Resenha: <B>Frank Turner - England Keep My Bones</b>

Folk, homenagens ao rock e muito sotaque Inglês marcam o novo disco do ex-punk rocker.

Frank Turner - England Keep my Bones - album cover - 2011
Frank Turner – England Keep my Bones – album cover – 2011

Frank Turner - England Keep my Bones - album cover - 2011

Frank Turner é um dos tantos artistas folk da Inglaterra e um dos tantos ex-membros de banda de punk rock (no caso dele o Million Dead) a iniciar uma carreira solo de voz e violão.
O mais novo disco do cara, “England Keep My Bones” está sendo lançado via Epitaph Records e teve uma grande antecipação não só em sua terra natal, mas também nos Estados Unidos onde gente como Fat Mike (NOFX) chegou a twittar a respeito do álbum.

O disco é aberto com a bela “Eulogy”, que mais parece a introdução de um livro ou filme e conta com Turner dizendo que não é um “Freddy Mercury” mas que quando morrer pode pelo menos dizer que tentou.
Após a intro, “Peggy Sang The Blues” é tão bonita quanto e uma homenagem de Turner a sua avó, o que também acontece em “I Still Believe”, dessa vez um tributo ao rock’n’roll em forma de violão, piano, refrões marcantes e até citações a gente como Jerry Lee Lewis. Frank Turner canta “Who’d thought after all, something so simple as rock’n’roll would save us all?” com tanta paixão e força que fica difícil não acreditar que isso é algo que signifique mais do que qualquer coisa pra ele.

“English Curse” se destaca por trazer Turner declamando a letra da música sem instrumento algum e é um prato cheio pra quem tem uma queda pelo sotaque Inglês. Através dela o cara conta a história de roubo de terras na Inglaterra antiga e diz com ênfase que “se você rouba a terra de um homem Inglês, então você deveria saber da maldição: o sangue de seu primogênito vai escorrer pela terra Inglesa”.

“One Foot Before The Other” traz banda completa com guitarra pesada, baixo e bateria  e um estilo que poderia ser mais explorado por Turner em outras canções. Isso quase acontece em “If Ever I Stray”, onde o cara mistura violão, voz e bateria com elementos de música tradicional e a discreta participação de uma guitarra com mais peso.

Um álbum de folk nunca é completo sem um dedilhado de violão e esse é o caso em “Nights Become Days”, que precede a balada “Redemption”, uma das músicas do álbum que se aproxima mais do Pop do que Folk e mais uma onde Turner cita um ídolo, dessa vez Bruce Springsteen.

Até o final do disco as músicas não fogem muito dos estilos explorados anteriormente e “Balthazar, Impresario” finaliza o álbum com seus 4 minutos.

Toda vez que Frank Turner lança um novo disco, leio muito a respeito da admiração de crítica e artistas em cima do cara, mas sempre fico achando que falta alguma coisa. E novamente é o caso desse disco, que traz verdadeiras pérolas  mas que ainda sofre da falta de algo que deixe o álbum como um todo mais completo.

Nota: 7,5/10