O The Cure foi um dos sete induzidos ao Hall da Fama do Rock and Roll neste ano, cuja cerimônia aconteceu na última sexta-feira (29).
A banda liderada por Robert Smith foi introduzida por Trent Reznor, vocalista do Nine Inch Nails, que mandou um discurso pra lá de pessoal sobre sue relação com a música da banda e o impacto que ela teve em sua vida.
Leia um trecho:
De imediato, essa banda tocou profundamente em mim. O primeiro álbum que eu ouvi foi ‘The Head on the Door’, e eu não tinha ouvido nada parecido antes. E muita escuridão que sentia na minha cabeça estava voltando para mim através dos alto-falantes, e isso me surpreendeu. Parecia que essa música havia sido escrita só para mim. Eu lutei toda a minha vida sentindo que eu não me encaixo ou pertenço a qualquer lugar, como agora. Ao ouvir isso, de repente me senti conectado e não mais tão sozinho no mundo. Essa é uma das coisas que acho tão únicas e especiais sobre o poder da música.
Não foi apenas o som ou as palavras ou a apresentação — tudo isso foi ancorado pelo mais requintado dos instrumentos — a voz de Robert Smith. Aquela voz, capaz de tal gama de emoção de uma expressão de raiva, tristeza e desespero para a beleza, a fragilidade e a alegria. Pode soar ingênuo, mas até eu ouvir ‘The Head on the Door’, eu simplesmente não sabia que era possível escrever sobre ideias tão difíceis e profundas, mas fazê-lo no contexto de músicas de sucesso que poderiam até ser tocadas no rádio, desafiando normas por dentro.
O The Cure também apresentou as canções “Shake Dog Shake”, “A Forest”, “Love Song”, “Just Like Heaven” e “Boys Don’t Cry”.
Assista a alguns vídeos da cerimônia — que também induziu Radiohead, Stevie Nicks, Janet Jackson, Roxy Music, Def Leppard e The Zombies.