Resenha: Reedição do álbum de estreia do <b>Queens of the Stone Age</b>

O relançamento do homônimo disco do <b>Queens of the Stone Age</b> só serve para acentuarmos a banda como uma das mais excepcionais já vistas neste planeta. Recheado de riffs alucinantes, o álbum é hipnotizante, sedutor, dançante e pesado. Concorra a cópias!

Queens Of The Stone Age - Queens Of The Stone Age

Queens Of The Stone Age - Queens Of The Stone Age

Queens Of The Stone Age - Queens Of The Stone Age

Queens Of The Stone Age - Queens Of The Stone Age Queens Of The Stone Age - Queens Of The Stone Age

Queens Of The Stone Age - Queens Of The Stone Age Queens Of The Stone Age - Queens Of The Stone Age

E, finalmente, foi relançado o álbum homônimo e de estreia do inigualável Queens of the Stone Age. “Finalmente” pois para que isso, de fato, acontecesse, levou cerca de 2 anos e uma série de mudanças de parcerias de selos/gravadoras com a Rekords Rekords, propriedade de Joshua Homme, líder da banda.

Essa novela também teve um aguardadíssimo final feliz e, para completar, o ótimo selo LAB 344 mais uma vez surpreendeu e trouxe, no mês de abril, essa belezinha para cá.

A nova edição do disco, lançado originalmente em 1998 e que era uma raridade de se encontrar, foi totalmente remasterizada e inclui três faixas bônus (que não eram novidade para nenhum fã que acompanha todos os passos da banda) que entraram no meio da track listing original e não no final do álbum, como estamos acostumados a ver.

Com essa indispensável masterização, é possível ouvir com mais clareza os graves dos baixos desenhados, na maioria das vezes, por “Carlo Von Sexron” (alterego de Josh Homme); as marcações na bateria, de Alfredo Hernandez; os alucinantes riffs e os suaves vocais de Josh Homme; além de teclados, percussões e outros instrumentos tocados por convidados especiais (Dave Catching, Hutch, Fred Drake, Chris Goss e Mike Johnson).

A primeira faixa do disco é, justamente, uma das favoritas de Homme, “Regular John“, que, inclusive, foi também a primeira música divulgada para dar aos fãs um gostinho de como seria magnífico conferir o álbum remasterizado.
A faixa é aberta com as baquetas de Alfredo Hernandez, batidas no aro de sua bateria, servindo como base para as notas trêmulas e agonizantes da guitarra de Homme, que, assim como na maioria do disco, interpreta as faixas com vocais sublimes, leves, que facilmente convencem as garotas (e alguns garotos) em estrofes/refrões como “open up your eyes, open up your room, open up your arms”.

As marretadas do baixo, bateria e guitarra em “Avon“, faixa que tem um break seguido de viradas no meio da música, são substituídas pela dançante “If Only“. Alguns dizem que ela é repetitiva, que não é uma das melhores do QotSA, mas duvido que essas pessoas não se rendam aos solos finais, feitos, hoje em dia, por Troy Van Leeuwen. Também são destaques a duplicação do vocal de Josh Homme nas estrofes e as palmas existentes nos refrões.

A definição de “robot rock” para o som que a banda faz fica nítida nas faixas “Walkin On The Sidewalks” (onde Homme canta sobre ter sido programado e que hipnotiza no final, quando uma base é repetida por diversas vezes) e em “You Would Know” (música que começa a tocar quando você menos espera e que traz Homme cantando como se fosse, verdadeiramente, um robô).

Para o bem de todos e felicidade geral da nação, “The Bronze” foi uma das faixas bônus incluídas nessas reedição. Definitivamente, é uma das músicas mais belas do QotSA e uma das favoritas dos fãs (até mesmo de Brody Dalle – esposa de Homme e líder do The Distillers/Spinnerette).
O dedilhado sereno da introdução, repentinamente, se transforma em riffs, solos e batidas excitantes. É o tipo de música que não precisaria ter letra, a melodia já diria tudo. Mas Homme sempre sabe o que faz e o que é melhor.

O disco, então, dá continuidade à sua track listing original, com as faixas: “How To Handle A Rope (A Lesson In The Lariat)“, a mais dançante do álbum; “Mexicola” (onde Homme troca em alguns momentos o seu vocal suave por um mais agudo/gritante); “Hispanic Impressions” (uma das instrumentais que abrilhantam essa edição); “You Can’t Quit Me Baby” (música que, segundo o próprio Homme, é para uma ex-namorada – destaque para o final, onde a base e o solo são acelerados, tornando esta a faixa mais surreal do disco), até chegar a segunda faixa bônus, “These Aren’t The Droids You’re Looking For” (que, obviamente, teve o seu título inspirado em uma das falas de Obi-Wan Kenobi, no longa “Star Wars: Episode IV”).

Assim como “You Would Know”, “Give The Mule What He Wants” conta com a participação do músico e produtor, Chris Goss (que colabora com Josh Homme desde o começo do Kyuss). O baixo tocado por ele foi o responsável pela abertura dessa divertida faixa, onde Homme canta, nos refrões, “be the mule that you gotta be” (fanfarrão, como sempre).

A seguinte, “Spiders And Vinegaroons“, também tem dedos de Chris Goss. Além de produzir essa instigante faixa instrumental, ao lado de Homme, Gross tocou clavinete e percussão.

A grande surpresa do disco é, realmente, a última faixa: “I Was A Teenage Hand Model“. Ela foi a única gravada no Rancho de la Luna (berço das gravações de um dos projetos de Homme, Desert Sessions), enquanto os outros materiais foram gravados no Monkey Studios, que também fica na Califórnia.
Além de trazer Dave Catching (Eagles of Death Metal/Earthlings?) na percussão, no final podemos ouvir uma mensagem de Nick Oliveri (que entrou para a banda somente após as gravações do registro).

“Queens of the Stone Age” é um álbum cheio de riffs alucinantes; hipnotizante; sedutor; dançante e pesado, ao mesmo tempo. Seu relançamento só serve para acentuarmos a banda como uma das mais excepcionais já vistas neste planeta.

God Save the Queens of the Stone Age.

Nota: 10/10

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