Lana Del Rey defende publicação e acusa tentativa de "guerra de raças"

Lana Del Rey voltou ao Instagram para dizer que as pessoas estão "transformando" as suas declarações sobre feminismo em racismo.

Lana Del Rey no Grammy 2020
Reprodução/YouTube

Na última sexta-feira a cantora Lana Del Rey causou uma baita polêmica ao fazer um post no Instagram.

Por lá, falou sobre cantoras como Beyoncé e Ariana Grande, citando ainda outras popstars que “chegaram ao topo das paradas falando sobre ficar sem roupas, trair, etc”.

Segundo ela, é necessário “existir um espaço no feminismo” para mulheres como a própria Lana, que falam abertamente sobre um papel mais submisso e constantes dramas em relacionamentos.

No texto, a cantora pop ainda disse que recebeu “longos anos de resenhas de merda” por conta dos assuntos abordados em suas canções e a forma como dizem que ela “coloca glamour” em cima do sofrimento.

Lana Del Rey não se arrepende de texto

Pois horas depois de toda confusão e das discussões que começaram com seu post, Lana Del Rey voltou ao Instagram e por lá defendeu seus pontos de vista, reafirmando todos eles.

Além disso, ainda citou pessoas de polos extremos do espectro político e social, dizendo que estão tentando transformar o seu texto em uma “guerra de raças”.

O motivo é que, entre as críticas, pessoas ressaltaram que todas as artistas que ela citou no texto original são negras:

Algumas notas finais sobre o meu ‘post controverso’ que de controverso não tem nada. Apesar das respostas que eu tive de várias das pessoas que mencionei de forma elogiosa, seja Ariana ou Doja Cat – eu quero dizer que continuo firme na minha clareza e no meu posicionamento no sentido de que eu estava escrevendo sobre a importância de lutar por conta própria pelas mais delicadas e muitas vezes desprezadas, personalidade feminina mais suave, e que é necessário existir espaço para esse tipo no que inevitavelmente irá se transformar em uma nova onda/terceira onda de feminismo que está rapidamente se aproximando. Preste atenção!

Talvez eu pudesse ter dado mais contexto ao meu post mencionando o título do segundo livro que sairá no próximo mês de Março chamado ‘Behind the Iron Gates – Insights From An Institution’ [algo como ‘Por Trás dos Portões de Ferro – Pontos de Vista de uma Instituição’].

Eu sinto muito que as pessoas que eu só posso assumir que sejam super apoiadoras de Trump / Pence ou Hiper Liberais [nos EUA, ‘liberal’ é sinônimo de ‘progressista’, ou com pensamentos alinhados à esquerda] ou críticos oportunistas que transformam manchetes não possam ler e queiram transformar isso em uma guerra de raças, quando o fato é que a questão tinha a ver com *críticas femininas e *artistas femininas alternativas que são separadas de sua própria fragilidade e sexualidade e repreendem artistas mais sexualmente liberais como eu e as mulheres que eu mencionei.

Mas na verdade transformar isso em uma questão de raça diz muito mais sobre você do que sobre eu – você quer o drama, não quer acreditar que uma mulher poderia ser bela, forte e frágil ao mesmo tempo. Nada de novo na sua reação. É a mesma coisa de dez anos atrás quando um milhão de mentes pensantes surgiram sobre eu estar fingindo fragilidade emocional ou estar mentindo sobre ter surgido de um lugar sem dinheiro quando tudo isso era verdade.

Meu objetivo e a minha mensagem são óbvios. Que eu tenho controla da minha própria narrativa. Se as mulheres que eu menciono não quiserem ser associadas comigo, não há problemas.

Apesar de dizer que a mensagem é “óbvia”, tá difícil de entender (e defender) Lana Del Rey, não tá não?!