Scott Ian, guitarrista do Anthrax, não acha que seja justo os fãs de música pagarem por um show ao vivo e receberem bandas que fazem uso de playback.
A técnica é muito polêmica em especial no meio do Rock, mais “purista” no sentido de criar todas as sonoridades organicamente. Scott não é tão radical assim, e expôs suas opiniões sobre essa questão de uma maneira bem razoável em uma conversa no podcast de Joe Bonamassa (via Loudwire):
Eu não quero soar como um velho, mas, poxa, vamos lá, né. Olha, eu entendo — se é tipo um artista gigante do Pop com uma produção gigante, ou algo assim, ou se é o Pink Floyd fazendo o ‘The Wall’ e há coisas gravadas — segundas camadas de voz, qualquer coisa, coisas assim… Mas eu odeio ir a um show e eu só instantaneamente sei que todos os backing vocals são [pré-gravados].
Eu acho que o Rob Zombie é alguém que faz isso muito bem, porque há um monte de coisa acontecendo. Você destrincha o Rob Zombie, [e] é realmente simples — é guitarra, baixo, bateria e sua voz. E eles poderiam fazer isso de boa e tocar as suas músicas. Mas se você ouve os discos, há vários pequenos trechos falados e coisas de filmes e samples, e coisas assim, então se você está tocando essas faixas, é ótimo, porque adiciona uma atitude e uma atmosfera que não está ali se é só a guitarra, baixo, bateria e voz. E eu acho que isso é ótimo e está tudo bem. Mas se você está fingindo, não — eu não compro essa ideia.
Eu acho que deveria ser — eu não sei como poderia ser uma lei, mas eu acho que deveria ser impresso nos ingressos, que para bandas que estão fazendo isso ou [para] shows que estão fazendo isso, deveria dizer, ’70 porcento do show que você está pagando US$250 para ver é pré-gravado’.
Deveria dizer no ingresso.
E aí, concorda com o guitarrista?
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