Tocar no Megadeth é o emprego dos sonhos para muita gente. Chris Adler (do Lamb of God) teve a chance de viver isso por um tempo ao assumir a bateria quando Shawn Drover saiu da banda em 2014; ainda assim, ele acabaria passando as baquetas para Dirk Verbeuren.
Pouco conhecido na cena mais mainstream, Dirk já tinha construído uma reputação por seu trabalho com o Soilwork. Ainda que muita gente não fosse familiar com seu nome, ele recebeu indicações de várias pessoas para o emprego — entre eles, o brasileiro Kiko Loureiro, guitarrista do Megadeth e um “grande fã do Soilwork”.
A história completa, no entanto, dá muito mais voltas e envolve muitas outras recomendações. Há quatro anos no Megadeth, Verbeuren está agora gravando seu primeiro disco ao lado de Dave Mustaine e companhia e aproveitou para esclarecer toda a história de sua entrada em uma entrevista ao podcast The Ex Man (via Metal Injection). Confira abaixo!
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Dirk Verbeuren e a entrada no Megadeth
É uma história complicada. [O Chris Adler] foi o primeiro a falar comigo sobre isso — ele me mandou uma mensagem sem ser muito específico — mas a história oficial de que foi tudo o Chris Adler que me recomendou à banda, bom, não é bem por aí. Eu não vou entrar em detalhes sobre isso, porque eu não quero colocar ninguém em uma saia justa ou algo do gênero. Mas enfim, a conexão foi feita. Porque quando alguém como o Dave [Mustaine] está procurando, seja alguém para sua equipe ou um novo músico ou qualquer coisa, ele põe algumas antenas em diferentes pessoas. E eu acho que eu estava na lista de várias pessoas de alguma forma, e meio que convergiu então para quando eu recebi a ligação.
E inicialmente eu deveria só substituir o Chris, que ainda estava na banda na época, mas isso logo virou uma oferta em tempo integral, porque havia algumas questões envolvidas. Obviamente, o Chris estar no Lamb of God e Megadeth ao mesmo tempo era uma questão, o que é bem fácil de entender. Porque ter duas bandas assim, mesmo que sejam administradas pelo mesmo grupo, vai ser bem difícil de fazer acontecer. E aí, é claro, alguém como o Dave, ou mesmo como o David Ellefson, caras que estão por aí desde os anos 80, eu não sei se eles topam ter alguém que só está disponível parcialmente. Eu acho que eles meio que se sentem tipo, ‘É, nós temos o direito de ter um baterista em tempo integral.’ Meio que faz sentido.
Então é meio que assim que rolou. Algumas pessoas fizeram listas de pessoas que eles achavam que encaixavam no trabalho, e rolou que… eu conhecia algumas pessoas, como o técnico de bateria Tony Laureano, que é um amigo de longa data porque o SCARVE fez turnê com o Nile vários anos atrás, e nós continuamos nos falando. Eu tinha conhecido o Kiko antes, e ele havia me recomendado várias vezes, porque ele era um grande fã do Soilwork, ele é um grande fã do Soilwork, e ele sempre curtiu o que eu fiz. E tiveram algumas outras pessoas também. Então meio que convergiu para que, de repente, eu estou em turnê com o Soilwork e recebo uma ligação dizendo que o Dave Mustaine quer falar comigo, que foi, tipo, ‘Oi?’
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“Teste” por telefone
Eu acho que a audição foi quando eu falei com o Dave no telefone, que foi, tipo, provavelmente uns cinco minutos de ligação — ele me perguntou algumas coisas. E eu acho, na verdade, que eles só olharam vídeos online. Sei que eles olharam esse vídeo que eu postei do estúdio com o Devin [Townsend], e algumas outras coisas, e acho que eles só ficaram, tipo, ‘Bom, baseado nisso, não deve ser um problema, em questão de tocar bateria.’
Eu sei que a audição para o Dream Theater ficou famosa com os vídeos e tudo mais, e foi um conceito legal porque deu aos fãs algo legal para assistir e todos esses incríveis bateristas, mas acho que muitas vezes, essas bandas que já estão estabelecidas, como o Megadeth e tudo mais, eles não têm o tempo ou energia para ir testar pessoas. Eles meio que só fazem os contatos funcionarem e o que aparecer, eles tentam.
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