Bizarro: hotel de Las Vegas processa vítimas de tiroteio em 2017

A MGM Resorts, dona do hotel de onde um atirador abriu fogo contra milhares de pessoas em um festival de música de Las Vegas, resolveu processar as vítimas.

Mandalay Bay em Las Vegas
Foto do Mandalay Bay em Las Vegas via Shutterstock

Parece mentira, mas infelizmente não é. O MGM Resorts está processando mais de 2 mil vítimas do tiroteio que aconteceu em Las Vegas em 2017.

Como aponta a Billboard, o grupo hoteleiro responsável pelo Mandalay Bay, de onde o atirador abriu fogo contra milhares de pessoas no festival Route 91, quer fazer com que vítimas e parentes desistam de suas ações contra o estabelecimento. Vários sobreviventes culpam o hotel por negligência.

O grupo alega estar amparado pela Safety Act, uma lei federal que isenta de responsabilidade por atos de terrorismo ou tiroteios em massa as instituições que utilizam serviços de segurança certificados pelo Departamento de Segurança Interna.

Ainda segundo a matéria, a ideia não é receber qualquer tipo de dinheiro das vítimas, apenas “se proteger” de quaisquer condenações que possa receber e evitar o pagamento de indenizações a elas.

A notícia causou revolta nas redes sociais. O advogado Robert Eglet, que representa algumas das vítimas, disse que as ações da MGM são “a coisa mais escandalosa que viu em 30 anos de carreira”.

Tiroteio em Las Vegas

No dia 1º de outubro de 2017, Stephen Paddock, um americano de 54 anos, abriu fogo contra o público que assistia a um show de música country da janela de um quarto no 32º andar do Mandalay Bay. Paddock se matou antes que a polícia chegasse a seu quarto.