O pessoal do Francisco, El Hombre já tem feito história com suas canções e seu jeito de ver e viver de e para a música.
A banda formada por Juliana Strassacapa, Mateo Piracés-Ugarte, Sebastián Piracés-Ugarte, Andrei Martinez Kozyreff e Rafael Gomes lançou no início de Setembro seu primeiro disco cheio, SOLTASBRUXA e está se preparando para o primeiro grande show dessa turnê, que acontece no próximo dia 22 de Outubro, na Áudio Club, em São Paulo. Mas eles querem mais. Eles querem ser lembrados. Querem fazer cada minuto valer a pena. E estão caminhando para isso.
Conversamos com o Mateo e com a Juliana, que contaram pra gente as principais novidades da banda, algumas histórias e muita coisa legal a respeito do lançamento do SOLTASBRUXA e do legado que a Francisco, El Hombre quer deixar. Acompanhe:
TMDQA: Na última vez que nós conversamos, vocês estavam no Red Bull Station, aqui em São Paulo, fechando a gravação do EP La Pachanga (2015). De lá pra cá, eu sei que muita coisa mudou. Vocês conseguem resumir um pouco desses dois anos na vida da Francisco, El Hombre?
Mateo: Bom, a gente gravou aquele EP, demorou um tantinho para sair, mas saiu logo depois que a gente voltou do assalto. Aquilo foi um ponto da vida nossa que mudou muita coisa. Era o que a gente estava falando: tinha toda uma turnê, toda uma proposta e de certa maneira a gente tinha um limite do alcance da nossa música, da nossa mensagem, do nosso som em geral. Depois daquele assalto, tudo mudou. Tanto o alcance, quanto qualquer instrumento que a gente tinha para tocar. Mudou toda a nossa estrutura. Nós voltamos pra cá, lançamos o EP, que era de certa maneira o nosso lançamento oficial da banda, e começamos a trabalhar com a galera da Difusa Fronteira também, e mudou tudo. Até um pouco depois de voltar da viagem, a gente tinha uma estrutura só de guerrilha, de tocar 3 vezes por dia, se virar, tocar no telhado, dormir na praça, tocar no hostel, mas depois disso a gente começou a tentar fazer uma estrutura melhor para poder chegar mais longe. Mesmo assim continuamos fazendo 3 shows por dia, em situações melhores, enfim… A gente tocou muito. O La Pachanga foi um disco que a gente tirou todo o suco dele, espremeu até o máximo. Porque, foram sei lá, 150 shows?
Ju: Nossa! Foi mais. Foram 2 anos que parecem 5. A gente fez show demais, foi muito corrido.
TMDQA: E esse foi um momento em que vocês aprenderam bastante coisa, conheceram muitos lugares, viram muitas culturas. O que vocês guardam de melhores lembranças da turnê do La Pachanga?
Ju: Eu acho que logo depois do assalto, exatamente no momento depois do assalto, a gente tomou um choque gigantesco onde o imaterial passou a valer muito mais. Todo mundo foi trazido para o chão e isso fez a gente enxergar o que realmente valia a pena dentro daquilo que a gente estava tentando fazer. Então, o carinho das pessoas de vários lugares em que a gente nem tinha ido chegou até a gente, por várias fronteiras, foi absurdo. O carinho das pessoas foi o que mais fez a gente continuar.
Mateo: É… naquela turnê a gente estava num momento bem difícil, porque a gente não tinha muita perspectiva de lançar o EP, estava sendo segurado pelos produtores de certa maneira, com promessas de assessoria internacional, de lançamento com artistas fodidos, Julieta Venegas, Rodrigo Amarante… um monte de promessas, mas não rolava e a gente estava muito desestimulado. E estava cada um também desiludido. O momento depois do assalto foi isso. Eu lembro que logo depois do assalto a Ju entrou em prantos, foi horrível. Mas eu lembro que ela virou pra mim e disse “Não poderia ser com pessoas melhores”…
Ju: É, eu não trocaria ninguém. Eu não escolheria outras pessoas para viver aquela situação comigo.
