Zeca Pagodinho tem status quase que de uma instituição nacional, de tão lendário que é por aqui. E muito disso se deve não apenas à sua genialidade musical, como também à sua eterna simpatia e sinceridade em entrevistas.
Mais uma amostra disso aconteceu recentemente, em papo com a VEJA RIO. Por lá ele comentou diversos temas, como seu hábito de fazer as unhas — e como isso não tem nada a ver com “falta de masculinidade” — e suas constantes visitas ao médico para “não ficar velho de bobeira”.
No entanto, um trecho da conversa viralizou devido a mais um momento da extrema genuinidade de Zeca. Ao ser perguntado se ainda joga no bicho, ele disse:
É claro. Outro dia coloquei 100 reais e ganhei 1 800. Ganho quase toda semana e distribuo o dinheiro pro cozinheiro, pro motorista, pra todo mundo. Já ganhei mais de 10 000 reais num só jogo.
O ponto, no entanto, é que logo em seguida ele foi questionado se seria a favor da legalização da prática. A reposta foi impecável:
É ilegal?
Zeca Pagodinho em entrevista com a Veja Rio
Da entrevista do Zeca Pagodinho pra Veja Rio pic.twitter.com/8EnQzAxYcn
— Milton Cunhonther (@konther) March 7, 2020
Em outros trechos da entrevista, Zeca também não teve papas na língua. Como quando foi perguntada sua opinião sobre o Spotify:
Spotify? Não sei nem o que é isso, não sei mexer nessa coisa. Na verdade, eu fiquei chateado porque antes as pessoas viam a capa do disco, tinha a informação de quem produziu, a banda… Agora não tem nada. No meu último disco, o Hamilton de Holanda e o Yamandu Costa tocaram ‘Apelo’, musicão do Vinicius de Moraes e do Baden Powell, e ninguém ficou sabendo. Esse negócio de internet deixou o mundo muito chato, as pessoas só querem saber de tirar foto e compartilhar, um saco isso.
A crítica as fotos veio acompanhada de mais alguns causos. Zeca contou que já recebeu pedidos de “selfies” em um funeral e até quando foi visitar o pai na UTI — nesse segundo caso, o fã ainda pediu pra ele sorrir. Aí fica complicado, né?