Apesar de sua trajetória lendária, o Black Sabbath sempre se viu envolto em polêmicas. E não estamos falando das inúmeras acusações de satanismo e afins, mas sim de problemas internos entre os integrantes.
Houve um tempo, aliás, em que apenas Tony Iommi se manteve na banda que acabou se tornando quase um projeto solo, sempre buscando integrantes que pudessem consolidar uma nova formação.
Sharon Osbourne — esposa e empresária do lendário Ozzy — participou recentemente do podcast de Steve-O e falou por lá (via Blabbermouth) sobre toda essa situação. O anfitrião perguntou se a última reunião do Sabbath ocorreu “nos termos dela”, com Ozzy como “dono” da banda e os outros como empregados contratados, e ela respondeu:
É por aí, mas o Ozzy e o Tony são donos do nome — o Geezer [Butler, baixista] e o Bill [Ward, baterista] não. Então Ozzy e Tony é que são donos do nome, e são parceiros no Black Sabbath. Então você está meio que certo. Ozzy e Tony são iguais, e na época, os outros caras, sabe, é meio que pague-para-tocar.
O curioso é que, de todos os integrantes originais, Ozzy é o que gravou menos discos de estúdio com a banda. Ele participou de 9 álbuns — os oito primeiros e o 13 (2013) — enquanto Bill Ward esteve em 10 e Geezer Butler em 14. Iommi, naturalmente, esteve em todos.
Black Sabbath
Vale lembrar ainda que a reunião do Sabbath nos últimos anos não contou com Ward, ainda que ele tenha feito parte do projeto inicialmente anunciado em 2011.
No ano seguinte, ele revelou que não seguiria com a banda e eventualmente soubemos através de Ozzy Osbourne que ele “não tinha mais a habilidade” para fazer o seu trabalho, que o vocalista definiu como o “mais fisicamente exigente” entre o grupo.
O baterista se mostrou bastante chateado com isso diversas vezes, dizendo que foi oferecido a ele um contrato “impossível de assinar”. O argumento de seus ex-colegas de banda era de que ele se recusou a “encontrar uma solução”, que poderia envolver um segundo baterista nas turnês.