O Evanescence está preparando o lançamento de seu novo disco, The Bitter Truth, faz algum tempo. Em uma nova entrevista, no entanto, Amy Lee refletiu um pouco sobre o passado para entender como chegou onde está hoje.
Nos últimos meses, a cantora finalmente vem se sentindo confortável para aflorar seu lado mais feminista, e voltou a abordar a questão do machismo ao falar com o The Forty-Five sobre o primeiro grande sucesso da banda, “Bring Me to Life”.
Ela explicou como o vocalista Paul McCoy acabou aparecendo na faixa por uma pressão da gravadora para que os ouvintes tivessem “algo familiar” para se apegar e a intenção do selo era que um homem entrasse como cantor em tempo integral ao lado de Amy:
O fato de que era uma mulher e um piano que começavam a faixa era demais. [risos] Eu tive que pensar que perderíamos nosso contrato por isso porque eu disse não. Eventualmente nós nos comprometemos a fazer em apenas uma música e poderia ser um vocalista convidado. Isso foi muito difícil pra mim porque eu tive que começar com a nossa primeira música já sentindo que eu havia feito um sacrifício na minha arte.
Ela ainda completou dizendo que se sentiu “traída” e que “se essa música, dessa forma, fosse a única coisa que as pessoas ouvissem de nós em um nível mainstream […] eu não estaria feliz. Eu estaria muito desapontada com a minha carreira, porque eu teria me sentido muito incompreendida e como se eu devesse ter levantado minha voz por mim mesma em primeiro lugar”.
Amy Lee e “Bring Me to Life”
A cantora ainda revelou que queria ter “insistido mais” para que a canção chegasse ao mundo como originalmente era a intenção da banda, mas pelo menos esse erro foi corrigido de certa forma há pouco tempo.
Na coletânea de regravações Synthesis, “Bring Me to Life” ganhou uma nova versão que não contém a participação de McCoy, ainda que também apareça diferente do que era a intenção no começo.
Você pode ouvir as duas a seguir, ou saber mais sobre essa decisão de retirar o Rap na regravação por aqui.