Música

Há 40 anos perdíamos o lendário Bon Scott, vocalista do AC/DC

Em 19 de Fevereiro de 1980, um dos maiores vocalistas de todos os tempos era encontrado morto em Londres e AC/DC perdia o grande Bon Scott.

Estátua de Bon Scott em Fremantle, Austrália
Foto Stock via Shutterstock

Ao longo de quase 50 anos de existência, a banda australiana AC/DC emplacou grandes hits e alguns dos discos mais importantes da história.

Boa parte deles foi gravada por Brian Johnson, figura mais conhecida dos fãs mais jovens do grupo, mas a construção do sucesso da banda de hard rock veio com um nome icônico que nos deixou cedo demais: Bon Scott.

No dia 19 de Fevereiro de 1980, com apenas 33 anos de idade, o cantor escocês morreu em Londres, dentro de um carro, após uma noitada na casa de shows Music Machine (hoje conhecida como KOKO).

A causa oficial da morte foi registrada como “intoxicação aguda por álcool”, mas há diversas teorias por aí que vão desde aspiração do próprio vômito até assassinato.

História

Nascido em Forfar, na Escócia, o músico se mudou para a Austrália com a família aos 6 anos de idade e por lá tornou-se um grande fã de música.

Indo além, ele se envolveu nas cenas roqueiras das cidades onde morou e em 1964 fundou o The Spektors, onde tocava bateria e cantava ocasionalmente. Passaram-se 10 anos até que ele efetivamente entrasse para o AC/DC em 1974 como substituto de Dave Evans, em um movimento que também viu a banda deixando traços do glam rock para adotar o blues e o hard rock.

Com Scott ao microfone, o AC/DC lançou High Voltage (1975), T.N.T. (1975), Dirty Deeds Done Dirt Cheap (1976), Let There Be Rock (1977), Powerage (1978) e Highway To Hell (1979).

O sucesso desse último, principalmente com a sua faixa título, fez com que a banda se tornasse uma das mais quentes de todo planeta, e eles já vinham trabalhando no sucessor do álbum quando Scott faleceu.

AC/DC Seguiu em Frente

Após a perda do vocalista, considerado por muitos como o frontman mais influente de todos os tempos, a banda chegou a pensar em acabar, mas seguiu em frente.

Para isso recrutou Brian Johnson, da banda britânica Geordie, e transformou as ideias que tinha em Back In Black, álbum em homenagem ao músico que havia nos deixado.

Como resultado veio um dos discos mais bem sucedidos de todos os tempos, e o terceiro mais vendido da história.

Talento e Comportamento de Bon Scott

Indiscutivelmente o vocalista inaugurou um novo estilo para os vocalistas de Rock And Roll em todo mundo.

Sua voz potente era uma arma eficaz para transmitir os riffs de guitarra criados pela banda e impactaram gerações tanto por gravações de estúdio geniais como em “TNT”, “Let There Be Rock”, “Highway To Hell” e “It’s A Long Way To The Top (If You Wanna Rock’n’Roll)”, quanto por suas apresentações ao vivo.

Uma máquina furiosa liderando um conjunto que passava por cima de tudo que encontrasse pela frente, Bon Scott era assim também fora dos palcos, e seu comportamento não poderia estar mais ligado ao gênero que exaltava nos Anos 70.

Se há relatos de que ele era um “gentleman” nas primeiras horas do dia, se comportando adequadamente e cumprindo com as suas obrigações, há também várias histórias de bebedeira sobre quando chegava a noite, com muita gente dizendo que era raro vê-lo sem uma garrafa de álcool ao seu lado.

O legado de Bon Scott para o Rock And Roll é dos maiores: o termo “frontman” talvez nunca tenha sido tão bem representado em toda história por alguém que não era apenas o cantor, aquele que transmitia as letras para o público, mas sim um embaixador de tudo que sua banda e seus colegas escreviam, gravavam e transpiravam.

Bon Scott, we salute you!