Depois de lançar os singles “Renascer” e “Abstrações”, a banda carioca Circus lançou nas plataformas de streaming “Novo Mundo”, faixa em parceria com Caio Weber, vocalista da Cefa.
A canção já teve um lyric video divulgado no YouTube, que traz arte inspirada em um contexto urbano com elementos distópicos.
“Esse momento de pandemia nos mostrou que muita coisa é frágil e superficial, acredito que fez muita gente repensar seu estilo de vida, objetivos, foco, atenção e principalmente, suas relações. Na era digital, objetivos supérfluos são construídos a todo momento. A nossa convivência se tornou rasa, assim como os nossos desejos,” reflete o vocalista Bernardo Tavares.
“‘Novo Mundo’ é uma música com uma mensagem positiva, sobre seguir em frente, mas sem ser piegas e superficial. Ela fala da dificuldade em se manter são em uma sociedade cada vez mais doente e competitiva e sobre a importância de perceber o valor das coisas simples do dia-a-dia,” completa Caio sobre a parceria.
Além de Bernardo, o grupo é formado por Alex Heink (guitarra), Eduardo Lopez (guitarra), Thales Ramos (baixo) e Hugo Rezende (bateria).
“Novo Mundo” vai estar no disco Transmissão, que tem previsão de lançamento para Outubro e foi realizado por meio de financiamento coletivo dos fãs. O novo trabalho de estúdio também contará com participações especiais de nomes de destaque no cenário nacional.
Anteriormente, a Circus havia lançado o álbum Em Meio à Destruição pelo selo Scienza Records, que marcou sua estreia em 2017.
Loov-U
O DJ e produtor Loov-U lançou recentemente nas plataformas digitais os singles “Solidão” e “Ending”. Produzidas durante a quarentena, as músicas falam sobre temas obscuros e tristes.
“Muitas vezes, vemos o relacionamento ruir bem na nossa frente, e ficamos sem saber o que fazer. Com essa canção, busquei passar a visão de algo que parece simples, mas é complexo,” define o artista sobre “Ending”.
Com apenas 15 anos, Loov-U tem entre suas principais referências na carreira os DJs Martin Garrix, Mako, Boy in Space e Lauv. O jovem já possui mais de 300.000 execuções só no Spotify e prepara novos lançamentos para breve.
Daniel Zé
O cantor e compositor Daniel Zé lançou seu terceiro disco, Não é Romântico Ser Esquisito. O álbum apresenta oito canções que passeiam entre a MPB e o samba rock.
Uma delas, “Obabaô”, teve clipe liberado neste mês e traz a participação da cantora franco-brasileira Virginie, que integra a banda Metrô. O vídeo foi dirigido por Rodrigo Eba e a faixa tem influências de Os Mutantes e Jorge Ben Jor.
“Fiquei muito feliz e honrado com a participação de Virginie em ‘Obabaô’. Acompanho o trabalho dela desde os anos 1980….tinha um disco do Metrô em casa. Dos trabalhos mais recentes, gostei muito do single ‘Efeito dominó’, que saiu no novo disco do Ira. Inclusive, essa música tive o prazer de tocar com ela no nosso grupo aqui em Toulouse, o Moqueca Vegana”, comemora Daniel, que conheceu Virginie em uma das manifestações pela cidade francesa, onde reside desde 2017.
Midnight Mocca
A Midnight Mocca liberou nas plataformas de streaming o clipe feito para a faixa “Far from Everyone”. O vídeo animado foi produzido por Kessy Almeida e Matheus Fleming na base de colagens.
A música estará no EP Higher Ground, que também vai trazer os singles anteriores, “It Feels Like the Ocean” e “Soul of the Street”, apresentada com o piano bluseado de Túlio Mourão (ex-Os Mutantes).
A banda é formada por Lucas Mileib (violão e voz), Renato Saldanha (baixo e voz), Pedro Flora (voz, guitarra e piano wurlitzer) e Eduardo Brazin (bateria).
Eles estrearam em 2018 com o EP Where are you guys from? e no ano seguinte lançaram o compacto the road goes on. O novo trabalho de estúdio ainda não tem data definida para sair.
Arthus Fochi
O cantor, compositor, poeta e pesquisador Arthus Fochi divulgou o clipe de “Cinema Nacional”. O lançamento faz parte do projeto Astronauta Singles, que comemora os 20 anos do selo baseado no Rio de Janeiro e com distribuição da Universal Music.
O vídeo é estrelado por “Bolão”, vizinho do artista carioca e que estava de mudança no dia da gravação, deixando a rua onde morou nos últimos 45 anos.
No plano-sequência, o senhor lê páginas de jornais, assim como diz a letra, que também critica a espetacularização da violência através de uma metáfora sobre cinema e televisão.
“‘Cinema Nacional’ é uma música que conta um pouco de um cansaço, de sempre ler e ouvir notícia ruim. De como o caos vende, de como a tragédia é viciante. Mas também é uma música que fala outras coisas, de alienação, de esperança, da contradição. Sinto que essa canção acabou adquirindo muitas matizes reflexivas, e acho que é uma obra com um teor irônico também. Eu gosto de escrever para muitas interpretações,” observa Arthur, que atua no desenvolvimento e intercâmbio cultural entre diversos países da América Latina.
Ele usa o recente corte de verbas do Fundo Setorial do Audiovisual como ferramenta para ressignificar a crise política e socio-econômica brasileira em um contexto mais amplo, se referindo às desigualdades perenes e banalizadas no Brasil.
Antes de “Cinema Nacional”, Arthur havia lançado “Quarentena”, que marcou sua estreia no Astronauta Singles.