Corey Taylor e Randy Blythe falam sobre metal atual: "copia e cola"

Em entrevista conjunta à revista Metal Hammer, Corey Taylor (Slipknot) e Randy Blythe (Lamb Of God) deram suas opiniões sobre novas bandas de metal.

Corey Taylor e Randy Blythe
Foto por Jeremy Saffer

Corey Taylor e Randy Blythe se reuniram para uma entrevista onde discutiram o presente e o futuro do metal.

Em conversa com a revista Metal Hammer (via Louder Sound), os líderes do Slipknot e do Lamb of God se mostraram um pouco decepcionados com as bandas que surgiram nos últimos anos, especialmente com as várias vertentes do gênero — como grind, death, etc.

Blythe declarou:

Eu acho que as categorizações infinitas são ridículas. Assim que você coloca algo em uma categoria dentro da música — e muitas vezes não são as bandas que fazem isso, são jornalistas ou fãs… tipo, eu sou supostamente um dos pioneiros da ‘New Wave Of American Heavy Metal’. Sempre me perguntavam: ‘Como você se sente sendo o líder da NWOAHM?’, ‘Do que você está falando?’ Assim que você categoriza uma forma de música, e vira uma espécie de artigo da Wikipédia, e as pessoas começam a pensar, ‘Hmmm, estas são as regras, é melhor segui-las se eu quiser fazer parte do bananacore!’, então você está apenas se encaixando em outro pequeno uniforme para vestir. […] Copia e cola, copia e cola, copia e cola!

Taylor ainda completou que categorizar as bandas coloca uma data de validade nelas, e ainda citou como não gosta muito de ver o Slipknot sendo colocado no balaio do nu metal.

Corey ainda falou sobre ver celebridades como Kim Kardashian usando camisetas de bandas de metal, como o Morbid Angel.

Eu tenho um pensamento dividido sobre isso. Há uma parte nisso que me faz querer tacar fogo em tudo. Há também uma parte em mim que está tipo, ‘É isso aí! Que bom! Mais pessoas deveriam saber quem é o Morbid Angel.

Na conversa, os dois ainda se rasgaram em elogios ao Code Orange, banda de hardcore que surgiu em 2008.

Randy declarou:

Quando eu os vi, eu disse à minha banda e a um monte de outras pessoas: ‘Prestem atenção nessa merda. Levante-se cedo e veja esses caras.’ Não havia ninguém lá assistindo eles, mas eles tocaram com ainda mais força, e você pode ver que eles estão falando sério, o que eu não vejo faz um tempo, sabe? Ninguém se importa como você é tecnicamente proficiente, o quão rápido você pode dedilhar, suas roupas, qualquer coisa, ninguém dá a mínima. Se você quer dizer algo, isso vai ser traduzido, e esses garotos têm algo a dizer. […] E a coisa boa sobre bandas como Code Orange, Power Trip e outros, é que todas elas surgiram do jeito que surgimos. Quer dizer, eu acho que a pessoa mais velha no Code Orange tem 24 anos, e eles tocam juntos desde os 14 anos. Eles começaram tocando em corredores, porões, fazendo shows de merda. Quando começamos, não havia essa quantidade impressionante de festivais ou grandes turnês que existem agora. Muitas das crianças na cena de hoje não sabem que essa enorme cena de metal — que é agora — não existia quando estávamos chegando.

Quando falaram a respeito, os dois notaram como esses novos nomes interessantes da música pesada estão todos surgindo na cena do hardcore.

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