria³“, “Coluna” e “Terceira Terra”, além de sucessos dos discos anteriores A Mágica Deriva dos Elefantas e Seres Verdes ao Redor, como “Orquestra de Mil Martelos” e “3000 Folhas”.
Boogarins
Mas os mais esperados da noite, a contar pelo público que começou a se acumular no local a partir do horário marcado para o início do show deles, eram os garotos de Goiânia, os Boogarins. Abrindo o show com a nova “Sei Lá”, do novo Manual ou Guia Livre da Dissolução dos Sonhos, a banda mostrou que aquele seria um show de muitas jams, muitos solos incríveis e muito mais “Manual” que “As Plantas Que Curam”.
Os fãs, que já tinham quase todas as músicas do novo trabalho na ponta da língua, cantavam junto e dançavam ao ritmo de “Avalanche”, “Tempo” e “Cuerdo”, mas demonstravam mais animação quando “Lucifernandes”, “Doce” e “Erre” apareceram no set list, inclusive pedindo as músicas. Percebendo o favoritismo, Dinho Almeida aproveitou a deixa para uma piadinha já no final da apresentação: A gente não tem mais o Manual pra venda na lojinha… mas a gente ainda tem As Plantas que Curam. Isso! Aquele disco querido! e emendou “6000 Dias” para mostrar que o disco novo também já conquistou seus adeptos.
A apresentação terminou a tempo de a galera parar para conversar com a banda na saída da Clash e de pegar o metrô tranquilamente. Tudo do jeito que um domingo à noite precisa ter.