O show começou a ter uma mensagem muito mais contundente. A gente começou a pensar mais no que a gente quer falar, no que a gente quer fazer, como queremos lançar o disco, como queremos chegar… a gente tinha uma vontade de retribuir todo o carinho que ganhamos…
Mateo: E isso pra gente foi um divisor. Então tá, beleza, se a gente vai continuar a turnê, se a gente vai acordar amanhã e dar um jeito de chegar no Chile, é porque vale muito mais a pena a opção de fazer o que a gente gosta do que voltar para casa agora de mãos abanando e só com essa lembrança ruim. Eu lembro que essa decisão durou o ano todo. Mudou toda a nossa perspectiva do que é música. O show começou a ter uma mensagem muito mais contundente. A gente começou a pensar mais no que a gente quer falar, no que a gente quer fazer, como queremos lançar o disco, como queremos chegar… a gente tinha uma vontade de retribuir todo o carinho que ganhamos…
Ju: Que é quem a gente é né? A gente começou a se ligar mais nisso…
TMDQA: É legal que essa história que vocês me contaram tem tudo a ver com a história do SOLTASBRUXA. Nele vocês trouxeram o português como idioma principal, mais mensagens políticas e sociais, enfim, uma cara nova pra banda. Como foi o processo de produção desse disco e como vocês escolheram a temática desse trabalho?
Ju: Acho que o processo de produção começou mesmo no Nordeste, quando a gente fez a primeira tour por lá. Alguns desses dias a gente passou num lugar lindo que se chama Barra do Mamanguape, na Paraíba. E de lá surgiram várias ideias, algumas que foram e outras que não foram pro disco. Foi um processo bem longo, um ano e meio de pré-produção, né?
Mateo: Foi, foi, porque a gente ia criando pedacinhos e pedacinhos e sempre acompanhando a absorção dos lugares em que a gente estava.
Ju: Foi um grande apanhado das emoções de tudo o que a gente viveu até agora, sabe?
Mateo: Acho que seguindo aquele caminho do que a gente percebeu depois do assalto, de sacar quem a gente era, a gente começou a querer expressar também o que a gente está vivendo. Então o SOLTASBRUXA pra mim representa muito mais o que a gente é e o que a gente viveu. Tem uma questão de tudo o que a gente viveu vendo a América Latina inteira, entendendo o Brasil enquanto latino-americano, que é esse negócio de turnê guerrilha: tem um momento em que você não sabe se amanhã vai dar certo, sabe? E pensando assim, se for pra fazer um disco, vamos imaginar que é um disco final. Vamos fingir que é o último disco. Não porque a gente vai acabar a banda depois, mas porque, se não tiver amanhã, o que a gente quer representar? O que a gente viveu? O que a gente quer sentir se, na estrada, bater um caminhão na gente em mão dupla, morrer… o que a gente tem aqui?
Tem um momento em que você não sabe se amanhã vai dar certo, sabe? E pensando assim, se for pra fazer um disco, vamos imaginar que é um disco final. Não porque a gente vai acabar a banda depois, mas porque, se não tiver amanhã, o que a gente quer representar?
Ju: Um legado!
Mateo: Isso, um legado! Então o trabalho foi bem esse, e foi muito tempo. A gente tinha umas 35 ideias pra começar a gravar o disco. O conceito já estava em nós. Aí falamos: quer saber? cada um pega as suas percussões, pega essa caixa de fósforo, pega o açúcar (a gente estava num café!) e vamos tocar!
Ju: Vamos criar juntos. Vamos começar do zero!
Mateo: Isso, vamos começar do zero. Metade do disco veio do zero. “Triste, Louca ou Má” foi do zero, “Bolso Nada” foi do zero, “Tá com dólar, tá com Deus” foi do zero… tudo foi meio do zero assim.
