A palavra “sororidade” dá significado à relação de parceria, união, afeto ou amizade entre mulheres, uma coisa semelhante à relação entre irmãs (que é facilmente explicada por melhores amigas ou por irmãs de fato). Vem dar vazão à união de mulheres que compartilham os mesmo ideais e propósitos, o que é bem o que a gente consegue ver de longe no primeiro contato com o sexteto que forma a Mulamba. E em qualquer coisa que elas produzam juntas, como é o caso do clipe da música que dá nome à banda.
“Mulamba”, a música, inspirou o nome da banda e ganhou um clipe que você vê com exclusividade aqui no TMDQA!, ao final deste post. “Mulamba”, o clipe, foi concebido com o desafio de transformar a dor em força para se libertar. A ideia da diretora e cineasta Virgínia de Ferrante, com montagem de Ana Carolina Vedovato, mostra a mistura de um documentário com uma videodança e a vontade de expressar o sofrimento, mas também a vitória, por meio da libertação em relação aos preconceitos e a parceria, tão necessária para que a voz de mais e mais mulheres seja ouvida.
Em uma experiência sensitiva, conduzida pela psicóloga Lari Tomass, as meninas da Mulamba, Amanda Pacífico (voz), Cacau de Sá (voz), Caro Pisco (bateria), Fer Koppe (violoncelo), Naíra Debértolis (baixo) e Nat Fragoso (guitarra), se encontraram com diversas mulheres, que dividiram com elas suas histórias, memórias de agonias e dores e principalmente, suas experiências. Unidas por meio dessas memórias, essas mulheres dividem o vídeo também com a dança da atriz Nayara Santos, interpretando uma personagem fictícia, que representa a própria figura da “Mulamba”, uma mulher que destrói os preconceitos, um a um e à paulada, se libertando dessas amarras e de sua máscara ao final do vídeo.
“A gente vem de uma sociedade que massacra o feminino e esta música nos fez entender que falamos sobre muitas agonias vividas por mulheres. Foi um processo de reencontrar-se e reconhecer-se, lembrando de memórias doloridas e prosseguindo na caminhada. É como se tudo tivesse feito sentido e agora veio o alívio. Foi uma experiência transformadora para quem participou, desde a equipe até as mulheres que aceitaram se abrir conosco,” afirma a cantora Cacau de Sá, em release oficial de lançamento do trabalho. Cacau compôs a letra de “Mulamba” com a vocalista Amanda Pacífico.
A dança das mulheres, da banda, da Mulamba finalizam o vídeo libertando todas nós das amarras que a sociedade nos impõe. A mensagem final é clara: o mundo está aí para ser visto, sem máscara, sem medo, sem sofrimento. E é a memória do que passou que nos dará força para seguir em frente, unidas, porque nós venceremos se trabalharmos juntas.
Veja o clipe para a música “Mulamba” abaixo: