Não há dúvidas de que Lady Gaga está vivendo um momento fantástico.
Em 2018, a cantora estrelou seu primeiro filme e já começou grande, com Nasce Uma Estrela (direção de Bradley Cooper). O longa está fazendo o maior sucesso e rendeu uma trilha sonora que já abocanhou prêmios como o Globo de Ouro e Critics’ Choice Awards — e deve ser indicada ainda ao Oscar.
Não é segredo, porém, que a trajetória vitoriosa de Gaga começou bem antes.
Foi em 2008 que o mundo conheceu a artista “esquisitona”, com modelitos dos mais doidos e uma performance mais doida ainda. Em pouco tempo ela provou que a excentricidade não era a única razão do seu sucesso, emplacando hits em gêneros além do pop e impressionando com sua potência vocal.
De lá pra cá foram cinco discos solo e muitos números grandes no currículo da moça. Fizemos um ranking da discografia de Gaga para comemorar o sucesso da cantora.
Confira!
The Fame (2008)
A posição pode ser até polêmica, mas calma: The Fame não é ruim. Mas também nem de longe traz a essência e o potencial da cantora que hoje conhecemos.
O primeiro disco de Lady Gaga, lançado em 2008, foi o responsável por apresentar a diva ao mundo e definir seu lugar na disputada indústria do pop. Ali, foi definido que ela seria uma das cantoras mais ousadas do mercado, e seu desenvolvimento durante a era do disco foi rápido e incrível.
Com hits chicletes e algumas canções até bem genéricas, The Fame serviu mais como uma porta de entrada e não coloca em destaque a voz poderosa da moça, assim como sua habilidade como compositora.
É um disco bom e ótimo para dançar, mas ficou pequeno diante dos lançamentos que viriam a seguir.
Joanne (2016)
“A era Joanne chega para todas” virou um dos bordões mais usados da internet.
Em 2016, Gaga chocou ao mudar totalmente a abordagem de sua música e de sua performance, apresentando um disco e visual muito mais sóbrios, voltados ao country e ao acústico. A tentativa deu certo, já que Joanne traz uma seleção incrível de músicas e evidencia totalmente a voz e a escrita de Gaga.
O álbum ainda traz um timaço de músicos, com nomes como Josh Homme, Mark Ronson, Florence Welch, Father John Misty, Sean Lennon, Kevin Parker, Este Haim e muito mais.
Um trabalho incrível, mas que ao mesmo tempo fez bater uma saudade da Gaga possuída pelo ritmo ragatanga.
Artpop (2013)
Sim, outra posição polêmica, mas uma coisa é certa: Artpop é um grande disco. E não adianta usar números para contrariar!
Brincadeiras à parte, este é realmente o segundo disco menos vendido de Gaga, ficando atrás apenas do mais recente, Joanne. Por alguns motivos, a era Artpop não bombou entre os fãs e nem entre o público, e é considerado um flop. A definição, porém, se mostra um pouco injusta, ainda mais seis anos após seu lançamento.
É seguro dizer que o disco é um dos mais arriscados da cantora, já que traz uma baita mistura de elementos sonoros e visuais — o que trouxe junto uma série de apresentações de outro mundo e a Lady Gaga “mais louca” de todos os tempos. Ao mesmo tempo, a produção tem grandes canções como “Applause”, “Sexxx Dreams”, “Swine”, “G.U.Y.”, entre outras.
Recentemente, o disco voltou a ser assunto por conta da faixa “Do What U Want (With My Body)”, parceria com o rapper R. Kelly, acusado por diversos crimes sexuais. Gaga anunciou que vai excluir a canção do iTunes e de plataformas de streaming.
Polêmicas e números à parte, não dá pra pular o disco quando for dar uma voltinha na discografia da moça. Justiça para Artpop!
The Fame Monster (2009)
The Fame Monster está mais para um EP, já que veio como um relançamento do disco de estreia da cantora. Mera formalidade, afinal os dois trabalhos são extremamente diferentes e o segundo é muito maior e melhor que seu antecessor.
Com muito mais controle nas mãos, em The Fame Monster Lady Gaga pôde colocar as garras de fora (há!) e fazer um disco que, agora sim, era 100% sua cara — excêntrico, pesado, dançante e profundo.
O trabalho tem apenas 8 faixas e, poxa, nenhum defeito. Foi dele que veio o maior hit da carreira de Gaga, “Bad Romance”, além da parceria com Beyoncé em “Telephone” e outros hits como “Alejandro”, “Dance in the Dark” (uma preferida dos fãs) e a bela “Speechless”.
Atemporal!
Born This Way (2011)
Auge! Apesar dessa capa… er, curiosa aí acima.
Definitivamente a era mais produtiva e de sucesso de Lady Gaga é do disco Born This Way, um marco na música pop. No álbum, a cantora abraçou de vez a temática de aceitação e empoderamento, com a faixa título virando um dos maiores hinos para o público LGBTQ+.
Na mesma época, Gaga enfrentou críticas e comparações com Madonna, ainda mais pelo single “Born This Way”, comparado com “Express Yourself”, de 1989. Apesar disso, a cantora transbordou uma personalidade original, e mostrou de uma vez por toda que tem talento suficiente para se sustentar.
Foi com a turnê de Born This Way que Gaga veio ao Brasil em 2011, com um show que tinha castelo no palco e tudo mais.
Dos hits, destacam-se também “Judas”, “The Edge of Glory” e “You and I”.
Viva Lady Gaga!
Menções honrosas
A Star is Born (OST) (2018) – a trilha sonora de Nasce Uma Estrela não poderia ficar de fora, já que tem a mão de Gaga em quase todas as músicas. Com country, pop e rock misturados, o disco é uma grata surpresa também pela participação de Bradley Cooper, que dirigiu e atuou no longa. Clique aqui para ouvir.
Cheek to Cheek, com Tony Bennett (2014) – seria um desperdício se Lady Gaga não se jogasse no jazz com uma voz daquela. Em 2014, a cantora iniciou sua parceria com o icônico Tony Bennett, o que rendeu um disco sensacional e apresentações absurdas da dupla — por exemplo essa do vídeo logo abaixo, onde Gaga canta sem microfone, tamanha potência de sua voz. Clique aqui para ouvir.
https://www.youtube.com/watch?v=83a4_RwxeLc