Música

Tom Morello fala sobre usar o capitalismo para promover justiça social

Em entrevista, Tom Morello fala sobre Colin Kaepernick, Nike e como o Rage Against The Machine foi lançado por uma grande gravadora.

Rage Against The Machine (Tom Morello, Zack de la Rocha)(Tom Morello)
Reprodução/Facebook

Não é segredo pra ninguém, apesar de muito fã de Rage Against The Machine não ter prestado atenção nas mensagens, que Tom Morello é um ativista em prol dos direitos humanos e tem inclinação à esquerda quando o assunto é política.

De uns tempos pra cá isso ficou ainda mais claro já que estamos vivendo uma era de polarização no mundo todo e enquanto muitos o elogiam por suas atitudes, outros o criticam dizendo que ele enriqueceu usando o sistema que “abomina”.

Em uma nova entrevista para o Shortlist, Tom Morello foi questionado a respeito do caso de Colin Kaepernick, jogador de futebol americano que passou a protestar contra a violência policial nos Estados Unidos que faz dos negros as suas principais vítimas e recentemente assinou um contrato com a Nike para se transformar em ícone de mudança na campanha promovida pela marca.

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Ao falar sobre o assunto, Morello citou o Rage Against The Machine:

Eu já fui preso por protestar contra os abusos que a Nike comete em suas fábricas. Justiça social requer anúncios capitalistas? O Rage Against The Machine tinha contrato com a Sony. Nós esperávamos que a música teria um papel importante em acabar com o sistema através do qual era distribuída.

Eu não sei quais são as opiniões de Kaepernick sobre os abusos trabalhistas da Nike, mas tudo com certeza reiniciou o debate a respeito das questões pelas quais ele se ajoelhou em campo.

Tom Morello e a Maturidade

O guitarrista também foi perguntado sobre como a maturidade afeta a forma como ele protesta hoje em dia:

Quando você tem 22 anos de idade, ir para a cadeia é menos pesado. Se você quer ser um pai presente, tem menos capacidade de estar na linha de frente. Mas ao mesmo tempo em que há menos gás lacrimogênio na minha vida hoje em dia, há um comprometimento maior – o destino do planeta está literalmente em risco.

Os direitos das mulheres, direitos civis, a luta contra o racismo – tudo é muito importante. Mas o planeta está sendo destruído por causa das nossas besteiras que só enxergamos a curto prazo. E isso é algo com o qual meus filhos e os filhos dos meus filhos terão que lidar a não ser que a gente faça algo.

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