Ju: Foi o primeiro momento em que a gente realmente passou a criar junto. Antes era uma ideia que veio do Mateo, uma ideia que veio do Seba, e a gente criava coisa muito mais individualistas e soturnas separadamente. A partir de quando a gente começou a fazer tudo junto, veio uma parada bem mais representativa do que a gente é enquanto banda. Mas é soturno também! (risos)
TMDQA: Nós temos visto as músicas de vocês tratarem muito de representatividade e das minorias. Vocês lançaram o “Minha Casa”, aquele clipe lindo que fala de todos os tipos de família, e agora o “Calor da Rua” que fala de como a violência doméstica tá escondida no nosso dia a dia, sem contar muitas das músicas do SOLTASBRUXA com essa temática de representatividade. Como vocês trouxeram essa linha de raciocínio para o trabalho de vocês?
Ju: Bom, vamos lá… quando eu vi o documentário da Nina Simone eu fiquei em choque. Eu não sabia de toda a postura política que ela tinha tido, não sabia mesmo. E aí ela fala em algum momento algo parecido com isso: “O artista que não fala do seu tempo não está fazendo arte”. E eu acho que isso estava muito depositado na nossa cabeça, porque a gente tem um viés político, uma mensagem que a gente quer passar, mas até agora não tinha rolado direito, era sutil demais, vinha mais do que a gente falava nos shows do que nas músicas em si… mas foi orgânico de todo mundo querer falar sobre essas coisas, ir aprendendo, discutindo entre si, falando de coisas que aconteceram com a gente pessoalmente, com outras pessoas… a gente tem que refletir o momento. Não pode só ficar fazendo canção bonita e pronto. Não é isso que você tem que fazer hoje em dia.
Mateo: Eu lembro que a gente entrevistou um músico chileno na nossa primeira viagem, o Angelo Escobar. A gente estava entrevistando ele numa pedra na praia de Valparaíso e perguntamos pra ele qual a relação entre cultura e política e ele respondeu uma coisa que me representa muito: “Eu faço música porque eu entendo música como a ferramenta de comunicação de uma mensagem mais forte que eu posso fazer. Só que se eu encontrasse uma maneira ainda mais forte de passar a minha mensagem, eu largaria a música em dois segundos”.
Isso me chocou demais. Eu lembro que passei a viagem inteira pensando nisso. A verdade é isso né? “Francisco, El Hombre” é uma lenda da origem do estilo musical colombiano que foi comunicando de cidade a cidade notícias a respeito desses locais, numa época em que não chegava a comunicação e através da música. Então, a nossa ideia sempre foi fazer música como um instrumento de comunicação. Tem também uma outra frase, do Eduardo Galeano no “As veias abertas da América Latina”, em que ele fala que a divisão internacional do trabalho consiste em que alguns países se especializam em ganhar e outros se especializam em perder. A gente é América Latina, a gente se especializou em perder. Em entregar toda a nossa riqueza para eles processarem a nossa riqueza, ter uma dívida externa absurda, enfim… a gente se especializou em perder, então, também tem que se especializar em gritar. O disco de certa maneira é um grito. Por isso que é SOLTASBRUXA. No show, eu não quero que a galera dance e fique feliz. Eu quero que a galera exploda, se liberte…
A gente se especializou em perder, então, também tem que se especializar em gritar.
Ju: Eu quero que a galera extravase, tenha uma catarse, faça um descarrego. Esse disco é um descarrego.
Mateo: Descarrego.
Ju: Disco-arrego.
Mateo e Ju: aaaaahhhh!!! (risos)
Mateo: Era outra ideia pra o nome do disco, disco-arrego.
TMDQA: Qual a música favorita de vocês desse disco?
Ju: Bom, tem uma música que eu não sei se é a minha favorita, mas que me emociona bastante. Lembro que foi a primeira vez que eu chorei com alguma coisa que eu tinha feito parte da produção, que é a “Síncero”. Esse tipo de música me toca de uma forma muito forte. Mas a “Triste, Louca ou Má” é… eu pari, sabe? Nesse projeto é a primeira vez que eu realmente me coloquei, coloquei tudo ali, sabe? Então… pra mim é ela!
Mateo: É… foda! É difícil, cada uma tem um valor importante. Eu gosto de “Tá com Dólar…” porque é um jargão, uma ironia, é possível significar muita coisa a partir dele. Eu sinto que o carro chefe do disco é “Triste, Louca ou Má”, porque é a mais forte, mas a música preferida vai também um pouco da emoção, né?
