O Bikini Kill é uma das bandas mais importantes e únicas do punk, e foi pioneira do gênero riot grrrl.
Em uma entrevista recente à Rolling Stone, Kathleen Hanna, Tobi Vail e Kathi Wilcox falaram sobre a reunião que teve início no ano passado, 22 anos após o encerramento das atividades. Hanna, principal vocalista do grupo, justificou o retorno citando Donald Trump:
Desde que o Trump foi eleito, houve vários momentos em que o noticiário está ligado e eu estou cantando algo do Bikini Kill na minha cabeça. É como se eu precisasse ouvir essas músicas.
Kathleen ainda complementou dizendo que o feminismo está voltando com força e muito disso, ela crê, está associado ao movimento #MeToo, que incentivou mulheres a quebrarem o silêncio sobre abusos, e ao fato de ter um presidente que diz coisas absurdas associadas ao machismo.
Ela finalizou deixando bem claro que a resposta do público está sendo incrível:
Nós estamos recebendo mais positividade e amor do que nunca, e não estamos precisando gastar toda nossa energia ficando chateadas porque um fanzine que nós gostamos acabou de escrever um artigo sobre a minha bunda.
Bikini Kill
Quem também falou sobre a emoção de voltar aos palcos foi Kathi Wilcox. Segundo ela, chega a ser difícil tocar algumas músicas:
É difícil chegar ao fim de ‘Feels Blind’ sem começar a chorar. Eu realmente tenho que me concentrar. Quando eu olho para a primeira fila [da plateia] ou para as primeiras filas eu vejo todas essas pessoas chorando, então eu vejo que não sou só eu.
De fato, o discurso das garotas ecoa hoje mais do que nunca — ou pelo menos tanto quanto na época do lançamento das históricas canções. O ano de eleição nos EUA também as inspirou a entrar em uma turnê mais longa pela América do Norte e até passagens pela Europa em Junho e Agosto.