Com um dos catálogos mais completos da história, é bem difícil elencar os 16 trabalhos de estúdio do Iron Maiden.
Ainda que alguns sejam consensualmente considerados entre os piores e outros entre os melhores, a ordem por si só é bastante pessoal e, por isso, gera sempre um debate interessante.
Por isso, resolvemos ranquear todos os discos do pior ao melhor e você pode acompanhar logo abaixo e depois contar pra gente: concorda? Mudaria alguma coisa? Mudaria tudo?
Que comecem as discussões!
Virtual XI (1998)
“Futureal” é talvez a única faixa que se salva de um Maiden completamente desfigurado e quase irreconhecível presente em Virtual XI, segundo (e felizmente último) disco com Blaze Bayley nos vocais. Algumas pessoas até destacam “The Clansman” mas, honestamente, o máximo de elogio é dizer que ela não incomoda.
The X-Factor (1995)
A verdade é que The X-Factor era um começo promissor para a chegada de Blaze à banda. A primeira sequência — de “Sign of the Cross” até “Man on the Edge” — é bastante aceitável, mas depois o nível cai bastante. Ainda assim, é um disco que os fãs certamente poderiam viver sem.
The Final Frontier (2010)
Temos que agradecer pelo Maiden não ter terminado a sua carreira com The Final Frontier, como muitos acharam que aconteceria devido ao nome da obra. Os poucos destaques ficam por conta da faixa-título e de “El Dorado”, lampejos da genialidade de uma banda que, felizmente, conseguiu se renovar um pouco depois desse trabalho fraco.
The Book of Souls (2015)
Aqui é quando o ranking começa a ficar confuso e passar a ser uma disputa entre o ótimo e o “menos bom”.
Apesar de aparecer nessa lista logo depois de The Final Frontier, não se engane: o salto entre ele e The Book of Souls é enorme. Cinco anos depois de seu pior disco sob a voz de Bruce Dickinson, o Iron mostrou que ainda tem muito a oferecer com ótimas faixas como “Speed of Light”, “Tears of a Clown” e a épica “The Red and the Black”. O único pecado é ser um pouco extenso demais e ter algumas canções um pouco desnecessárias no meio do caminho.
No Prayer for the Dying (1990)
Muita gente elenca No Prayer for the Dying como o pior disco dos britânicos, mas é verdade é que, por um breve período de tempo, pudemos vê-los bem-humorados e sem muitos filtros. Além de “Bring Your Daughter… to the Slaughter”, único hit número 1 da banda, o disco tem o grande mérito de não se levar a sério e nos presenteia com pérolas como “Holy Smoke”.
A Matter of Life and Death (2006)
A Matter of Life and Death é um disco muito querido por diversos fãs do Maiden, que inclusive dão status de “última obra-prima” ao trabalho de 2006. Realmente, é um baita álbum: “The Reincarnation of Benjamin Breeg”, “Different World”, “For the Greater Good of God” e em especial “Brighter Than a Thousand Suns” são ótimos destaques de uma banda mais épica do que nunca. O problema é única e exclusivamente a ótima e quase injusta competição com o resto da discografia.
Dance of Death (2003)
Dance of Death é um dos discos mais curiosos do Maiden e, por isso, conquista este que escreve. Talvez o que mais tem uma pegada Rock and Roll, no sentido mais estilístico do gênero, e mostra isso com uma atmosfera mais divertida em faixas como “Rainmaker” e “Wildest Dreams”. Em outras como “No More Lies” vemos o som clássico da banda em ótima forma, assim como em “Montségur” e “New Frontier”. Subestimado!
Brave New World (2000)
Quem acompanhava o Iron Maiden na época certamente respirou aliviado quando ouviu os primeiros acordes de “The Wicker Man”, a incrível faixa de abertura de Brave New World. O trabalho veio como um retorno triunfal para Dickinson e Adrian Smith, e tem uma das canções mais emocionantes dessa trajetória em “Blood Brothers”. É pra ouvir abraçado com aquela pessoa que te acompanhou em cada jornada da vida!
Killers (1981)
Os trabalhos do Iron com Paul Di’Anno são daqueles em que simplesmente não há um consenso sobre qual é melhor. Particularmente, deixo Killers na segunda posição porque, depois da incrível sequência inicial de “The Ides of March”, “Wrathchild” e “Murders in the Rue Morgue”, o trabalho tem alguns altos (“Genghis Khan, “Drifter”) e baixos (“Killers”, “Prodigal Son”).
Fear of the Dark (1992)
A faixa-título sozinha já poderia ser responsável pela posição de Fear of the Dark nesse ranking. Mas, claro, falamos do disco na íntegra: como todos até o momento, tem altos e baixos. É impulsionado para cima por pancadas clássicas como “Be Quick or Be Dead” e “Judas Be My Guide”, além da emocionante “Wasting Love”.
Iron Maiden (1980)
O primeiro disco do Iron Maiden é certamente uma das melhores estreias da história, trazendo uma banda com uma sonoridade extremamente única e prestes a mudar o curso da música pesada para sempre. A épica “Phantom of the Opera”, a acelerada “Prowler”, o hino “Iron Maiden” e a favorita pessoal “Charlotte the Harlot” são apenas alguns exemplos de tudo que essa baita obra tem a oferecer.
Somewhere in Time (1986)
Somewhere in Time viu o Maiden trazer uma abordagem um pouco mais radiofônica e adaptada à sonoridade do meio dos anos 80, construindo assim clássicos como “Wasted Years”, “Stranger in a Strange Land” e “Heaven Can Wait” que transitam entre o experimentalismo dentro da própria sonoridade dos britânicos e a modernização para se ajustar ao mainstream da época.
Piece of Mind (1983)
Daqui pra frente, tudo é questão de gosto. Os discos restantes são verdadeiras fábricas de hits e Piece of Mind ocupa a pior posição entre os 4 porque tem um ou dois momentos um pouco menos interessantes. No entanto, tem o incrível hino “The Trooper” e duas favoritas pessoais, “Flight of Icarus” e “Die with Your Boots On”, além da épica e subvalorizada “To Tame a Land”.
The Number of the Beast (1982)
É difícil até escolher um vídeo de The Number of the Beast para colocar em destaque nessa lista. A faixa-título tem toda a irreverência de fazer uma ligação da sonoridade pesada com o satanismo, e ainda somos presenteados com uma verdadeira seleção de clássicos: “Children of the Damned”, “22 Acacia Avenue”, “Run to the Hills” e, claro, “Hallowed Be Thy Name”. Não dá pra ficar muito melhor que isso… ou será que dá?
Seventh Son of a Seventh Son (1988)
Sim, dá. Mas não por muito, claro. Seventh Son of a Seventh Son é sem dúvidas o disco mais consistente do Maiden, e não há uma única música ruim no trabalho, daquelas que te faça pular e ir para a próxima. Só não fica em primeiro lugar porque falta aquele hit estrondoso, ainda que “Can I Play with Madness” e “The Evil That Men Do” tenham sido bons sucessos.
Powerslave (1984)
Não há nenhum defeito sequer em Powerslave. Tudo que precisaria estar aqui, está: um hit estrondoso (“Aces High”), uma das canções mais épicas da carreira da banda (“Rime of the Ancient Mariner”), outros hits menores mas também sensacionais (“2 Minutes to Midnight”, “Powerslave”) e até, claro, uma das canções mais subvalorizadas dos caras (“Flash of the Blade”). Além de tudo, o disco ainda tem um tamanho sensacional e dura exatamente o tempo necessário para ser agradável e ao mesmo tempo poderoso do começo ao fim.
Uma verdadeira obra-prima.