Aos trancos e barrancos, Gwen Stefani está seguindo em frente.
A eterna vocalista do No Doubt e agora diva pop lançou em Março seu novo disco solo chamado This Is What the Truth Feels Like e o novo trabalho é uma mistura de músicas pop dançantes com letras brutalmente sinceras sobre seu recente divórcio com o músico Gavin Rossdale, pai de seus 3 filhos e vocalista do Bush.
“Mesmo antes de saber que minha vida seria mudada para sempre, e todos meus sonhos seriam quebrados, eu estava bem ansiosa para fazer novas músicas,” revela Gwen em uma entrevista para a Rolling Stone.
Mas há males que vêm para o bem e a cantora acabou tendo um ótimo fluxo criativo no meio de toda essa turbulência – que ela mesma compara ao da época de Tragic Kingdom, disco do No Doubt lançado em 95, escrito em situação semelhante:
“Em nem sabia que poderia escrever música novamente,” ela diz, em entrevista para a Rolling Stone. “Aí meu coração foi meio que arrancado e servido de volta em uma bandeja. Nesse álbum, eu sinto como se ele tivesse caído do céu. Ele foi um milagre.”
Sobre revisitar toda a dor presente nessas músicas quando for cantá-las na turnê, que começa agora no meio do ano, ela diz:
Eu ainda não segui em frente. Ainda estou de coração partido. Você não pode ter sua família separada e já superar isso em apenas um ano. Eu estava agora há pouco arrumando um quarto na minha casa. É devastador.
Sobre o último retorno do No Doubt, que não foi exatamente um grande estouro mundial:
Eu não sei o que acontecerá com o No Doubt. Quando Tony (Kanal) e eu estamos conectados criativamente, é mágico. Mas eu acho que nós crescemos em direções diferentes em relação ao tipo de música que queremos fazer. Eu fiquei realmente exausta e em frangalhos após a gravação daquele álbum (Push and Shove, de 2012). E grande parte da culpa foi minha, eu disse ‘Eu tenho que fazer isso!’
E essa não é a melhor maneira de se fazer música. Existem algumas grandes composições naquele disco, mas a produção ficou realmente conflituosa. Foi triste como nós todos esperamos tanto tempo para lançar algo novo e ele não foi ouvido.
Sobre sua reação ao saber que seus colegas do No Doubt estavam trabalhando em um supergrupo com Davey Havok, do AFI:
É claro que não ligo. Aqueles são meus parceiros desde os tempos em que era uma garotinha! Eu quero que eles sejam felizes e façam o que quer que seja para exercerem sua criatividade da maneira como quiserem.
Sobre o dueto com Blake Shelton (seu novo namorado e colega de jurado no The Voice):
Estar no The Voice me ajudou a abrir a mente para todos os tipos de música. Meus pais adoram folk e bluegrass – o primeiro show que foi foi de Emmylou Harris. E afinal de contas, uma música é uma música. Você pode pegar uma música country e transformar numa faixa dançante. Depende só da forma como é produzida.
Sobre a dificuldade de superar a si mesma com sucessos como “Hollaback Girl” no repertório:
Quando você tem uma longa carreira, você ainda fica insegura. Como eu posso fazer algo novo que não soe como algo eu já fiz antes? Como eu posso competir com a magnitude de Hollaback Girl – sem soar como as garotas que tentaram soar daquela forma?
Mas, na verdade, essa álbum foi super triunfante para mim.
Sobre a situação da música atual:
São tempos tão estranhos para a música. Todo mundo está escutando o que quer que esteja em suas playlists, enquanto anteriormente nós éramos meio que ditados sobre qual seria a grande sensação do momento.
Existem ótimas coisas por aí, assim como coisas horríveis também. Eu sinto pena por algumas pessoas que essas são as músicas que elas crescerão ouvindo. Mas acho que toda geração meio que acaba se sentindo dessa forma.
Nós chegamos a comentar anteriormente sobre o citado AFI, superbanda dos companheiros de Gwen no No Doubt Confira aqui.