TMDQA: É do momento que você está vivendo…
Mateo: Isso! Representa fases. Acho que agora, dado o golpe parlamentar que a gente está vivendo hoje e tudo o que isso acarretou, eu acho que o “Lobo, lobo, lobo” é a que eu mais tenho pensado ultimamente, porque a letra é só: “Que lástima, gritou o lobo… e ninguém ouviu”. Dá vontade de falar isso pra muita gente…
Ju: Que brisa, Mateo! Eu não esperava por isso!
Mateo: É que eu tenho fases, sabe? Tem muitos momentos em que é “Axé e Aué”, tem momento que é “Tá com Dólar…”, tem momento que é “Sincero”…
Ju: “SOLTASBRUXA” que pra mim é muito “aaaaaaahhhhh”!!!!
Mateo: Vai do momento mesmo!
TMDQA: Acho que vou aproveitar um tema que vocês já puxaram aqui para mais uma pergunta – estamos vivendo um momento muito complicado na esfera parlamentar e nas demais esferas governamentais, estamos vendo as eleições municipais se aproximando (a entrevista aconteceu no dia 29/9) e pautas cada vez mais conservadoras dominando as propostas dos candidatos. O SOLTASBRUXA é um pouco de uma resposta de vocês a esse momento, um grito, um alerta. Como é que vocês tem trazido essa mensagem do disco para o contato com os fãs e para os shows de vocês?
Mateo: Eu considero que alguns dos maiores problemas em massa que nós estamos vivendo agora são a polarização e a banalização a respeito do que é a política de fato. Esquerda e Direita viraram a dicotomia entre o que é o bem e o que é o mal. Pensar diferente já nos faz ser completamente opostos e inimigos. Então, a maneira como a gente tem pensado é como nós podemos tocar nesses assuntos sem deixar de ser musical, fazer com que isso entre de uma maneira simples, um negócio que a gente queria conversar no dia a dia? O refrão de “Tá com Dólar, Tá com Deus” é uma ironia, mas te deixa com a pulga atrás da orelha. Mas aí também tem a questão de que a gente está na nossa época de ouro, sabe? Meu pai foi vítima do golpe de estado chileno e eu conheço várias pessoas que lutaram e que perderam famílias no golpe de estado e anos depois, e a real é que muito dessa galera que está por aí pensa que não pode deixar isso passar. Eu vou tentar, eu vou lutar para não odiar quem não merece ser odiado, eu não vou cair na falsa ideia de que se você não é a favor, você odeia. Só que eu vou lutar. É o equilíbrio que o show tem que ter, de não deixar isso passar. De ao mesmo tempo em que a gente falar do “Fora Temer”, entender o que de fato isso significa. Fora Temer não é tirar o Temer, é a reforma política. Não é só Diretas Já, é pensar de que maneira as eleições são feitas. Mas ao mesmo tempo o espaço do show não é exatamente o momento para discutir tudo isso, é o momento de trazer isso a tona, mas a discussão não acontece no show.
Ju: Eu acho que esse é o espaço de se depositar um pouco de consciência sobre vários assuntos na cabeça das pessoas e fazer com que isso entre de uma maneira orgânica, não é necessariamente um bater de frente, mas é um indicativo de que precisamos pensar sobre tudo isso. A arte proporciona isso. É um veículo muito mais permeável do que vários outros.
Mateo: E o legal da arte é que junta todo mundo né? Se você bota uma batida, está todo mundo dançando aquela mesma batida, pode ter pensamentos diferentes, mas todo mundo vai seguir a mesma batida.
Ju: E a galera vai parar para pensar em algum momento, sabe?
Mateo: “Triste, Louca ou Má” faz a galera chorar durante o show. Tem feito. Ao mesmo tempo a gente tem certas mensagens de união durante o show. A gente vai encontrando esse equilíbrio que existe entre a não banalização dos temas políticos, lutar contra a dicotomia entre o bem e o mal, lutar pelo equilíbrio. A gente tem que passar uma mensagem, porque, como o Angelo Escobar nos falou: se não está passando uma mensagem, não é isso que eu quero estar fazendo da minha vida.
