Steve Harris é uma verdadeira lenda do Rock, e está completando mais um ano de vida neste dia 12 de Março. O baixista e fundador do Iron Maiden e um dos pioneiros do instrumento no Metal chega aos 64 anos com muita saúde e histórias pra contar.
Em uma entrevista no começo do ano à Bass Player, Harris respondeu uma questão recorrente: quais são suas linhas de baixo preferidas? Com tantos clássicos, fica difícil escolher — mas ele resumiu seu trabalho em seis faixas.
Enquanto muita gente imaginaria que alguns clássicos como “Aces High” e “The Trooper” estariam na lista, as preferências de Steve vão para outros lugares. Aliás, cinco das suas seis preferidas estão nos quatro primeiros álbuns da banda — e a listagem nem inclui “Wrathchild”.
Veja a seguir e celebre o aniversário do icônico músico com uma bela trilha sonora!
“Phantom of the Opera” (Iron Maiden — 1980)
Eu escrevi isso no quarto dos fundos na casa da minha avó. Eu estava morando com ela na época. Por sorte eu tinha o meu próprio quartinho porque os tios e tias todos saíram de casa. Eu lembro de pensar à época que eu tinha [feito] algo bem legal.
“Innocent Exile” (Killers — 1981)
Isso foi de antes até de eu formar o Maiden. Eu fiz o riff de abertura com outra banda, chamada Smiler, mas tinha outro nome. O resto da música foi mudado depois, mas a intro é provavelmente da mesma época que eu escrevi ‘Burning Ambition’ [lado B do single ‘Running Free’, de 1980], que foi a primeira música de fato que escrevi.
“Run to the Hills” (The Number of the Beast — 1982)
Antes do primeiro álbum nós tínhamos tipo uns quatro anos e meio de músicas e aí só haviam três músicas novas no ‘Killers’ — 80 ou 90% daquele material também era dos primeiros quatro anos. Quando chegamos ao ‘Number of the Beast’ não havia sobrado nada. Eu lembro de pensar, ‘Cristo, não somente temos um novo vocalista, mas nós não temos nenhuma música sobrando [risos]’. Ali foi uma baita pressão.
“Where Eagles Dare” (Piece of Mind — 1983)
Piece of Mind foi o primeiro disco do Nicko [McBrain, baterista] com a banda. Seu jeito de tocar é bem diferente do Clive [Burr, baterista original do Maiden] e mudou o sabor da banda. Ele não escrevia nada e nós só continuamos escrevendo como fazíamos, mas nós experimentamos com algumas coisas como o padrão da bateria de ‘Where Eagles Dare’. Eu bati nas minhas pernas pra ele, e eu não consigo tocar bateria nem que minha vida dependesse disso [risos].
“To Tame a Land” (Piece of Mind — 1983)
Essa foi uma das primeiras onde eu pensei que alguma coisa interessante musicalmente estava rolando. Nós elevamos um pouco os limites com ela. Novamente, havia muita pressão. ‘The Number of the Beast’ foi número um no Reino Unido e isso te coloca muita pressão. Mas acho que sempre lidamos bem com a pressão.
“The Red and the Black” (The Book of Souls — 2015)
Na verdade, eu tinha a introdução algum tempo atrás mas nunca havia conseguido encontrar algo que combinasse com ela. Só parecia que era a hora certa de trabalhar nela. Eu acho que tem uma influência espanhola, o que se ligou com [o significado d]a música em si. Eu fiquei bem feliz com o resultado.