Carnaval em 2021? Só com vacina para o Coronavírus, pelo menos no Rio de Janeiro. E o mesmo se aplica para o Réveillon de 2020.
De acordo com informações da CNN Brasil, não é como se o Ano Novo carioca — que famosamente reúne dezenas de milhares de pessoas na praia de Copacabana — pudesse ser adiado, então as autoridades responsáveis têm pensado em outras soluções.
Até o momento, duas ideias surgem como as principais: a redução do público presente no local de forma a atender os protocolos de segurança estabelecido pelos órgãos mundiais ou a transmissão virtual do show de fogos.
Ainda é cedo para bater o martelo na decisão e as partes tentam se manter otimistas com relação ao surgimento da vacina, mas pelo menos no que diz respeito ao Carnaval, já há um prazo definido.
Adiamento do Carnaval 2021
Conforme conta o G1, uma reunião na noite desta terça-feira (14) definiu para Setembro o prazo de decisão sobre um possível adiamento da celebração tradicional do Brasil.
Uma das propostas é do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), que falou à CNN Brasil sobre uma ideia de adiar de forma conjunta o Carnaval 2021 de São Paulo, Rio de Janeiro e “outras grandes que recebem a festa caso a pandemia do novo Coronavírus ainda impacte a livre circulação de pessoas nas ruas”.
Ainda segundo ACM Neto, a ideia é que a nova data seja entre Maio e Junho se não houver vacina até o fim de 2020. O sentimento é corroborado por Jorge Castanheira, presidente da Liesa (Liga Independente) que representa as Escolas de Samba do Rio de Janeiro, conforme entrevista ao G1:
Só imaginamos ter o desfile das escolas de samba em fevereiro se houver uma vacina. Se não houver a vacina nós não temos como fazer esse evento com aglomeração. Carnaval é isso. O jogo de futebol pode acontecer sem plateia, a Fórmula 1 pode acontecer sem plateia, mas os desfiles das escolas de samba não podem acontecer sem aglomeração dos desfilantes ou de quem tá assistindo.
Já em relação ao Carnaval de Rua no RJ, a Sebastiana (Associação Independente dos Blocos de Carnaval de Rua da Zona Sul, Santa Teresa e Centro) se pronunciou por meio de Rita Fernandes, que está à frente da organização. Ela diz:
Eu acho que lá pra outubro, mais ou menos final de outubro, a gente pode ter elementos pra uma decisão mais comprometida, pra uma decisão final. Então vamos aguardar um pouco, vamos deixar correr. Agora, sem vacina é pouco provável que a gente realize.
Em São Paulo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) confirmou à Rádio Band News que falou com ACM Neto e que está de acordo com a discussão sobre um possível adiamento conjunto do Carnaval.
Covas ainda cita os ensaios das Escolas de Samba, que costumam reunir de 2 a 3 mil pessoas meses antes do próprio Carnaval, o que reforça a inviabilidade de manter o planejamento sem que uma vacina surja muito em breve.
Posições das Escolas de Samba
Até agora, cinco das Escolas de Samba do Grupo Especial carioca já declararam como “inviável” a realização dos desfiles sem a vacina, inclusive descartando adiamento caso a vacina ainda não esteja disponível na época em questão.
Beija-Flor, Vila Isabel, Imperatriz, Grande Rio e São Clemente são as que se posicionaram dessa forma, enquanto outras foram um pouco menos incisivas — a Unidos da Tijuca, por exemplo, acredita que é “prematuro” decidir qualquer coisa por agora, enquanto a Portela fala em “indefinição” e respeito às autoridades sanitárias.
Viradouro, Mocidade e Tuiuti afirmaram que só vão se manifestar na plenária e as duas restantes, Salgueiro e Mangueira, não comentaram nada à reportagem do G1.
Vamos torcer para que, em breve, essa discussão nem precise mais existir!