TMDQA: Bom, amenizando um pouco a pauta, na próxima terça-feira vocês vão lançar o clipe de “Triste, Louca ou Má” e no dia 22 de Outubro tem o show de lançamento do SOLTASBRUXA. Como vocês estão se preparando pra esses momentos?
Mateo: Então, terça a gente vai lançar o clipe que a gente gravou na nossa viagem pra Cuba, faz parte do projeto “Vai pra Cuba” em que a gente foi pra gravar um documentário, mas aproveitamos toda a equipe incrível de filmagem e já gravamos dois clipes. Então, esse primeiro vai sair no cinema, serão algumas sessões de cinema no Itaú Cultural da Avenida Paulista e, é grátis, é aberto, teremos mais de uma sessão a partir das 21h30, mas cheguem às 21hs. Vai ter whisky! E vai ser uma puta honra né? Lançar no cinema! Eu nunca imaginei que as minhas músicas seriam ouvidas por mais de 15 pessoas e até a Elza (Soares) ouviu, se emocionou.
Ju: Ah, mas esse clipe está absurdo, absurdo! Todos os momentos da pré-produção desse vídeo que eu lembro eu me emociono. A ideia de contratar esse grupo cubano de dançarinas que são acima do peso e acima da idade permitida para dançar balé contemporâneo, contar com elas foi lindo, a visita que eu fiz com a equipe de filmagem à casa em que a gente gravou foi estonteante. A casa é linda e o clipe está uma coisa que eu nunca pensei que a gente fosse capaz de produzir mesmo. Lançar num cinema vai ser uma coisa realmente de chorar…
TMDQA: E o show do dia 22 gente?
Mateo: Nossa, a gente está fazendo uma série de shows… a ideia era marcar uma série de shows antes para poder levar o melhor. E o show está massa, tá muito massa, mas mesmo assim tem alguns pontos que a gente quer levar além. A gente quer improvisar mais e ficar mais livre ainda. Tem instrumento novo, tem muita música nova. Enfim, o que a gente está tentando fazer e potencializar ao máximo o que a gente já fez nos últimos shows só que com músicas melhores, porque ao meu ver, essas músicas são melhores, passam uma mensagem mais contundente. E mano… nunca tocamos em um lugar tão grande, nunca tocamos com o “Onda Vaga” que é uma banda foda, meu Deus do céu… sou fã! Bom, eu tô mega ansioso, vamos fazer com mais sopros do que já fizemos antes, vamos chamar participações que eu ainda não posso falar quais ainda, mas vamos chamar e… Eu queria ao máximo que todo mundo fosse, porque é uma nova fase e representa a gente e é isso. Eu quero fazer um show que se eu morrer no dia 23 de Outubro eu vou falar: “Putz, pelo menos ó… isso aqui eu fiz! Fui”.
TMDQA: Um show pra morrer em paz?
Mateo: Isso!
Ju: É… acho que tudo o que a gente vem fazendo vai culminar nesse show. Vai ser absurdo. É um ponto brilhante fazer um show desses.
TMDQA: Que legal gente. Para finalizar, aquela pergunta que a gente sempre faz: vocês têm mais discos que amigos?
(risos)
Mateo: Ah, então, a gente teve que tirar as coisas da nossa antiga casa faz um tempinho já e lá estavam todos os discos que a gente recebeu durante a viagem. E a quantidade de discos que a gente recebeu nesses anos é absurda. Eu achava que a gente tinha tipo uma caixa… lotou um armário! Três ou quatro caixas grandes de discos um do lado do outro assim… muito disco mesmo! Então agora eu não sei, viu?
Ju: Ah, mas a gente tem muito amigo. Se pá, tem tanto disco quanto amigo.
Mateo: Talvez seja dividido entre os dois!
TMDQA: É mas… no fundo, no fundo, os discos também são grandes amigos né?
Ju: E os discos vêm de muitos amigos também…
Mateo: É, os discos também simbolizam a amizade…
TMDQA: Então deu um empate! Muito obrigada pessoal!